Uma questão de rumo

A cadeia produtiva do arroz dá passos importantes em 2013 no sentido de superar obstáculos importantes. O antagonismo entre indústria e produtor em diversas questões permanece, mas a aproximação para construir uma agenda positiva e desenvolver ações em temas de consenso é a mola propulsora desta nova política. Dois exemplos podem ser citados: o projeto de redução da carga tributária sobre a produção e comercialização do arroz – que beneficia as indústrias que priorizam a compra do cereal do estado – e a construção de uma política séria, desburocratizada e eficiente de exportações.

Um conjunto de negociações estabelecidas em parceria está surtindo importantes resultados na área do ICMS, mantendo a arrecadação do Estado e oferecendo vantagens no crédito presumido das operações. Numa primeira experiência, a proposta deu certo. Agora, a cadeia produtiva se reúne com o governo do Rio Grande do Sul para ampliar o projeto.

Em termos de exportação, vital para garantir o equilíbrio do mercado interno e a renda ao produtor, as ações se desenvolvem em várias frentes. Nos últimos dias, o governo gaúcho sinalizou com investimentos de quase R$ 1 milhão no terminal da Cesa, em Rio Grande, para ampliar sua capacidade de armazenagem e embarque. A Superintendência do Porto de Rio Grande anunciou investimentos de modernização da estrutura, ampliação do cais e mais espaços em outros terminais para o arroz, já a partir de 2014.

O governo federal comprometeu-se em divulgar o arroz brasileiro em suas ações no exterior, realizar acordos para derrubar barreiras tarifárias e não tarifárias ao produto nacional, estudar a adoção de mecanismos de comercialização que auxiliem no escoamento da produção, e não na acumulação, e, dentro do programa de modernização dos portos, busca desburocratizar e tornar mais rápidos e eficientes os embarques. Não é a solução de todos os problemas, mas é um começo.

Um bom começo!