Cultura do arroz em risco em zonas do centro da Guiné-Bissau
O excesso de água impediu até agora que os agricultores pudessem fazer a lavoura e a sementeira, pelo que a produção poderá estar em risco, caso a situação se mantenha.
A cultura do arroz em algumas regiões centrais da Guiné-Bissau está em risco na presente época agrícola, devido à chuva intensa dos últimos meses, foi segunda-feira divulgado em Bissau.
Segundo o boletim agrometeorológico divulgado segunda-feira pelo serviço de meteorologia guineense, citado pela rádio SolMansi, a situação é preocupante em algumas zonas das regiões de Oio, Quinara e Bafatá.
O excesso de água impediu até agora que os agricultores pudessem fazer a lavoura e a sementeira, pelo que a produção poderá estar em risco, caso a situação se mantenha.
O arroz é o principal produto da dieta alimentar guineense. A época agrícola do ano passado também foi fraca mas devido à falta de chuva.
Uma missão do Grupo de Trabalho Pluridisciplinar do Ministério da Agricultura percorreu no mês passado quase todo o território da Guiné-Bissau e concluiu que o ano agrícola é positivo nas culturas de planalto.
A agricultura é a principal fonte de rendimento para mais de 85 por cento da população guineense e contribui com cerca de metade do PIB do país, especialmente devido ao caju, o principal produto de exportação (representa mais de 90 por cento das exportações).
No passado auto-suficiente, a Guiné-Bissau é hoje importadora de arroz, o segundo maior item de importação, atrás do petróleo e derivados.
De acordo com números do Banco Mundial, a agricultura representa na Guiné-Bissau 65 por cento do emprego total (80 por cento no interior do país).
A Guiné-Bissau produz em média 155 mil toneladas anuais de arroz (93 mil toneladas depois de limpo), cerca de 60 por cento das necessidades estimadas de consumo.