Junta militar tailandesa promete pagamentos a produtores de arroz

Iniciaram-se contatos com agências financeiras à procura de fundos para encarar um débito acumulado que se estima ao redor de um bilhão de dólares, com o propósito de saldar em 15 ou 20 dias.

O general golpista tailandês, Prayuth Chan-ocha, promete hoje priorizar o pagamento de dívidas a milhares de produtores de arroz sob um esquema de subsídios que se converteu num dos principais focos críticos contra a ex primeira ministra Yingluck Shinawatra.

Segundo disse na sexta-feira iniciaram-se contatos com agências financeiras à procura de fundos para encarar um débito acumulado que se estima ao redor de um bilhão de dólares, com o propósito de saldar em 15 ou 20 dias.

Trata-se até o presente da única política interna esboçada pela autoridade de fato, enquanto dedica-se a consolidar seu poder, com Prayuth como presidente do instaurado Conselho Nacional de Manutenção da Paz e a Ordem (NPOMC) e premiê em funções, e a designação de altos militares em carteiras estratégicas.

Durante uma sessão desse órgão informou que no motim golpista nada teve que ver a monarquia, ainda que se conhece publicamente que é partidário de que o rei dirija o país e do favor com que conta entre as elites aristocráticas e de Bangkok.

O diário The Nation assinala que a máxima prioridade da junta é lhe dar caça a quantos se lhes oponham e daí a citação a comparecer a mais de 100 políticos, e alguns deles ficaram detentos, no em tanto os militares acham que cedo sairão à superfície movimentos clandestinos como ocorreu em 2006.

Naquela data um anterior golpe de estado derrocou o premiê Thaskin Shinawatra, irmão de Yingluck, agora presa, e quatro anos depois teve lugar uma sangrenta repressão a manifestantes dos chamados "camisas vermelhas", com 92 mortos, em que participou Prayuth, elevado depois a chefe de Estado maior.

Sua imagem intransigente melhorou, no entanto, nos últimos meses de crises políticas devido a reiteradas declarações de imparcialidade e apresentar um perfil conciliador, que no adiante pudesse voltar a apresentar e lhe dar razão aos céticos.

Experientes opinam que Prayuth vê no magnata Thaskin no exílio uma ameaça para a monarquia e o modelo de Estado tradicional que sempre tem defendido, e tem em seu contra a maioria da população que desde 2001 tem votado em massa pelos partidos dos Shinawatra.

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