Reunião em Formoso define recomendações para a cadeia produtiva do arroz
A IV Reunião da Comissão Técnica do Arroz, que ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 04, em Formoso do Araguaia, a 327 km de Palmas.
Dentre as recomendações discutidas na Reunião Técnica do Arroz estão: o desenvolvimento de novas variedades, o desenvolvimento de cultivares com qualidade de grãos, ajustes fitotécnicos de linhagens, cultivares com biofortificações e cultivares tolerantes a herbicidas. Essas recomendações farão parte de um documento, elaborado pela Embrapa Arroz e Feijão (Goiânia), para a produção de arroz irrigado nos estados do Norte e Nordeste.
Para o produtor José Luiz Venâncio, do Projeto Formoso, os produtores tocantinenses de arroz precisam de mais variedades de plantio. “Atualmente, plantamos praticamente uma variedade de arroz e precisamos diversificar nosso cultivo, para não ficarmos dependentes de apenas uma cultivar”, afirmou Venâncio, salientando a importância da realização de pesquisas, para o desenvolvimento das novas variedades.
De acordo com o organizador da Reunião Técnica e presidente da IV Comissão Técnica do Arroz, o engenheiro agrônomo da Seagro, José Américo Vasconcelos, é fundamental que produtores, técnicos e demais agentes da cadeira produtiva do arroz discutam as recomendações técnicas. “Esse encontro é importante para estabelecermos metas, que contribuirão para a melhoria da cadeia produtiva da cultura no Estado do Tocantins”, avaliou Vasconcelos.
“Este é um momento importantíssimo, para buscarmos consolidar as recomendações técnicas do cultivo do arroz”, afirmou o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Pedro Machado. Segundo ele, a partir da reunião em Formoso do Araguaia, será possível produzir um documento com recomendações técnicas consistentes, que direcionem a consolidação e desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz irrigado.
Participantes
Também participaram da reunião, técnicos e representantes da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas), da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), da Prefeitura de Formoso do Araguaia e do Sindicato dos Beneficiadores de Arroz do Estado do Tocantins (Sindiato). Além dessas instituições, também fazem parte da Comissão Técnica do Arroz, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a Secretaria da Fazenda e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins).
Seminário
Já o 7º Seminário da Cadeia Produtiva do Arroz do Tocantins, que tem o apoio do Governo do Estado, quer fomentar discussões que vão desde o cultivo até a industrialização do produto, a fim de promover uma visão unificada da produção orizícula, gerando práticas eficientes que desenvolvam a cadeia produtiva e aumentem a rentabilidade da produção. O evento é uma realização do Sindicato dos Beneficiários de Arroz do Tocantins (Sindiato).
Dados
Em conformidade com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Tocantins deve produzir na safra 2012/2013, 348.241 toneladas de arroz em casca, em uma área de 111.155 hectares – sendo o quarto maior produtor do grão, entre os estados brasileiros. Os municípios com maior produção no Estado são: Formoso do Araguaia (102.550 toneladas), Lagoa da Confusão (94.410 toneladas) e Dueré (27.540 toneladas), municípios integrantes da região das várzeas tocantinenses.