Preços animam arrozeiros na abertura da colheita

Os estoques públicos em baixa e as exportações consolidadas contribuíram para aquecer os preços, que no mesmo período do ano passado não ultrapassavam os R$ 26,00 a saca de 50 quilos.

O momento positivo vivido pelos arrozeiros gaúchos, com a saca do cereal sendo comercializada a R$ 34,00, frente a um cenário de oferta e procura ajustadas, dará o tom da 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que se inicia hoje, em Restinga Sêca. Os estoques públicos em baixa e as exportações consolidadas contribuíram para aquecer os preços, que no mesmo período do ano passado não ultrapassavam os R$ 26,00 a saca de 50 quilos. “O cenário é promissor e de muito otimismo, especialmente após a renegociação das dívidas dos produtores”, garantiu o presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira.

Nesta edição, a diversificação de culturas em área de arroz será um dos temas centrais do evento, com foco no plantio de soja e de milho em terras planas. “Já contamos com 250 mil hectares de soja cultivados em áreas de arroz, o que representa 25% da área do cereal no Estado, e agora vamos investir no milho”, disse Pereira.

O gerente da divisão de pesquisa da Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, Sérgio Gindri, afirma que o projeto de diversificação de culturas deve tomar ainda mais força neste ano, “ampliando a base produtiva da Metade Sul do Estado, com aumento da renda dos produtores baseado na sustentabilidade.” De olho nessa tendência, o Irga irá apresentar uma nova cultivar de soja, adaptada a terras alagadas. “Trata-se de TecIrga 6070RR, criada em parceria com a CCGL Tecnologia, com alta tolerância ao excesso de água no solo, possibilitando aumento de produtividade a campo”, destacou Gindri.

Durante o evento, a nova tecnologia será apresentada em áreas experimentais, e seu lançamento oficial deve ocorrer ainda neste ano. “Estamos em fase de registro das sementes junto ao Ministério da Agricultura e multiplicação de sementes”, disse. O Instituto também apresentará o sistema de manejo em Microcamalhão, com a aplicação da máquina plantadeira para cultivo de milho. Com ela, a drenagem das áreas orizícolas é facilitada, evitando o contado de sementes de sequeiro, como soja e milho com a umidade. “Por outro lado, se houver falta de água, é possível irrigar as áreas com a liberação de água dos mananciais”, afirmou Gindri.

Pereira também destacou que será realizado um amplo debate para incentivar os produtores a optarem por armazenar o cereal nas propriedades, decisão que confere maior liberdade na hora da comercialização. “O Irga vai apresentar um sistema de armazenagem baseado em silos metálicos que comportam de 500 a 150 mil sacos. Trata-se de uma tecnologia simples que pode ser adquirida através de linhas de financiamento governamentais”, disse Pereira.

Conforme o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a programação de 2013 contempla os principais temas conjunturais, político-setoriais, mercadológicos e tecnológicos da lavoura arrozeira. “Entre as novidades está a primeira vitrine tecnológica que abordará experimentos com arroz e soja”, disse o dirigente. Ele destacou ainda o Fórum do Arroz, que abordará temas sobre diversificação e irrigação, painel sobre armazenagem e mercado do arroz em 2013/2014, tendo como destaque a palestra de Dwight Roberts, presidente da Associação dos Produtores de Arroz dos Estados Unidos, que abordará a produção naquele País, a organização dos produtores e fatores de competitividade para o mercado externo.

6 Comentários

  • O R.G. DO SUL NÃO PODE MAIS PENSAR EM AUMENTAR AREA DE ARROZ……O ORIZICULTOR TEM QUE AUMENTAR SUA RENDA, COM OUTRAS CULTURAS, ESTANDO AHI UMA PARCERIA IMPORTANTE COM O IRGA. APOSTAR MAIS UM POUCO EM SOJA E MILHO…OLHO VIVO

  • Acho que esta na hora de criar o IRGSOJA e IRGMILHO, porque fica o instituto que comanda o arroz trabalhando para a diminuição do plantio, dando um tiro no próprio pé, alias se o pessoal aumentar a área de soja, vamos pagar menos CDO e ficar mais competitivos perante nossos vizinhos de SC. Alias, nosso estado tem a mais complicada barreira fiscal e ainda pagamos CDO….PALHAÇADA……arroz hoje no nordeste de SC, marcas como FAZENDA, CAÇAROLA, CHINÊS, KIKA, REALENGO entra tantas outras estão lavando a égua, pois não tem esse monte de impostos que nos temos e vendem no minimo R$ 3,00 mais barato do que nós…….OLHO VIVO PESSOAL DA INDUSTRIA…..VAMOS PULAR A CERCA E MONTARMOS ENGENHOS EM SANTA CATARINA, NO URUGUAI, ARGENTINA E PARAGUAI……porque ficar aqui no RS é suicídio.

  • Sr Augusto se toda as industrias e cooperativas fossem para SC, Uruguai etc iria mudar pra melhor o mercado para os orizicultores, pq fatalmente quem planta teria que ter silo, e o arroz ficaria na mão do orizicultor. Ai finalmente o produtor poderia colocar preço no seu produto.

    Por isso eu digo, Vão, vão o quanto antes, pra nunca mais voltar.

  • Sr. Augusto Cezar com todo o respeito ao seu comentario em relação IRGSOJA E IRGMILHO nos produtores temos q procurar outras alternativas SIM.
    A questão do IRGA ele deveria ser nacionalizado IBA ( INSTITUTO BRASILEIRO DO ARROZ ) para poder cobrar CDO em todo o pais incluzive do arroz importado porque nós produtores pagamos esse imposto por tabela em quanto o IRGA dezenvolve variedades com o nosso dinheiro outros ESTADOS E PAISES vizinhos ( uruguai, argentina , paraguai e outros, como continente africano vem buscar nossas pesquiza, e não pagam nada para o tal IRGA QUANDO A INDUSTRIA IMPORTA.
    Com a alternativa dos paises ermanos plantam nossas variedades ,a INDUSTRIA VAI LA FORA BUSCAR ESSE PRODUTO DESEVOLVIDO COM O NOSSO DINHEIRO DOS PRODUTORES COMO DISSE POR TABELA.
    Me corrige o meu pensamento se eu estiver errado seu Agusto

  • muito bem colega augusto pelo seu comentario pois tenho a mesmo pensamento nos produtores de arroz do RS estamos mais uma vez pagando a conta sem cobrar nada isto e vergonhoso e o pior que temos que pagar por outras tecnologias como a monsanto e basf quem deveria pagar era o IRGA com nosso proprio dinheiro

  • vcs gauchos, sao guerreiros e unidos ,conseguem o q querem ,ja aqui em sc nao ….!

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