Feijão e arroz seguram queda maior da inflação em maio, diz IBGE

Segundo informou na manhã desta quarta-feira (6) Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no setor de alimentos, a variação foi puxada basicamente pelo preço do feijão (variação de 9,10% em maio, um pouco menor do que o registrado em abril: 10,23%.

Dos nove grupos de serviços e produtos pesquisados pelo IBGE para compor o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que desacelerou para 0,36%, contra 0,64% em abril, apenas dois deles apresentam alta de variação: alimentos e bebidas, que passou de 0,51% em abril para 0,73%, em maio, e artigos de residência, que saiu da variação negativa de 0,79% em abril para 0,17% em maio. O setor de habitação permaneceu estável, mantendo em maio a variação registrada em abril de 0,80%.

Segundo informou na manhã desta quarta-feira (6) Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no setor de alimentos, a variação foi puxada basicamente pelo preço do feijão (variação de 9,10% em maio, um pouco menor do que o registrado em abril: 10,23%).

Eulina explicou que o preço do feijão subiu devido à menor oferta, já que as safras vêm sendo prejudicadas por causa de condições climáticas, como excesso de chuva em algumas regiões, e também pela redução da área plantada.

Pelos mesmos motivos, também ficou mais caro comprar arroz, que teve uma variação de preço de 2,11% em maio, contra 0,44% em abril.

Na quinta-feira (5), ao anunciar as estimativas da safra de grãos no Brasil, o pesquisador do IBGE, Mauro André Andreazzi, citando dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), disse que o Brasil poderá ter que importar feijão, já que, segundo a Conab, o consumo de feijão do brasileiro por ano é de 3,7 milhões de toneladas, e a produção em 2012 ficar em 3,1 milhões de toneladas.

Tomate e cebola, duas culturas sensíveis às condições climáticas, também encareceram a refeição do brasileiro. O tomate, que em abril teve variação negativa de 4,47%, subiu em maio para 14,10%. A cebola, por sua vez, teve variação de 0,83% em abril e subiu para 11,21%, informou a coordenadora do IBGE.

Câmbio nos eletrodomésticos
No item de artigos de residência, os responsáveis pela aceleração da variação de abril para maio foram os eletrodomésticos (0,46% em maio contra a queda de 0,90% registrada em abril) e os artigos de mobiliário (-0,49% para 0,26%), segundo Eulina, possivelmente influenciados pelo câmbio.

O setor de habitação, que se manteve estável em relação ao mês anterior, registrou alta na energia elétrica, que subiu de 0,46% em abril para 0,72% em maio, reflexo dos aumentos ocorridos em Salvador, na Bahia, e em Recife, em Pernambuco.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado com o IPCA, variou 0,55% em maio, abaixo do resultado de 0,64% de abril. No ano, o indicador tem alta de 2,29% e, em 12 meses, de 4,86%. Em maio de 2011, o INPC havia ficado em 0,57%.

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