Safra de arroz no Rio Grande do Sul deve ser a maior dos últimos dois anos

Em termos de produtividade, no entanto, índice deve permanecer igual às safras passadas em decorrência do clima.

A colheita do arroz já iniciou em alguns municípios do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional da cultura. A expectativa é de que esta safra seja a maior dos últimos dois anos em produção do grão, mas igual à safra passada em produtividade. O clima, que ajudava os produtores, mudou e agora gera preocupação. Em janeiro, as temperaturas ficaram mais baixas do que o habitual.

O produtor rural Alcides Bortolotto garante que a última safra foi melhor, e que no mês passado, alguns dias tiveram registros de 17°C, temperatura considerada baixa para o verão. Ele destaca que a brusone (doença causada por um fungo) ocorreu em função do clima.

– Não vai representar no que vou colher. Imagino que a gente poderia colher uns 10 sacos a mais por hectare – afirma Bortolotto.

Na atual safra, foram plantados mais de 1,76 milhão de hectares, 46 mil hectares a mais do que na safra passada. Analistas esperam que a produtividade se mantenha na média dos últimos anos.

– Mesmo que tenham ocorrido essas oscilações, nós estamos pensando em manter de 7.200 a 7.400 quilos por hectare, o que nos daria uma projeção de safra no Rio Grande do Sul de 7,7 milhões, 7,8 milhões – analisa o coordenador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Eraldo Jobim.

Neste período, a lavoura de arroz plantada no Estado está 100% em fase reprodutiva. Cerca de 20% está em maturação, que é quando o grão fica amarelo e mais rígido, melhor etapa para a colheita.

O agricultor Bortolotto está esperançoso com a colheita. Plantou 300 hectares, o mesmo número do ano passado, e pretende colher oito mil quilos por hectare. Com uma produtividade tão boa, ele já está na expectativa de conseguir bons preços pelo grão e estima que a elevãção chegue em julho e agosto, ficando em torno de R$ 33,36 saco.

– Nas últimas três safras houve um aumento [de preço] bem significativo, expressivo, condicionado principalmente à manutenção do preço do arroz no mercado nacional e internacional. Nós patinamos aqui há oito anos e, a partir dessa safra, passamos a trabalhar com mais otimismo e investimento mais na lavoura – destaca o agricultor.

2 Comentários

  • Não sei não… quem plantou 417 e puitã na fronteira-oeste está tendo uma quebra bem considerável em funão do excesso de chuvas e frio… Quebra de 20% se seguir assim… Não teremos supersafra pelo andar da carruagem…

  • Sr. Flávio, quebras sempre acontecem, e ainda mais esse ano com o produtor “globalizado” e “experto” vamos ter sim quebras para dificultar saber quanto de arroz teremos produzidos nesta safra 2012/2013. No segundo semestre quando começar a “faltar arroz” aparecerá a realidade do mercado. Se quebra 5%, vão dizer que quebrou 15%. Vamos fazer a leitura de acordo com o andar da carruagem, o certo é que não teremos arroz barato, o que para mim industria é excelente, pois é muito melhor vender arroz na alta do que na baixa, quando os aventureiros estão por ai ofertando arroz pra todo o mundo…..

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