Comissão detalha projeto do Memorial do Arroz de Cachoeira do Sul

Defender recebe com satisfação a nova iniciativa. Memorial resgatará trajetória da orizicultura em Cachoeira.

A comissão que prepara o lançamento do projeto do Memorial do Arroz de Cachoeira do Sul marcou para amanhã, às 10h, na Casa de Cultura, uma entrevista coletiva para detalhar a iniciativa, que vem sendo articulada há mais de um ano e meio.

Considerado um dos elementos-chave no processo, o coordenador regional do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), o engenheiro agrônomo Jaceguay Barros, forneceu poucos detalhes sobre o projeto, mas confirmou a apresentação pública da proposta nesta sexta-feira.

ESPAÇO

Segundo ele a intenção é reunir todos os membros do grupo de trabalho do Memorial para o lançamento da iniciativa. Barros não revelou em que estágio se encontra o projeto, mas uma fonte ligada à comissão informou que um dos fatores que atrasaram o lançamento do Memorial foram as negociações do espaço com o Irga.

A ideia de preservar a memória orizícola de Cachoeira do Sul surgiu nos clubes rotários da cidade e foi encampada pela comissão, à qual pertence também a diretora municipal de Cultura, Mirian Riztel, e outros integrantes do poder público municipal e da iniciativa privada.

De acordo com Barros até agora não houve nenhum investimento da Prefeitura no projeto, embora o prefeito Sergio Ghignatti e seu sucessor, Neiron Viegas, tenham prometido apoiar a iniciativa.

O Memorial do Arroz, que reunirá máquinas, documentos e fotos da orizicultura em Cachoeira do Sul, deverá ser instalado no prédio do Irga, na Rua Marechal Floriano, que no começo do ano foi cedido para os ensaios de carnaval da escola Aldeanos do Samba. O coordenador regional da autarquia não detalhou de que maneira o Irga destinará o espaço ao Memorial, embora tenha frisado que a autarquia nada tenha a ver com a proposta.

IMPORTANTE

Equipes de trabalho

A comissão que lançará o Memorial do Arroz vem trabalhando há quase dois anos em cima da ideia. O grupo conta com mais de 15 pessoas, que foram divididas em equipes de trabalho. “Tudo isso nós vamos explicar na sexta-feira,” declarou Jaceguay Barros, que teria ficado responsável pelas negociações do espaço para o projeto com o Irga. “Vocês terão um relatório completo de tudo o que foi feito até agora na entrevista coletiva,” prometeu o engenheiro agrônomo.

UMA PERGUNTA

Para Jaceguay Barros, integrante do grupo de trabalho do Memorial do Arroz

O projeto do Memorial do Arroz inviabiliza a proposta de criação do Museu do Arroz?
Ao meu ver não, muito pelo contrário, Cachoeira do Sul não pode descartar nenhuma ideia. Um projeto não compromete o outro de maneira nenhuma.

Defender recebe com satisfação a iniciativa

Apesar de ter sido excluído das discussões em torno do Memorial do Arroz, Telmo Padilha, principal executivo da Oscip Defender, que há mais de cinco trabalha para implementar o Museu do Arroz, recebeu com satisfação a notícia sobre o novo projeto.

Em entrevista por e-mail ao Jornal do Povo ele elogiou a iniciativa e não perdeu a oportunidade para dar uma alfinetada na cúpula da Cultura da Prefeitura: “Nossa surpresa é a informação de que tem gente da cultura, quando o certo seria uma iniciativa de gente da cultura,” declarou Padilha.

O dirigente da Defender não acredita que o Memorial venha comprometer o projeto do Museu do Arroz. “Quando funcionar o museu, se o memorial estiver funcionando será absorvido,” projetou.

Ao falar sobre a proposta da Defender, Padilha disse que o projeto do Museu do Arroz é tão grande quanto as histórias de Cachoeira do Sul e do desenvolvimento deste cereal e de seu cultivo no Rio Grande do Sul. “É uma proposta museológica,” completou.

1 Comentário

  • Peço a vênia para dizer que do jeito que as lavouras de soja estão tomando conta das terras, aonde outrora se cultivava arroz, precisaremos de um Memorial para ficar em nossas memórias os bons tempos em que se valia a pena plantar arroz!!! Em breve, plantar arroz será que nem o Estádio Olímpico… Só lembranças!!! Ainda dá tempo de reverter essa situação… mas é preciso boa vontade e bom senso de todo o setor produtivo: produtores, industrias e varejo e, apoio efetivo e, não esporádico do governo…

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter