Estoques em alta e preços mundiais em baixa em 2014

A tendência é baixista para preços globais em 2013/2014. A produção mundial de arroz beneficiado deve crescer 1,7% na safra 2013/2014, para o recorde de 476,7 milhões de toneladas, contra 468,9 milhões de toneladas de 2012/2013. A demanda mundial de arroz beneficiado está prevista em um recorde de 474,5 milhões de toneladas, 1,3% acima das 468,6 milhões de toneladas na safra mundial 2012/2013.

Em 2013/2014, a produção mundial deverá superar a demanda pelo sétimo ano consecutivo, provocando uma nova alta dos estoques globais de arroz. Os estoques finais mundiais devem crescer para 107,4 milhões de toneladas em 2013/2014, 2,1% acima de 2012/2013, acumulando expansão de 43,4% em uma década. A relação entre os estoques finais mundiais e consumo deve crescer para 22,6% (82 dias de consumo) em 2013/2014, levemente acima da safra anterior, que foi de 22,4%.

A China deverá consolidar-se como o maior importador mundial de arroz em 2013/2014, com compras de 3,4 milhões de toneladas, acumulando uma alta de 90% em três safras. Em 2011/2012, as importações chinesas já haviam chamado a atenção do mercado, ao atingir 1,8 milhão de toneladas, crescendo para 2,9 milhões de toneladas em 2012/2013.

Na China, a demanda vai exceder a produção em 3,5 milhões de toneladas em 2013/2014, resultando em mais um ano de importações em crescimento. Até o fim da safra 2013/2014 (em junho de 2014), os estoques da China chegarão a 46,4 milhões de toneladas, o equivalente a menos de quatro meses do consumo interno. A Nigéria passa a ser o 2º maior importador mundial em 2013/2014, com compras externas previstas em 2,4 milhões de toneladas, contra 2,5 milhões de toneladas em 2012/2013.

Os estoques mundiais de arroz são equivalentes a 2,7 vezes o volume anual de comercialização global do produto. O preço do arroz branco tailandês 5% (Thai 100%B), referência na Ásia, acumula uma baixa de 25,6% entre janeiro e setembro de 2013. Os estoques finais de arroz da Tailândia devem atingir 15,5 milhões de toneladas em 2013/2014, praticamente o dobro do volume a ser exportado, estimado em 8,0 milhões de toneladas, como resultado da política estatal de pagar aos produtores um preço acima do praticado no mercado.