Área para arroz sofre baixa generalizada

Misto de fatores puxou para baixo a área para cultivo de arroz no Brasil.

Em seu último relatório de safra divulgado na terça (09) a Conab estimou em 2,3 milhões de hectares, um decréscimo de 1,5% comparado ao ocorrido no exercício anterior, fixado em 2,4 milhões hectares.

A redução generalizada no plantio da gramínea foi motivada, entre outras razões, pela baixa rentabilidade da cultura, os elevados riscos e a falta de incentivos que estão desestruturando a cadeia produtiva em vários estados importantes, pelas restrições ambientais ao plantio em áreas sensíveis e pelos baixos preços praticados no mercado.

O Centro-Sul foi a única região do país a não registrar baixa no espaço cultivável do arroz. Relatório da estatal destaca que o maior produtor do Brasil é o Rio Grande do Sul com 1.066,6 mil hectares, representando 44,6% da área nacional, respondendo ainda por 66,9% da produção brasileira.

"O fato de toda a área plantda estar relacionada ao cultivo irrigado, fez com que o estado obtivesse a maior produtividade nacional, a despeito dos problemas climáticos que contribuíram para que parte da semeadura tivesse ocorrido ofra do período tecnicamente recomendado pelos órgãos de extensão", cita a Conab no levantamento de safra.
Em Santa Catarina, segundo maior produtor nacional, a redução na produtividade está estimada em 4,9% comparada com a do ano passado, deriva também do fato de que grande parte do plantio ocorreu fora da janela recomendada, fazendo com que a lavoura no seu período inicial, sofresse intenso ataque do frio, doenças e também pela falta de água para irrigação.

A produção nacional de arroz para a safra 2012/13 está avaliada em 11.858,3 mil toneladas, representando um decréscimo de 2,2% sobre o volume colhido na safra anterior, segundo a Conab.

11 Comentários

  • Vejam o estrago que estes órgãos oficiais causam! Todos os produtores sabiam que a safra foi menor.Desde março esta turma fala em safra maior. Consequencia: 70% da safra já saiu das mãos dos produtores a preços inferiores ao custo de produção. Será que estes caras são burros ou tem algum “interesse” por trás deste engano? Gostaria que alguém me ajudasse a entender estas coisas!

  • De Seja bem-vindo

    Para SOJA BEM-VINDA!

  • Até outubro saberemos quanto foi realmente produzido na safra 2012/2013… Pelo que vi e ouvi por ai se colheu de 20 a 30% menos que no ano anterior… Pelo menos aqui na Depressão Central e de 10 a 20% lá pela fronteira-oeste… Então meus amigos a colheita no Estado ficou entre 6 e 7 milhões de toneladas… Bem abaixo dos 8,5 milhões esperados… Mas o governo quer conter a inflação a todo custo… Não lembra que na outra ponta os produtores podem perder dinheiro, muitos nem cobrirão seus custos… No tempo em que todo mundo tinha acesso ao crédito oficial se sabia com precisão quanto cada produtor colhia… Hoje isso já não mais funciona… Trabalha-se com expectativas… Informações desencontradas… Previsões que não se confirmam… Mistura-se safra velha e safra nova… Não há certeza de nada… Tenho uma única certeza… Plantar arroz virou uma grande incógnita… Preços que oscilam muito… Nenhum política de proteção e incentivo a produção… Leis ambientais cada vez mais restritivas… Leis trabalhistas cada vez mais protetivas… Tecnologia cada vez mais seletiva… No fim de tudo quem dá as caras é a Lei da Oferta e da Procura mesmo!!!

  • Sr. Flavio Evandro Schmidt, concordo com tudo o que sr. escreveu, mas tem um detalhe, tudo isso vale para todos os produtores e no entanto tem muita gente se saindo muito bem obrigado com a lavoura de arroz. Quanto a lei da oferta e da procura, sempre foi assim e sempre vai ser e lhes digo mais não fiquem de braços cruzados esperando lei de incentivo a produção, politicas protecionistas do governo ou de entidades de classe, tratem de se profissionalizar ainda mais e encarar a produção de arroz como um negócio e vocês não como produtores e sim como empresários, como alguns já estão fazendo a anos e estão se dando muito bem e outra, parem de CHORAR aqui a site. OLHO VIVO PESSOAL.

  • Repito seu Alexandre… Os que estão bem são aqueles que descascam o arroz e mandam pra fora do Estado ou pros mercados da região… Nem todos os produtores estão preocupados em construir secadores, silos e depósitos… Lá na fronteira-oeste tem gente que está muito bem obrigado… Mas o que mantém os seus lucros são o engenho ou outras atividades comerciais associadas… Tem alguns que até emprestam dinheiro através de CPRs… O produtor in natura… Aquele que só planta e está descapitalizado, ainda trabalha no vermelho… Concordo quando o Sr. fala em profissionalização… O que ocorre é a dificuldade em se capitalizar… É por isso que brigamos nesse espaço para defender a idéia de que o crescimento virá com renda… com diversificação de culturas… com emprego de maior tecnologia… Nem todos nascerem com a … virada pro céu Sr. Alexandre!!! e muitos ainda tem velhas e longas dívidas contraídas num passado antigo e num passado recente… Em 2025 muitas dessas contas terminarão… Até lá continuaremos a CHORAR sim… Primeiro porque quem não chora não mama… Segundo porque quem não berra não é ouvido… E toda a vez que a classe se aquieta o governo entende e sinaliza que estamos de barriga cheia e que o povão tem que comer arroz barato… A liberdade de expressão não é só para os fortes… É para os que acreditam que o Brasil ainda tem solução!!!

  • Sr Alexandre, o Sr citou que a lavoura de arroz é bastante rentável, não discordo ( mas isso é privilégio para muito poucos ) nossa classe está em torno de 70 a 80% muito descapitalizada por muitos problemas, em outros comentários o senhor fala que o arroz a mais de R$ 2,00 o kg reduz muito a venda.
    Quem sabe vamos nos unir ..entidades como Sindarroz ,Federarroz,Farsul e pressionar os governos Estaduais e Federal para baixar os tributos que acarretam nossos custos e poderemos ser muito mais competitivos até no mercado internacional porque dentro de nossas lavouras já somos altamente competentes.
    Sr Alexandre, com todo o respeito..aqui quem vos fala é a mulher do Augusto!! Acabei d ler seus posts, e não tenho como não manisfestar minha indignação a respeito d suas palavras…tais como: CHORÃO, referindo-se aos orizicultores que dão o suor, a saúde…enfim..a vida pelas suas lavouras,acreditando SIM em um futuro melhor!! Nós temos filhos,contas e dívidas “adquiridas” e talvez não somos tão bons quanto o sr em administrar nosso negócio,mas acredito piamente que sua zona de conforto vai mudar!

  • Concordo totalmente com suas palavras (esposa do Augusto) a zona de conforto DELES já mudou, pois num site dedicado aos produtores eles apareceram agora desesperados pois não conseguem mais comprar arroz barato, este Alexandre mesmo da cada comentario mais infeliz aqui, tais como que o arroz ia estar 27,00 esta safra que o custo de produção é 3000/Há, isso se chama Desespero, chegou a SOJA nas nossas várzeas, os navios estão atracando em Rio Grande o dólar não para de subir, a era do arroz barato e lucro fácil as nossas custas esta acabando, ainda precisamos nos capitalizar e não depositar um Kg de arroz dentro do CARTEL que aí eu quero ver quem vai CHORAR!!!
    Queria parabenizar ao IRGA que destinou parte dos nossos recursos da pesquisa para SOJA e na expointer estará lançando sua variedade para VÁRZEA!!!
    SOJA NA VÁRZEA NELES!!!

  • Tambem concordo com as palavras da Senhora esposa do Augusto. Sugiro não se preocupar com o que diz o Alexandre Dutra pois, deve tratar-se de um pseudônimo. O que ele tem é dor de cotovelo, é o mesmo que alguns industriais de minha região tem manifestado sobre o advento da soja na varzea.

  • Boa Noite Eraldo.
    Costumo dizer que :
    “O melhor que a indústria sul-riograndense fez ao orizicultor foi , no ano de 2011, pagar R$ 17,00 por saco e ainda de lambuja instaurar a TABELA por cima”.
    Alertei a alguns amigos donos de engenho que foi o maior tapa na cara para CRIAR VERGONHA que poderiam ter feito a nosso favor(para os que aguentarem).
    Agora temos de benefício de saber que soja dá dinheiro e que arroz demais é só problema.
    A ponto tão debatido pelo nosso amigo Diego ( a famosa TABELA) é uma espinha trancada em nossas gargantas que não conseguimos engolir nem após três anos.
    Vamos esperar o lançamento do 424 CL e então veremos como fica a” NOSSA” qualidade de arroz como a indústria costuma falar. Talvez aí bonifiquem qualidade em vez de penalizar produto bom.
    Vou com o slogan do DIEGO.
    Soja na várzea neles!
    Bons Negócios!

  • Boa noite Lobato. Aqui em Santo Antonio da Patrulha tem arrozeiro que já esta plantando bem mais soja que arroz. Não vai demorar muito para alcançarmos uma média de 60 sacas por hectare. Já temos parte de lavoura com 80 sacas por hectare. Um abraço.

  • Apenas para confirmar o que diz o colega Diego Silva, na fronteira-oeste se paga R$ 1,50 a menos pela variedade PUITÃ do que pelas variedades 417 e 409… Se tudo é arroz porque pagam menos por essa variedade??? Se dá tipo 1 porque a diferença??? Antigamente qualquer tipo de arroz que tivesse mais de 55 de grãos inteiros era sempre recebido como arroz bom… Hoje descontam frete, impureza, excesso de umidade, variedade e, em alguns caso, depósito e secagem… Estão arroxando o que dá… Por isso digo que esse preço de R$ 33 a 34 é enganador… E por isso defendo sempre que o arroz tem que ficar na casa do produtor!!!

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