Governo irá propor aos parceiros do Mercosul política de cotas para o mercado de arroz

A decisão, que faz parte da busca das soluções estruturais para a lavoura orizícola, foi anunciada nesta terça-feira (16), após encontro entre o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e o presidente do Irga, Claudio Pereira, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, além de diretores da entidade, no Centro de Eventos da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), em Pelotas, durante a realização da Expoarroz 2013.

O Governo do Estado, em parceira com as entidades representativas dos produtores gaúchos de arroz, está buscando estabelecer um canal de diálogo com os ministros da agricultura da Argentina, Uruguai e Paraguai para discutir uma política de cotas para o comércio do grão no âmbito do Mercosul. A decisão, que faz parte da busca das soluções estruturais para a lavoura orizícola, foi anunciada nesta terça-feira (16), após encontro entre o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e o presidente do Irga, Claudio Pereira, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, além de diretores da entidade, no Centro de Eventos da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), em Pelotas, durante a realização da Expoarroz 2013.

A Secretaria, em conjunto com o Irga, Federarroz, Fetag e Farsul querem, a partir dos encontros, definir volumes e épocas para ingresso do arroz produzido nos demais países no mercado brasileiro. Uma vez firmado o acordo, que será proposto pelos representantes da lavoura rio-grandense, será possível estabelecer o ordenamento da comercialização da segunda maior lavoura do Estado, sem competição predatória.

O secretário Mainardi destacou o bom momento para os produtores. |Os preços estão estabilizados, estamos colhendo a segunda maior safra de todos os tempos e o entendimento é de que temos que combinar a produção e o consumo|, disse. Pereira destacou a importância de discutir as formas de entrada do arroz no Brasil. Segundo ele, é importante esta articulação dos setores para a definição de políticas de cotas visando, desta forma, ampliar a renda do produtor.

11 Comentários

  • Já era hora… A COTIZAÇÃO vai ser fundamental para o fim da concorrência predatória… Vai amenizar as oscilações de preços e, como consequência, manter a renda dos produtores e evitar o endividamento exarcebado quando há supersafra… Se produzimos 12 milhões de toneladas no Brasil e, exportamos ao redor de 1 milhão poderemos importar tão somente 1 milhão de toneladas se quisermos manter um PONTO DE EQUILIBRIO na relação oferta e demanda… Evitando a importação predatória dificilmente ocorrerá o que houve há 2 anos atrás onde o preço chegou a R$ 16,00 em algumas localidades… Agora basta saber uma coisa: – Como será a fiscalização dessas entradas? Se a Siscomex ajustar um sistema perfeito de controle muito bem… A iniciativa será válida…. Mas no meu ponto de vista deveriam aproveitar a deixa e exercer um amplo controle fitosanitário para a avaliar a qualidade dos grãos que o consumidor adquire… Aprovo a medida e gostaria de parabenizar as entidades e políticos envolvidos nesse trabalho… Finalmente estamos caminhando a passos largos para que o produtor tenha RENDA OU LUCRO… para que a cadeia orizícola se sustente… para que o produtor nacional seja valorizado… Agora temos que nos preocupar com questões de logistica e o Governo e produtores poderiam investir em secadores, silos e depósitos… Essa é outra questão que ainda preocupa e, também, precisa ser enfrentada… NÃO VENDAM ARROZ ABAIXO DE R$ 35,00 se vcs querem ter algum lucro… Um abraço.

  • Que bom que vai ser! É o sonho de todos os que não querem correr riscos no seu negócio. É isso aí, vamos eliminar a concorrência. Afinal, para que existe a Federarroz não é mesmo? Na sequencia vamos propor a estatização completa da nossa produção, afinal, quase estamos chegando lá! Tomara que quem vai fazer o controle não esqueça de nenhum detalhe, como por exemplo comprar e vender o arroz sempre na hora certa para que possamos ter sempre um bom lucrinho, não é? É, parece que agora nossos problemas serão eliminados por decreto!

  • Interessante seu comentário, sr. Walter Arns, o sr. como empresário bem localizado na fronteira da Argentina, deve gostar muito de um arrozinho bom e barato do outro lado não é mesmo ? os produtores uruguaianenses e o restantes dos produtores gaúchos que se arrebentem não é verdade ? desde de que se saiba como lucrar utilizando-se das assimetrias, enormes, das quais levamos nos gaúchos as maiores desvantagens em relação aos outros países do mercosul produtores de arroz, fica aqui o meu aplauso ao seu dileto comentário.

  • Que concorrência Sr. Walter? Aquela que compra insumos por 30% do valor do mesmo aqui? Aquela que não paga impostos?
    Cuide da sua Industria e deixe a lavoura pra quem entende, se não sair as cotas vai nos esperando que vamos pra ponte de novo.
    SOJA NA VÁRZEA NELES!!!

  • Senhores: lamento informar que não sou importador de arroz, tampouco exportador. Sou somente um humilde produtor, talvez sofrendo dos mesmos problemas de falta de lucratividade na atividade exatamente como a grande maioria dos produtores do nosso estado. Talvez a diferença entre nós seja o fato de que eu não acredito em soluçoes mágicas onde as coisas se resolvem por decreto. Porque se assim fosse os nossos problemas já estariam resolvidos há muito tempo. Bastaria decretar o fim da lei da oferta e procura! Nessa hipótese “maravilhosa”, não teríamos tido preços de R$18,00 por saco recentemente, pois o tal de preço mínimo funcionaria neste mundo utópico.
    Sr Diego, antes de acusar-me de alguma coisa seria bom se informar melhor para saber se entendo algo de produzir arroz. Podemos quem sabe comparar os nossos níveis de produtividade! Quanto à ponte, isso não me diz respeito, talvez seja um problema do Dnit ou da polícia federal, além de seguramente ser algo extremamente antipático perante a opinião pública, pois interfere no direito sagrado de ir e vir. Acho que temos que melhorar é o nosso problema de competetividade e assim não temer a concorrência dos outros. Ou voces acham que lá fora não se paga imposto mesmo?

  • Desculpe Sr. Walter não sabia que o sr. era um humilde produtor como o sr mesmo disse, é que pelos seus comentários parece um urubu da industria falando, agora só não entendi como o sr. fala em humildade e no mesmo comentário fala em comparar sua produtividade com outro produtor, depois desta…
    Quem acha que os insumos (maquinas, defensivos, etc…) não são mais baratos no resto do Mercosul quando for trancar a ponte de Uruguaiana impedindo o direito de ir e vir do arroz que entra no nosso pais sem fiscalização alguma é só dar um pulinho do outro lado da ponte em alguma casa que venda defensivos que vai entender.
    PONTE NELE
    SOJA NA VÁRZEA NELES

  • Desculpe, mas que confusão mental. Eu nunca falei que os insumos no outro lado da fronteira não são mais baratos. O que eu defendo é que os nossos insumos tenham preços menores principalmente via redução tributária e outros itens do custo Brasil para que possamos ser mais competitivos e concorrer nos mercados globais. O mercosul a meu ver nunca chegou a existir de verdade, é apenas uma falácia que beneficia determinados setores da economia menos o nosso.
    Também não consigo concordar com a definiçao de que a indústria é um urubú. Acho sim que ela é a nossa cliente, pois é pra ela que vendo minha produção. Não estou defendendo a indústria, até mesmo porque não tenho procuração pra isso, mas tratá-la como inimiga não me parece atitude inteligente. Já fui industrial até uns anos atrás e respeito todos aqueles que trabalham de forma séria e honesta
    Qto à soja acho escelente alternativa para quem tem solo, clima, tecnologia, ânimo para correr riscos, etc.

  • Mas quanta ignorância a minha!
    Não sabia que o arroz entra “sem fiscalização nenhuma” no nosso país. Para que será que tem toda essa burocracia fronteiriça então?
    Outra coisa que eu não sabia: que alguns insumos são mais baratos do outro lado da fronteira! Deve ser porque eu moro muito longe do Uruguai e da Argentina e sou um completo alienado. Não sei nem porque presidi por tanto tempo a Associação de Arrozeiros de Uruguaiana por tanto tempo!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Sr. Walter Arns, com todo o respeito que lhe é devido e com toda a educação que deve fazer parte das pessoas integradas em uma sociedade em que todos tem o direito democrático de manifestar sua opinião, o sr. como presidente da Associação dos Arrozeiros de Uruguaiana está mostrando mais o seu lado industrial que o lado produtor, pois indústria e produtor não andam exatamente lado a lado, pois os interesses são antagônicos. A indústria quer sempre comprar arroz barato e o produtor quer o preço justo. Me corrija se eu estiver errado. Cito um um pequeno exemplo, por décadas a cobrança de secagem sempre foi de 6 %, hoje por iniciativa da indústria está em 8 % , o sr. , não acha que seria de bom senso, uma tabela progressiva de secagem, de acordo com umidade do arroz de lavoura ? o arroz com 16 % de umidade, não leva menos tempo no secador do que o arroz com 22 % ? o custo portanto de secagem não é menor ? a industria não deveria ser parceira do produtor neste momento ?

  • Sr. Walter, meu amigo humilde produtor presidente de associações e não sei o que mais, conta pra nós aí onde o arroz que entra do Mercosul no Brasil é pesado e coletado amostras para exames fitosanitários, pois eu particularmente nunca vi balança em aduanas brasileiras.
    Obrigado.
    SOJA NA VÁRZEA NELES
    PONTE NO MERCOSUL

  • Tenho certeza de que não falto com o respeito ao tentar argumentar racionalmente. Por exemplo: como vou me pronunciar como industrial se não sou industrial? Agora, não sou mais nem presidente de nada. Falo apenas por mim. Sr Azambuja, concordo integralmente com o restante dos seus argumentos, tanto é que as cooperativas de arroz que têm indústria, tem sérios problemas financeiros e econômicos, pois não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo: o produtor e a indústria. Mas isso não me convence a ser agressivo ou mal educado com as minhas clientes. Creio que se quisermos mudar as coisas temos que ter a grandeza de negociar melhores condições de negócio com a indústria. E como se pode fazer isso? Será que é com agressões ou com inteligência? A Federarroz poderia muito bem assumir esse papel mas ela parece que acha que dá mais ibope usar a palavra brigar ao invés de negociar. E quando é o momento? Talvez agora, neste ano porque vamos ter uma oferta mais apertada e então creio que será mais fácil de negociar os itens citados pelo sr, com a indústria! Entendo que se negociarmos através de uma entidade forte teremos mais chance de alcançar algo, do que cada um induvidualmente.
    Só a título de informação: aqui em Uruguaiana tem balança e são coletadas amostras para exame fitosanitário. Só que pra ver isso, tem que vir aqui e olhar! Mas basta visualizar o site da receita federal e verão que passa muito pouco arroz por este porto. Daí ser inócuo fechar a ponte. Mas cada um faz o que quer.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter