Governador dá posse aos novos conselheiros do Irga

 Governador dá posse aos novos conselheiros do Irga

Tarso Genro falou sobre a crise da orizicultura e o momento de recuperação do mercado

Dos 85 representantes, 79 foram escolhidos pelos produtores, em processo de votação realizados nos municípios. Os outros seis são ligados aos setores comercial, industrial e cooperativo.

Estabelecer um canal de diálogo entre os produtores de arroz e o Poder Público, planejar o futuro do setor orizícola no Estado e, ainda, debater o processo de reestruturação do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Estes são os principais desafios dos 85 novos integrantes do Conselho Deliberativo do Irga, empossados nesta segunda-feira (13) pelo governador Tarso Genro, em cerimônia realizada no Galpão Crioulo do Palácio Piratini.

Os novos conselheiros foram eleitos nos dias 10 de julho e 1º de agosto para um mandato de três anos. Dos 85 representantes, 79 foram escolhidos pelos produtores, em processo de votação realizados nos municípios. Os outros seis são ligados aos setores comercial, industrial e cooperativo.

Ao lembrar a situação negativa na qual se encontrava o setor no ano passado, o governador Tarso Genro ressaltou que a mobilização obtida entre os arrozeiros e as forças políticas foi fundamental para reverter a situação junto ao Governo Federal. Tarso reforçou que esta união deve prosseguir e superar qualquer tendência político-partidária. Quando nos movermos sobre o poder central, temos que fazê-lo de maneira articulada e unificada porque, assim, o Estado se apresentará como uma instituição, e não como um retalho fragmentado.

O governador também alertou sobre o refinanciamento das dívidas de R$ 3 bilhões como o próximo desafio a ser enfrentado pelos arrozeiros. Temos que fazer com que essa pauta chegue ao Governo Federal com a força política unificadora do Estado, destacou.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, os conselheiros são fundamentais para o estabelecimento de uma nova pauta para o setor. Além da renegociação da dívida, Mainardi acrescenta que esta deverá se basear na relação entre a oferta e a procura. Temos que obter equilíbrio nesta relação e ele se dá por meio do estabelecimento de cotas e volume de produção.

Diálogo e representatividade

O presidente do Irga, Cláudio Pereira, destacou o aumento da representatividade no colegiado, com a inserção de dois conselheiros ligados às cooperativas. Pereira também ressaltou a nova lei que exige quórum de 20% no número de eleitores em cada município. Isso demonstra que estes conselheiros têm representatividade na base. Estamos muito contentes porque nenhum município ficou sem representação.

O presidente da Federação dos Arrozeiros do RS, Renato Caiaffo da Rocha, agradeceu ao governador pelo empenho no atendimento às demandas do setor orizícola. No meu ponto de vista, está superando as expectativas, destacou. Rocha também reforçou a importância do conselheiro para a cadeia produtiva. Ele é aquela figura do município que leva as demandas do arrozeiro até o poder público e dá o devido encaminhamento.

Atualmente, estima-se que o Rio Grande do Sul possua em torno de 14 mil produtores de arroz. Com mais de um milhão de hectares de área plantada, a produção chega a 7,6 milhões de toneladas, representando 65% da produção nacional.

Conselho Deliberativo

Faz parte da administração do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), ao lado da Diretoria e da Comissão de Controle. Eleitos pelas comunidades do setor, os conselheiros representam municípios das seis regiões arrozeiras que obtiveram uma produção igual ou superior a 200 mil sacos de 50 Kg de arroz. Este ano, quatro novas cidades terão representantes: Capela de Santana, Encruzilhada do Sul, Glorinha, Hulha Negra e Venâncio Aires. Entre os 140 municípios produtores, 81 estavam aptos à eleição deste ano. Triunfo e Vale do Sol, porém, não enviaram representante.

Os integrantes devem se reunir, no mínimo, três vezes ao ano, eleger a direção e decidir os rumos da Autarquia, entre outras atribuições. Para ter direito a voto nas eleições, basta ao arrozeiro estar inscrito no Irga como produtor rural.

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