Autossuficiente
Quadro brasileiro de oferta e demanda – Fonte: Conab
Brasil produzirá mais arroz
do que consome em 2014.
A autossuficiência acontecerá porque o Brasil manterá seu consumo estagnado, mas amplia a produção. Esta colheita maior decorre de uma evolução de 1,7% da superfície semeada, de 2,39 milhões de hectares para 2,44 milhões/ha. Mas o que deve fazer mesmo a diferença na temporada são as melhores produtividades. O rendimento por área crescerá 3,4% pela previsão da Conab, com um salto de 4.913 para 5.080 quilos por hectare.
O Centro-sul do país alcançará média de 6.738 quilos, impulsionada por rendimentos acima de 7,5 mil quilos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enquanto o Norte-Nordeste não passará de 2.103, apesar do aumento de 4,1% na produtividade em seu sistema de cultivo. A Conab projeta estoque de passagem de 2,023 milhões de toneladas em 1º de março de 2014, número que a cadeia produtiva acredita ser mais baixo, até em função dos estoques da Conab terem reduzido em 500 mil toneladas na temporada, para 641.213,560 toneladas.
Somando produção, importação e estoques, o Brasil deverá alcançar um suprimento total de 15,123 milhões de toneladas, de acordo com o quadro de oferta e demanda nacional divulgado pela Conab. Em contrapartida, consumirá 12 milhões de toneladas e exportará 1,1 milhão, somando uma demanda de 13,1 milhão e consolidando um estoque final de 1,772 milhão de toneladas. A cadeia produtiva trabalha com outras estimativas e acredita que as projeções da Conab em fevereiro e março terão um quadro de oferta e demanda mais ajustado.
QUESTÃO BÁSICA
A cadeia produtiva do arroz projeta uma produção de 150 mil toneladas menor do que a Conab – 12,2 milhões de toneladas – e uma exportação até 400 mil toneladas maior na temporada 2014/15 – 1,5 milhão de toneladas embarcadas. E também trabalha com expectativa de queda de pelo menos 50 mil toneladas nas importações – somando 950 mil toneladas – em função do câmbio desfavorável. Além disso, acredita que o estoque de passagem em 28 de fevereiro de 2014 será menor, especialmente pelas vendas realizadas dos estoques reguladores pelo governo, que tiveram uma boa demanda. Com estes números, a cadeia produtiva acredita num estoque de passagem de, no máximo, 1,5 milhão de toneladas, que deverá cair para perto de 1 milhão apenas em 28 de fevereiro de 2015.