Federarroz inicia preparativos da Vitrine Tecnológica 2013

Soja em várzea é novidade da Abertura Oficial da Colheita do Arroz.

Nesta segunda-feira, a partir das 10h, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Restinga Sêca (RS), a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação de Arrozeiros de Restinga Sêca receberão os representantes de aproximadamente 40 empresas de insumos e centros de pesquisas. Em pauta as tecnologias que serão apresentadas na 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz.

A novidade para a próxima edição, que acontecerá de 21 a 23 de fevereiro de 2013, no Centro de Eventos de Restinga Sêca, é uma vitrine tecnológica voltada para alternativas de cultivo em várzeas, com ênfase em soja, além do arroz. “Há um crescimento significativo do plantio de soja na várzea, que poderá beirar 300 mil hectares no Rio Grande do Sul na safra 2012/13, trazendo um incremento positivo em termos técnicos e econômicos, mas ainda é uma cultura que o produtor de arroz precisa buscar mais conhecimento, quanto às variedades, ao manejo e tecnologias disponíveis, fato que nos leva a abrir um espaço específico para as demais tecnologias de alternativas de cultivo em terras baixas”, explica Renato Rocha, presidente da Federarroz.

A reunião terá uma apresentação sobre o evento, os objetivos alcançados nas últimas edições e a visitação do espaço dedicado aos experimentos aos mais de 10 mil visitantes previstos para o evento em Restinga Sêca. “Dentro desta nova realidade, com a rotação de arroz com soja nas várzeas, há uma grande receptividade por parte das empresas e produtores”, revela Renato Rocha. Após as visitas e o estabelecimento das negociações entre os promotores do evento e os interessados, haverá um churrasco de confraternização entre os participantes do encontro.

 

3 Comentários

  • A FABRICA DE ALIMENTOS
    “Apresenta”
    SOJA NA VARZEA.

    Somos “fabricantes de alimento”, nossa missão é tão grandiosa quanto arriscada.
    Sem entender muito do efeito causa e consequência, fomos ampliando nossas lavouras de arroz até o limite da sustentabilidade, sem perceber o desequilíbrio na oferta exagerada de arroz e também do prejuízo agronômico e financeiro causado a terra por essa pratica.
    Existem também os problemas clássicos da várzea. Como secas, enchentes e a difícil competição com o arroz vermelho. Diante de tantos problemas, a criatividade e a perseverança de produtores e técnicos destacou-se com a introdução de culturas alternativas para o uso da várzea, pode ser sorgo, milho e a SOJA, que vem se destacando como aliada não só para controlar invasoras resistentes, mas também para gerar renda na várzea.
    Em áreas que se desenvolvem projetos á médio e longo prazo, usando dois ou mais cortes de lavoura, pode ficar ainda melhor utilizando-se a integração lavoura/pecuária, alternando por exemplo, arroz seguido de azevem, com ou sem pastoreio seguido de soja, voltando para arroz ou mais um ciclo de azevem/soja. Este manejo exige planejamento e ações bem definidas, como autonomia da área, sistema de drenagem muito eficiente e a pró ação diante de problemas recorrentes nessas atividades somadas e ou utilizadas simultaneamente.
    Trata-se de um projeto de utilização integral da área que requer algum nível de investimento e bastante atenção poís teremos lavoura o ano todo, gerando despesas, receitas e trabalho melhor distribuídas ao longo do ano.
    No caso de utilização destes exemplos de diversificação é preciso identificar e corrigir os pontos fracos da área para este projeto. Fazer uso integral da várzea pressupõe, investimentos, análise e correção criteriosa de solo para que aja a sustentabilidade do sistema, também é preciso vocacionar as áreas e em que situação se utilizará cada cultura, levando-se em conta previsões climáticas, ciclo, variedades, tipos de solo e o resultado financeiro e agronômico previsível em cada situação.
    Este conjunto de decisões se torna facilitado quando se faz registro de todas as ações da propriedade. O treinamento das pessoas que irão atuar em cada etapa de cada cultura e no manejo de animais é imprescindível, pois somente dando conhecimento e preparo ás pessoas que executam as tarefas poderemos esperar resultados positivos, feitos por profissionais que gostam do que fazem.
    Em todas as áreas de atuação do ser humano e preciso que aja capacitação e constantes aperfeiçoamentos, para que se tenha acesso ao que nos é oferecido pela tecnologia, presente nos equipamentos e materiais genéticos dos insumos que temos a disposição para usar.
    O nível de Escolaridade dos trabalhadores rurais em geral é precário.
    Para mudar este quadro será necessário que aja interesse e participação de todos. Dos próprios funcionários dedicando se a estudar, dos empregadores disponibilizando acesso e materiais para isso, dos fabricantes de produtos e implementos inserindo cursos de aprendizado, praticando o verdadeiro pós venda junto a seus clientes e sem duvida do poder publico que bem poderia se apresentar para organizar esta empreitada em que todos só tem a ganhar. Só haverá progresso se todos forem incluídos .
    O futuro nos reserva um imenso desafio, produzir mais e melhor, em menos tempo e menor espaço, precisamos trocar experiências, ampliar nossa rede de contatos, ser interativo e somar ao comprometimento e a experiência dos mais velhos a energia e domínio dos meios de acesso a informação dos mais jovens, sem desviar o foco da produtividade mas tendo como meta a qualidade.
    Não podemos nos descuidar do meio ambiente, só assim poderemos vencer a fome sem comprometer as lavouras do futuro, as grandes fabricas de alimento.

    Cachoeira do sul 27/08/2012

    vilneihaetinger@yahoo.

  • Parabéns Sr.Vilnei, excelente comentário, a várzea gaúcha estava refém da monocultura do arroz e como não tínhamos opção de plantar outra coisa plantávamos arroz e nos endivídamos e na tentativa da pagar as dívidas plantávamos mais arroz sobrecarregando o mercado que não conseguia absorver todo produto e as industrias se aproveitavam da situação e compravam arroz até pela metade do nosso custo, pois são poucas industrias que dominam o mercado e fica muito fácil para elas se reunirem a cada segunda feira e armarem uma estratégia para prejudicar o produtor e aumentar mais e mais os seus lucros, ex: PEP, tabela ORELHANA(ORELHUDA), venda casada, etc…
    Ainda é muito cedo para afirmarmos alguma coisa sobre a estabilidade da soja na várzea mas o que sabemos é que ninguém aguenta mais se endividar plantando arroz e precisamos urgente de uma alternativa e ai esta ela, vamos nos profissionalizar com variedades adaptadas, tecnologias de drenagem, etc… assim como fizemos aumentando a qualidade e a produtividade do arroz
    gaúcho, temos um imenso desafio de modificar as várzeas gaúchas e acabar com a monocultura e derrubar o CARTEL, e VAMOS CONSEGUIR!!!
    SOJA NA VÁRZEA NELES!!!

  • Não se esquecer de mais alguns pontos:
    1-Sanção da MP563 que restabelece o PIS/COFINS no MERCOSUL.
    2Estabelecimento de cotas de importação do MERCOSUL.
    3-Abrir de lá para cá e vice-versa o comércio de insumos e maquinário agrícola dentro do MERCOSUL.
    4-Elevar a TEC para o valor máximo permitido pela OMC.
    5-Renegociar o passivo agrícola.
    6-Ter entidades que realmente liderem os produtores.

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