FAO divulga o Boletim de Monitoramento do Mercado Internacional

A íntegra do documento em inglês pode ser baixada em nossa área de downloads.

Apesar das recentes inundações na África, a temporada de 2012 do arroz está progredindo de forma satisfatória, especialmente após o regresso das chuvas de monção desde meados de agosto para apaziguar os temores de uma repetição da seca de 2009 na Índia. Como resultado, a FAO elevou sua previsão de julho de produção mundial de arroz em 2012 em 4,2 milhões de toneladas, para 729 milhões de toneladas de grão em casca (486 milhões/t branco).

As perspectivas melhoraram, especialmente para a Índia, mas também o Egito, a Coreia do Sul, Filipinas, Estados Unidos e Vietnã, devem ter safras mais elevadas do que o previsto inicialmente. Enquanto isso, as perspectivas são menores para Mianmar, Colômbia e Senegal. Em 729 milhões de toneladas, a temporada terminaria 0,7% acima do recorde de produção do ano passado, com uma expansão de área para 163 milhões de hectares.

Expectativas de quebras de produção na Índia e no Brasil são, em sua maioria dirigidas ao fraco crescimento do comércio mundial. Mas, a temporada deve terminar de forma positiva no referente à produção na maioria dos países. Na Ásia, a produção de arroz deverá atingir 661 milhões de toneladas (441 milhões de toneladas, base branco), até 0,8% a partir de 2011, sustentados por ganhos generalizados e aumentos particularmente grandes em Bangladesh, China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Além da Índia, onde a produção pode cair de 4%, Camboja, Coreia do Norte, Nepal e Turquia também devem registrar um declínio.

Mesmo que as condições climáticas tenham sido positivas na África, o que levou a FAO a aumentar a previsão da região para 26,4 milhões de toneladas (17,3 milhões de toneladas, base beneficiado), 4% a mais do que em 2011. Grande parte deste crescimento seria por conta do Egito, onde os preços atraentes pagos aos agricultores estão levando ao aumento da área de cultivo, mas também de Mali, Gana, Moçambique, Serra Leoa, Tanzânia e, até mesmo, a Nigéria, atingida pelas inundações. No, neste continente, a produção em Benin, Burkina Faso, Camarões, Madagascar e Níger pode estar deprimida por excesso de danos causados por chuvas ou tempestades.

A perspectiva da FAO para a produção na América Latina e Caribe prevê uma redução de 6%, para 18,3 milhões de toneladas em base branco, por fatores como a água de irrigação insuficiente e expectativas de redução de áreas de cultivo de arroz na Argentina, Brasil, Equador e Uruguai. Nas demais regiões, os Estados Unidos devem ampliar os negócios de exportação impulsionados por rendimentos recordes, enquanto a Austrália caminha para a sua melhor temporada desde 2006. Na Europa, a Federação Russa parece definida para colher uma boa safra, enquanto o clima desfavorável restringiu a produção na União Europeia.

COMÉRCIO MUNDIAL

A FAO elevou sua previsão de julho do comércio internacional de arroz em 2012 em mais 3 milhões de toneladas, para 37,3 milhões de toneladas (base beneficiado), 2% a mais do que em 2011 e um recorde absoluto. Conduzirão a este aumento do comércio em 2012 as demandas de importação mais firmes por parte dos países do Oriente Médio e África, em particular a o Irã e a Nigéria e, na América do Sul, o fluxo de Brasil e Venezuela. A expansão do comércio também é favorecida pelas compras crescentes por parte da China, que se transformou em um importador líquido de arroz desde 2010.

Por outro lado, os resultados positivos de produção podem permitir que Bangladesh, Indonésia e Filipinas reduzam as importações. Grande parte da expansão do comércio de 2012 está prevista para ser capturado pela Índia, cujas exportações estão sendo impulsionado por preços competitivos, permitindo-lhe deslocar a Tailândia de sua primazia de longa data entre os exportadores. Além disso, as exportações devem aumentar a partir dos Estados Unidos e Vietnã, mas também Austrália, Camboja e Egito. Por outro lado, as disponibilidades menores podem restringir as exportações por parte do Brasil, Equador, Mianmar, Paquistão e Uruguai.

Ainda segundo a FAO, o comércio mundial de arroz em 2013 está previsto para chegar 37,5 milhões de toneladas, ligeiramente acima da estimativa de 2012. Um volume tão alto reflete expectativas de grandes saques dos estoques enormes detidos por países exportadores, como eles precisam abrir espaço para as novas culturas, um movimento que poderia se traduzir em preços mais atraentes do mundo. Em particular, as vendas tailandesas, seja através de comerciantes privados ou entre governos, estão previstas para se recuperar. Os embarques da Austrália, Egito, Paquistão e Vietnã também deverão aumentar.

Por outro lado, a queda da produção de 2012 e aumentando as necessidades domésticas pode deprimir as exportações da Índia no próximo ano. Disponibilidades encolhimento poderia também diminuir as vendas por Argentina, Bolívia, Brasil, Estados Unidos e Uruguai. Entre os importadores, Bangladesh, União Europeia, Indonésia, Iraque, Malásia e Arábia Saudita estão previstos para intensificar as compras. Por outro lado, apesar de se manter alta, as entregas para a China, Irã, Nigéria e Filipinas podem cair.

CONSUMO

O consumo mundial de arroz em 2012/13 está previsto para um aumento de 1,4%, para 475 milhões de toneladas. Sendo um alimento importante, mais de 85% total, ou 402 milhões de toneladas, estima-se que serão destinados ao consumo humano, com apenas 13 milhões de toneladas e 61 milhões de toneladas utilizadas na alimentação animal e outros usos (incluindo resíduos), respectivamente. O consumo per capita de alimentos deverá aumentar de 56,7 kg em 2011/12 a 56,8 kg em 2012/13.

RELAÇÃO PRODUÇÃO x CONSUMO

A produção mundial de arroz em 2012 está agora prevista para ultrapassar o consumo em 2012/13 por uma quantidade ainda maior que o previsto em julho, resultando em uma revisão 5 milhões de toneladas para cima em estoques de passagem mundiais de arroz em 2013. Comparado ao ano passado, estes devem subir 7%, ou 10 milhões de toneladas, para uma nova alta de quase 170 milhões de toneladas, marcando o oitavo ano consecutivo de acumulação de estoques. Como resultado, os estoques mundiais passarão de 33,6% das demandas globais em 2012 para 35,5% em 2013.

PREÇOS

Os preços de arroz no mercado internacional foram bastante moderados nos primeiros quatro meses de 2012, mas, desde então, mostrado uma tendência firme, influenciado por compras governamentais de grande porte e ações na Tailândia. e por compras significativas por países africanos e China. Em outubro de 2012, o Índice de Preços FAO Rice (2002-2004 = 100) alcançou em média 244 pontos, contra 235 pontos em janeiro, mas nove pontos a menos do que em outubro de 2011. A queda dos preços do ano passado foi particularmente evidente para o arroz Japônica e aromático, mas menos pronunciado tanto para menor e maior qualidade de arroz Indica. Através das origens comerciais diversas, da Tailândia pela extensão de sua política de alta de preços ao produtor, geralmente mantidos preços FOB em um prêmio em relação a outras fontes, com o arroz B referência Thai 100%, cotado a US$ 595 por tonelada em outubro. Apesar de um aperto sazonal de suprimentos e dificuldades logísticas na Índia, Paquistão, Estados Unidos e Vietnã, as cotações para os primeiros dez meses teve média mais baixa nesses países em 2012 do que em 2011, enquanto eles subiram na Tailândia.

A íntegra do relatório está em nossa área de downloads para ser baixada.

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