Leilão de 100 mil t de arroz de 3 de janeiro será mantido

Segundo os arrozeiros, o anúncio do leilão com muita antecedência derrubou as cotações, trouxe tendência baixista aos preços e pode afetar os preços no início da colheita, em fevereiro, levando os negócios para preço inferior ao mínimo de garantia do governo, de R$ 25,80 por saco de 50 Kg.

Segundo o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), os leilões de arroz realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento seguem critérios técnicos. Existem critérios técnicos para quando vai acontecer o leilão e para isso o governo tem a Conab, segundo ele, em resposta a pedido da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) pela suspensão do leilão de 100 mil toneladas, previsto para o dia 3 de janeiro. Mendes disse também que não é o leilão que está pressionado os preços do arroz.

Segundo ele, “as pessoas estão achando que vai subir a oferta de produto no mercado e não vai acontecer isso”. Sobre o fato de o preço do arroz ter recuado para R$ 35,50 por saco de 50 Kg, Mendes afirmou que já esteve R$ 38,00 por saco de 50 Kg e existe o mercado e existe o risco.

Segundo os arrozeiros, o anúncio do leilão com muita antecedência derrubou as cotações, trouxe tendência baixista aos preços e pode afetar os preços no início da colheita, em fevereiro, levando os negócios para preço inferior ao mínimo de garantia do governo, de R$ 25,80 por saco de 50 Kg. A entidade afirma que, nesse caso, o governo precisaria destinar recursos para a retomada dos preços.

A Federarroz afirma que os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são responsáveis diretos pela queda nos preços. Isso é claro na medida em que há baixa procura nos leilões da Conab e o preço aponta queda contínua nas cotações do arroz em casca há mais de 80 dias, acumulando 1,4% de queda em outubro, 3,2% em novembro e 4,7% até 18 de dezembro, segundo a entidade. Em 2012, foram ofertadas 678,6 mil toneladas em leilões de arroz da Conab e vendidas 300,2 mil toneladas, ou apenas 45,8% do total. O preço médio ponderado de fechamentos dos leilões foi de R$ 32,46 por saco de 50 Kg.

10 Comentários

  • Já comentei aqui, O GOVERNO QUER ARROZ Á NO MAXIMO, R$ 30,00 POR SACO, É CONTINUARA COM OS LEILÕES…Não adianta fazer pressão…Outro fato..PARA O GOVERNO, O ARROZ DEVERÁ ESTAR AO PREÇO MINIMO NA COLHEITA, com algumas oscilações PARA BAIXO, DEPOIS, ELE ENTRA COMPRANDO, caso haja Pressão dos Arrozeiros.

  • O preço do arroz no inicio da safra e o q defini os níveis de preço durante o resto do ano. Isso as industrias sabem e estão agindo junto ao governo para derrubarem os preço em plena colheita. Produtor q vende 5.000 sacos a 35,00 teria que vender 7.000 sacos para manter a mesma receita. Os estoques das grandes industrias estão dimensionados com a capacidade para durar exatamente o intervalo entre os vencimentos básicos dos produtores. Com isso eles manipulam o preço do arroz durante todo o ano. O q nao podemos fazer é deixar as industrias se abastecerem agora na colheita.

  • Este é, com certeza, o caminho que o MERCADO está buscando .
    Muito bem descrito pelo “arroz irrigado”.
    E se sabe que a Soja vai ser um problema para quem quer manter o preço do arroz baixo por muito tempo mas ela só vem em Maio.
    Se o produtor não fizer por onde e depositar o SEU arroz fora do estoque gratuito da indústria certamente o preço vai custar a reagir.
    Vamos aproveitar que há estoque de terceiros a disposição e organizar a secagem.
    Pode até ser que se produza os 7.6 milhões de Ton que andam anunciando mas se este arroz estiver fora da operação de LIQUIDAÇÃO então o lucro será mais do produtor.
    A conversa é forte no sentido de preço baixo e de colheita cheia… até já se houve falar que Híbrido não será arroz … Mas, Puitá plantado há muito pouco.
    Eu acredito mais na notícia que descreve o levantamento da USDA.
    Quanto mais arroz em depósitos livres muito mais rapidamente este “PREÇO DE ABERTURA” não se sustentará.
    Bom Ano a todos!

  • Pior que todos querem desovar estoques.

  • Continuo não entendendo esta politica do governo, com os preços atuais de R$35,00 ,o produtor começa a viabilizar a sua atividade e o comsumidor ja pagou a 10 anos atraz R$40,00 p/ saco. O Governo gastou milhoões em PEP ,CONTRATOS DE OPÇÃO, AGF etc.. ,para levantar os preços, agora o mesmo governo por intermedio dos LEILÕES , quer abaixar os preços, sendo que a colheita se aproxima e é sabido que quando começa a colheita a oferta aumenta (pois tem muitos produtores descapitalizados e precizam vender ) e com isso abaixa mais ainda os preços.
    O Ministro Mendes tem a obrogação de suspender este leilão do dia 03-01-2013 , para não piorar a situação.

    ABRAÇO

    MARCOLIN- CAMAQUÃ RS

  • Se o sr.ministro acessar este site, ou for comunicado por seus acessores de nossos questionamentos; gostaria que nos explica-se como que 2.000.000 de sacos ( dois milhões ) ofertados em época de pré colheita não afetam o mercado ? não existe propósito político ? a queda no preço do arroz não seria uma boa medida para acompanhar a queda do preço da energia ? um início ano novo com um novo pacotinho de produtos e serviços com preços em queda ?

  • Esse ministro Mendes com certeza burro não é. Então, se for verdade o que ele comentou acima, ele tá achando que nós produtores somos idiotas e não sabemos que ao aumentar a oferta os preços baixam. Mas é aquela história de quererem que fiquemos dependentes. E com a anuência ou melhor, reivindicação, das nossas entidades, capitaneadas pela Federarroz, que vive pedindo ao governo para que compre arroz. Está mais do que claro que isso é um tiro no nosso pé. Até homenagem fizeram para o homem!!!
    Financeiramente para o governo, e portanto para o contribuinte brasileiro, sai muuuuito mais caro essa jogada toda.

  • Não temos outra solução a não ser trocar arroz por SOJA NA VARZEA, enquanto formos dependentes de esmolas do governo que não atualiza seu preco minimo a anos e o setor industrial que não quer saber nossos custos só quer comprar arroz barato e se no próximo ano quebrarmos eles não estão nem ai vamos estar sempre renegociando dividas em cima de dividas.
    Graças a DEUS as variedades de soja que estão invadindo as várzeas gaúchas estão se adaptando muito bem (podemos observar até as margens das brs) tudo esta se encaminhando para mais um ano de sucesso, só o clima não enlouquecer.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

  • Srs. Produtores, já por algumas vezes leio aqui algumas críticas do Sr. Walter Arns, não gosto de tratar as coisas de forma personalista mas me encorajo a fazer algumas considerações:
    – em primeiro lugar não acho construtivo criticar entidades e lideranças no formato que é feito, isso não constrói para classe, se há divergências, e é claro que elas possam existir, isso deve ser feito no fórum adequado, se não, parece apenas queixa de quem tem suas posições refutadas pela própria classe;
    – em segundo gostaria de entender as próprias críticas, ora não acredito que nem as lideranças, nem as entidades sejam a favor de ver a Conab intervindo, de forma equivocada principalmente como sempre acontece, no mercado. Mas tem de se perceber que vivemos um governo intervencionista, e aqui reside o primeiro equívoco, precisamos mudar o governo e não fazer com que as entidades façam uma política fora da realidade. Se chegamos a ter preços de R$ 40,00 foi porque o governo interviu, pois se não fossem as exportações de mais de 2.000.000 de ton na safra 11/12 ainda estaríamos vivendo valores muito abaixo dos preços mínimos. Em tempo, e isso propiciou a continuidade na atividade de um número enorme de produtores. Ora, concordo, aí sim com o Sr. Arns, que deveríamos não precisar nem que o governo fizesse qualquer intervenção, mas isso é factível, isso é real??? Acredito que nesse momento não, pois o governo é esse que está aí, queiramos ou não. E muitos outros exemplos são possíveis, a questão do mercosul é outro exemplo, afim de proteger uma política internacional desse governo vemos sobreporem interesses internacionais, dos países membros do mercosul, aos interesses dos produtores brasileiros, e vejam, isso não é só com o arroz.
    Para finalizar gostaria ainda de dizer que os problemas só vão se resolver, sejam eles quais forem, e problemas temos bastante, se tivermos ENTIDADES FORTES, e para que isso se concretize, precisamos construí-las, e como devemos fazer isso, fortalecendo-as, discutindo internamente nossas divergências, capitalizando-as financeiramente para que possam enfrentar todas as dificuldades que ainda estarão a frente. As nossas parcerias saudáveis são com a própria classe, assim chegaremos um dia em que plantaremos exclusivamente com recursos próprios, só armazenaremos em silos próprios, não estaremos pedindo absolutamente nada a governo nenhum e portanto seremos realmente donos do nosso próprio negócio. Sr. Arns, com todo respeito, críticas como a sua não constroem para a classe e palavras de produtor com sua envergadura tem eco, portanto, se some aos que querem fazer dessa lavoura uma lavoura com futuro.

  • O sr Ricardo Gomes, que nem conheço, se acha no direito de pautar o que devo ou não falar neste espaço. Ora, isso é típico de quem quer censurar o que deve ou não ser manifestado aqui. Acho que ainda temos liberdade de expressão no nosso país, e como eu jamais me manifesto de forma ofensiva com quem quer que seja, não aceito repreensão do tipo desta que ele fez. Se minhas opiniões são refutadas pela própria classe, por consequência não terão importância, não é mesmo?
    É com a experiência de ter sido presidente de Associação de Arrozeiros e Sindicato Rural do município, maior produtor de arroz do Brasil, além de ter sido membro da diretoria da Federarroz e conselheiro do IRGA, que me manifesto, e acho que o faço no sentido de colaborar com toda a classe de produtores de arroz que tanto tem sofrido nestes últimos anos. Sempre tenho me manifestado com coerência na mesma linha, mas minhas manifestações não tiveram muito eco, principalmente na Federarroz que tem uma conduta de achar que tudo passa pelo governo, ou seja, faz muitas vezes o jogo da burocracia e não o nosso. Por exemplo, para que pedir para o governo comprar arroz se sabe que logo ali na frente o governo vai usar esse estoque para nos prejudicar? Estimo que o governo não queira nos prejudicar, mas uma vez estando na mão dele um instrumento para conter o aumento de preço ele não vai usá-lo pra isso? É claro que vai. E Porque nossas entidades pedem para que o governo compre? Não consigo entender. Sei perfeitamente que o governo é intervencionista, e não só este governo! Mas porque fazer o jogo deles??? Se é para regular preço, o melhor mecanismo é exportar os excedentes e isso já está provado. Há que se ter a inteligência de mostrar isso ao governo e não ficar pedindo AGF. Aliás, a muitos anos eu prego a simples extinção do preço mínimo, justamente para que não seja usado contra nós como tem sido. É fácil mostrar ao governo que sairia muito mais barato pra ele e seria muito melhor para a nossa atividade. Só que seria uma INTERVENÇÃO a favor do produtor e não contra, como ocorre agora com os leilões.
    Ele falou em entidades fortes, e eu digo que temos uma entidade forte, só que ela pensa de forma equivocada, e por isso acaba se voltando contra nós.
    Aliás, ele fala também em capitalizá-la financeiramente, e aí temos outro problemita não é? Pergunto, qual é hoje uma das principais fontes de renda da Federarroz? Respondo: Irga. Então pergunto onde está a independência dessa entidade? Veja o que ocorreu no episódio da mudança da lei do IRGA. O que a entidade fez para impedir a aprovação da nova lei na assembléia legislativa??? Ou será que ela pensa que agora a lei está melhor que antes!
    Quero continuar colaborando CONSTRUTIVAMENTE, e entendo que isso se faz no campo do debate de idéias e não censurando a liberdade de expressão.
    Aliás, acho maravilhoso que o site planetaarroz exista e permita essas manifestações, pois entendo que é assim que vamos conseguir, quem sabe, construir algo melhor para a nossa classe. E viva a liberdade de expressão com responsabilidade!!

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