Mesmo com aumento da oferta, preços permanecem em alta

Na parcial de abril, o Indicador registra expressiva alta de 5,92%.

Com o avanço da colheita da safra 2013/14, orizicultores têm disponibilizado maior volume de arroz em casca na comparação com períodos anteriores. Entretanto, permanecem firmes nos preços pedidos. Diante da necessidade de compra, indústrias aceitaram os valores pedidos por vendedores.

Com a melhora no ritmo de comercialização, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) subiu 1,86% entre 22 e 29 de abril, fechando a R$ 35,99/sc de 50 kg (dia 29). Na parcial de abril, o Indicador registra expressiva alta de 5,92%.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

14 Comentários

  • Ué… O preço está acima do gatilho de R$ 34… O governo não vai começar os leilões??? Ou vai ter preço minimo novo para leilão esse ano??? Já se fala por Brasília que querem tirar a variação do preço dos alimentos do cálculo da inflação… Mas a realidade é uma só… Tudo está subindo… Então vender arroz abaixo de R$ 42 é tufo dos grandes… Vendam somente o necessário… o mínimo possível… e vamos cada vez mais plantar soja nas várzeas… só que tem que ter lugar para guardar esses alimentos porque os importadores já estão se ligando que a produção está aumentando no Brasil e estão forçando os preços para baixo… Saber ofertar também é uma virtude… Temos que ter jogo de cintura e ir dando as cartas… devagarito no más… sem fazer investimentos em maquinario e coisas que possam exigir grande imobilização de capital… a não ser silos, depósitos e secadores… não podemos cair na tentação de nos endividarmos demais, porque tem dinheiro barato ou porque precisamos comprar mais um trator ou uma plantadeira, etc… É assim que se vai muito capital… É assim que temos que vender arroz na hora errada… Organizem seus compromissos para vencerem entre outubro e dezembro… E se querem aumentar a produtividade tenham a consciência exata que tudo terá um custo… Avaliar custo x benefício também é uma virtude! Não há lugar mais para amadores em qualquer atividade econômica no Brasil… Bobeou, dançou… Tubarão chega por trás e engole mesmo… Se o clima tivesse corrido bem ano passado e a produção fosse a esperada estaríamos vendendo arroz a R$ 28… Isso mostra claramente a dificuldade que a classe tem em se organizar e plantar somente as quantidades que o país consome e exporta… é com isso que a indústria e o varejo contam… com o erro dos produtores… plantou demais… pronto… os preços despencam… porque quando eles estão cheios pagam o preço que querem e os produtores que se virem para vender para o governo… É ou não é assim??? Então meus amigos que estão pensando em aumentar a área para a safra 2014/2015 na esperança que vão ganhar muito dinheiro, tenham muito cuidado… o pelicano pode não levantar vôo mesmo com asas bem compridas… o mercado do arroz é assim, muito instável, complexo, dividido e de alto risco… não é como o da soja… Reflitam bem… Não adianta vender arroz R$ 40 num ano e depois ter que dar sua safra por míseros R$ 17… Cautela e Prudência essas palavras deveriam sempre nortear os produtores… Planejamento, Controle e Organização nos negócios… e eficiência na produção… eficiência também significa racionalidade… Ano de muito arroz jamais significou ano de bons preços… Olhem as estatísticas do passado… Estão ai para comprovar o que eu falo… A ganância rendeu apenas dívidas para muitos que achavam estar fazendo uma grande coisa aumentando a área plantada em 10, 20, 30, 40, 100%… A monocultura está cedendo espaço a diversificação… A renda está aumentando… os custos também… então como dinheiro na mão é vendaval… cuidem bem dele e gastem apenas o necessário… Fazendo assim podemos equilibrar a oferta e obter um melhor preço médio… Falo isso porque sei que alguns produtores tem a tendência megalo de fazer investimentos sem estudar o impacto financeiro e o cronograma de desembolso que ele gera… Ir as comprar sem ter imediata necessidade pode gerar muita dor de cabeça logo em seguida… Repito: é com esses erros dos produtores que a indústria, os bancos e o varejo contam… Não gosto da expressão “nota grande”, mas é ela que bem denota a atitude de alguns… Não podem ver um trator numa exposição, uma camioneta nova, um plantadeira com mais linhas e vão lá comprar… Segurem esse impulso… Além de poder vender seu arroz um pouco melhor vocês estarão agindo para comprar máquinas e equipamentos mais baratos, pois o que encalha nas lojas é vendido mais barato em função da fraca demanda… Chove de vendedor oferecendo redução ou descontos nos preços… Em vários setores a lei da oferta e da procura ainda prevalece… Respeito os que pensam diferente, mas só teremos uma agricultura forte quando o produtor estiver capitalizado… sem dívidas e com uma safra na frente… Produtor forte é aquele em que os gerentes de banco correm atrás para oferecer dinheiro e ouvem um sonoro: “não estou precisando”… abraços a todos pelo dia do trabalhador… e que maio não seja tão chuvoso como está prometendo ser!!!

  • Isso não é assessoria cobrada, mas sim conselho de amigo…Parabéns e Obrigado.

  • Mas que sabedoria Flavio! Estou impressionado. Quer dizer que se seguirmos o teu receituário vamos tirar o pé do barro?
    Só falta explicar como colocar em prática todas as recomendações ao mesmo tempo! Confesso que considero difícil, apesar de querer muito! Talvez me falte inteligência.

  • Parabéns pela clareza Sr. Flávio. Para colocar em prática, amigo Walter Arns, é só uma questão de ATITUDE! Imaginem se nós produtores rurais guardássemos nossa produção em casa! Imaginem se nós produtores rurais não revelássemos o que colhemos! Para chegar lá, precisa QUERER!
    Abraço

  • Seu Walter, o Sr. como pessoa ligada ao setor arrozeiro sabe que a situação não é fácil… mas as vezes é preciso colocar os pés no freio… Ano passado se pedia para não aumentarmos a área plantada e muita gente fez exatamente o contrário… Plantou o que não podia… Gastou o que não tinha… E colheu esse ano só para pagar as dívidas… Mas nas feiras, grandes exposições, remates não deixam de frequentar e gastar por impulso… Não existe uma receita específica e o Sr. sabe muito bem disso… Cada um sabe aonde aperta o calo no sapato… Mesmo com planejamento as coisas não saem como muitos esperam… Imagina ficar fazendo as coisas a moda empírica como muitos ainda fazem… EM MOMENTO ALGUM QUIS EU AQUI DAR A RECEITA DO BOLO… MAS SIM ALGUNS INGREDIENTES… NÃO É E NEM SERÁ A MINHA PRETENSÃO ACHAR QUE CONHEÇO TODOS OS GARGALOS E PROBLEMAS DA LAVOURA DE ARROZ… MAS POSSO LHE DIZER UMA COISA COM CERTEZA… PRODUTOR QUE ESTÁ GANHANDO DINHEIRO HOJE É AQUELE QUE ESTÁ UMA SAFRA NA FRENTE, GASTANDO O NECESSÁRIO ( SÓ COMPRAM QUANDO A EXTREMA NECESSIDADE), COM CONTABILIDADE E FLUXO DE CAIXA ORGANIZADO, ADMINISTRAÇÃO RACIONAL, QUE PODE SEGURAR A SAFRA PARA VENDER MAIS TARDE (OUTUBRO EM DIANTE), BOA PRODUTIVIDADE (ENTRE 8000 A 10000 KG/HA), CAMINHÕES – SECADORES E SILOS PRÓPRIOS, FUNCIONÁRIOS COMPETENTES E PRODUTOR OU GERENTE DE CONFIANÇA QUE ESTÁ JUNTO COM OS EMPREGADOS NA LAVOURA… E nesse ponto tenho que concordar com o Seu Alexandre… Quando ele vem aqui e diz que existem modelos eficientes… Existem sim e prefiro chamá-los de PRODUTOR ENGENHO, porque estão há alguns degraus na frente de outros produtores… Por isso a importância de crescermos (produtores) juntos… E peço desculpas se ofendi alguém com o meu comentário anterior… A idéia não é destruir, mas construir… Se estou errado ou não esse sempre foi o meu objetivo… A questão de tirar o pé do barro todos sabem que ainda levaremos algum tempo porque o endividamento ainda é grande (principalmente do pessoal que tem securitização, pesa, finames, moderfrota, etc. e que vendou sua safra a R$ 17). … Mas se produzirmos em demasia não teremos preços e isso influenciará na redução desse passivo… e é em função dessas dívidas que os arrozeiros tem que pensar mais quando vão comprar ou aumentar área… Tem muita gente que resolve aumentar a área só para se livrar logo das contas e é ai que eu falo… Atrás só vem mais tufo porque a colheita é fraca e o tufo vem atrás… Ao invés de reduzir o passivo acabam contraindo mais dívidas… O produtor que está uma safra na frente não faz essas loucuras… Se retrai e só aumenta área na boa… Me desculpem se estou sendo prolixo… Mas o problema é muito sério mesmo… O seu Walter tem razão… Porque o produtor que está endividado se vê muitas vezes num beco sem saída… A grande maioria tem que vender metade da safra durante a colheita e a outra metade para pagar os fornecedores até agosto e assim obter crédito para plantar de novo… Com preços de R$ 32 na colheita não dá nem para pagar as contas já disse isso um milhão de vezes… Mas fazer o que o pessoal não se organiza e tira o produto da mão da indústria durante a safra… pegam CPRs a 2×1… tem muitos que usam o cheque especial… então fica dificil sair do atoleiro mesmo… Mas se o sujeito aumenta área (especialmente os que adoram arrendar o que vem pela frente pagando ai 50 sacos por quadra), pega dinheiro caro, tem que vender o arroz antes de setembro/outubro, não planta uma soja para ter renda alternativa e nem lançaram o modelo novo de trator já tá com 2 comprado… Bom, como é que vai sair do atoleiro mesmo??? E vamos ao debate… esse espaço é para reflexões e exposição de pontos de vista… Ou calemo-nos e deixaremos que as coisas lá fora aconteçam ao seu bel prazer… Já que não temos força política para reverter aquilo que nos é imposto por uma economia extremamente populista…

  • mensagem bem realista e franca a leitura que o senhor flavio expos aqui sobre o futuro e o presente da lavoura .

  • Belas Palavras Flavio

  • Oque seu Flavio falou e a mais pura realidade de muitos produtores. Muitos nao se contem e vao comprando por puro impulso se individando e obrigando-se a vender o produto ao preco que tiver no vencimento. E muitos vao arrendando o que encontram pela frente sem imaginar pela frente nao tera tempo ou tecnologia suficiente para realizar a colheita em tempo habil,sendo pegopelas intemperies do tempo. Inteligente e’ ser prudente pra nao cairmos nas armadilhas do mercado que e’ impiedoso:a lei da oferta e da procura. Bons negocios.

  • E muitos estão endividados quando o preço a 3 anos atras esteve 17,00 e o custo de produção 30,00 não restando outra alternativa a não ser pegar dinheiro na industria para não sair do negocio que demorou décadas para construir, todo produtor precisa se capitalizar e ser dono do seu produto, porém é um processo longo e difícil para quem vivenciou crises históricas de preço.

  • É, parece que não perceberam minha ironia!
    Apesar disso vou repetir algo que sempre comento e que o caro Flavio não abordou: precisamos de menos governo e mais gente disposta a colocar em prática algumas sugestões feitas acima, pelos colegas. Ou o produtor que está disposto a correr riscos (para ser coerente com seu posicionamento), tem que dizer que não quer tanta “proteção” do estado, a começar pela garantia do malfadado preço mínimo, que ao incentivar o aumento de produção nos traz muito mais prejuízo do que ajuda.
    É isso companheiros. Que cada um tome a decisão que achar mais conveniente e depois arque com suas consequências, pois não existe como controlar a vida de todos. Nem nas piores ditaduras conseguiram! Portanto não vamos ficar perdendo tempo achando que alguém vai decidir por todos, quanto plantar, quando vender seu produto, quando comprar máquinas, etc.

  • Bom eu acho que não fui compreendido ou estou me expressando mal… Peço desculpas, mas em nenhum momento eu vim aqui dizer que tenho a pretensão de decidir por todos, quanto plantar, quando vender arroz, quando comprar máquinas… Resumindo e tão somente resumindo vim aqui dizer que seria prudente não aumentar área sem capital, para depois não ter que vender o arroz na hora errada e, nem comprar aquilo que não é tão necessário para não criar um passivo ainda maior… Somente isso… Em momento algum falei em dependência do governo… Sou absolutamente contra… Mas que existe interferência existe… Principalmente na regulação de preços e no incentivo a superprodução… Sugestões foi o que eu dei… Meras sugestões para aqueles que tem um pouco de juízo seguirem… O futuro tem que romper com os velhos conceitos de um passado arcaico que morreu com o caudilhismo… E os que pregam a desunião estão vendo as mudanças que num passado não muito distante mostrava-se inviável… A soja verdeja nossas várzeas e rompe os velhos paradigmas… Então porque não acreditar que os produtores (todos eles) tem condições de racionalizar e modernizar o seu negócio? Porque não acreditar que a eficiência vem através da organização, do planejamento e do controle? Morreremos com o estigma que nós produtores somos utopistas ao buscar um modelo justo e rentável de produção em que toda a cadeia seja beneficiada? Ou 33% tem que ganhar muito, 33% empatar e 33% se endividar… Isso tem que perdurar para sempre??? Querem ver na prática o que eu estou falando??? Em Itaqui (que eu tenho conhecimento) tem vários modelos… Não preciso citar nomes… Estão lá para quem quiser ver e entender que um modelo eficiente de gestão passa pelas mudanças de pensamentos e atitudes… E para terminar: Nos últimos três anos em que meses vendemos o arroz com um preço melhor ??? E porque motivo se está trocando o cultivo de arroz pela soja e pela pecuária nas várzeas??? Isso não é coletivização do pensamento… Peço desculpas se estou escrevendo besteiras… Quisera eu ter a experiência de muita gente!!!

  • tudo o que o senhor flavio escreveu é verdade deu uma aula so que leva um tempinho para o nosso povo assimilar tudo .

  • Então tá bem. Que discurso heim!!!

  • Sr. Flavio, o senhor esta queimando pólvora em chimango, o Sr. Walter Arns é exatamente esse produtor que o senhor cita, capitalizado, organizado e que esta com uma safra na frente e que pode segurar a sua produção e vender no melhor momento(ver matéria do dia 13/05/2014 – SAFRA) . E volto a dizer aqui, a receita do bolo não é a mesma para todos, para produtores com o perfíl do Sr. Walter é uma, para produtores que não tem a condição que ele tem é outra muito diferente. OLHO VIVO PESSOAL.

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