Pé no freio

 Pé no freio

Fim da oferta de arroz
dos estoques da Conab
estabilizou os preços.

A cadeia produtiva do arroz teve um período de transição entre 2012 e 2013 de movimentação intensa na política setorial, uma vez que a Companhia Nacional de Abastecimento sinalizou que manteria até fevereiro os leilões de oferta de arroz dos estoques públicos. Esta ação de oferta, com o produto remanescente de um leilão voltando em 15 dias a preços menores, afetou negativamente o mercado interno e acelerou a queda das cotações. A Conab chegou a marcar um leilão para o dia 3 de janeiro, que foi adiado para 10 de janeiro e depois cancelado definitivamente. Esta posição do governo, tomada mediante inúmeras reuniões solicitadas pela cadeia produtiva para pedir o fim dos leilões, acabou permitindo que a colheita começasse no Rio Grande do Sul com preços médios de comercialização entre R$ 33,50 e R$ 34,00, o maior das mais recentes safras.

“O mercado vinha enfraquecido e seria ainda mais prejudicado com a oferta de 100 mil toneladas já na virada do ano. No nosso entendimento esta posição da Conab poderia colocar a perder toda a política de recuperação dos preços realizada pelo governo federal”, revela Daire Coutinho, vice-presidente da Federarroz na Planície Costeira Interna.

Apenas um leilão foi realizado em 2013, ofertando 69,9 mil toneladas, com aquisição de 45,5 mil toneladas e ágio de 5% no preço médio. No ano comercial foram negociadas 748,6 mil toneladas (46,2% da quantidade ofertada) dos estoques públicos. Se por um lado isso preocupou os arrozeiros por gerar perda de preços, por outro lado há o fator positivo da liberação de armazéns credenciados da Conab para o caso de necessidade de depósitos de suporte a mecanismos de comercialização em 2013.

Safra: maiores esperanças com redução dos estoques

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