Queda de preços de arroz e feijão faz cesta básica ficar estável na região do ABC

Os preços do arroz e do feijão tiveram retração, respectivamente, de 7% e de 2,5%. O primeiro item passou a custar, em média, R$ 8,70 o saco de cinco quilos, e o segundo, R$ 2,34 o quilo.

Com a ajuda de dois produtos que não costumam faltar na mesa dos brasileiros, o custo da cesta básica no Grande ABC ficou praticamente estável nesta semana, ao registrar queda de 0,11%, de acordo com pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Os preços do arroz e do feijão tiveram retração, respectivamente, de 7% e de 2,5%. O primeiro item passou a custar, em média, R$ 8,70 o saco de cinco quilos, e o segundo, R$ 2,34 o quilo.

No caso do arroz, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo) apontou que os produtores vinham adiando, nas semanas anteriores, a venda da colheita para fazer caixa e obter melhores preços, mas a diminuição no ritmo de compras de indústrias e atacadistas fez com que o custo caísse. Já em relação ao feijão, o responsável pela pesquisa da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, cita que há até motivos para preocupação, por causa do clima seco deste ano. “A safra exige irrigação e o custo de produção vai ser alto. Com isso, o interesse em plantar vai ser baixo, o que deve encarecer (o produto) na primavera (entre setembro e novembro)”, afirma.

O custo do conjunto de produtos de primeira necessidade – que agora está em R$ 454,31 – poderia ter tido queda mais expressiva se não fossem elevações em hortifrúti, principalmente. A cebola e a banana tiveram, ambas, altas de 6%.

No caso da fruta, De Benedetto cita que o tempo mais frio afeta a maturação da planta, o que reduz a oferta e faz o preço subir. Em relação ao bulbo, essa é época de safra argentina, que tem preço mais caro, por causa do frete.

11 Comentários

  • Mais do que baixa procura de arroz, naturalmente deve estar havendo aumento de oferta pelo produtor por motivo de inicio de vencimento de custeios e formação de caixa para a nova safra. Bem como previsto, sem necessidade de venda dos pixuas do governo pra conter preços. Sds

  • Pois é…preço na prateleira acima de 10 reais, a venda despenca…quem pode sabiamente equilibrar vendas como o mercado futuro, saiu-se bem, quem foi na dos fominhas que seguraram demais, agora vão ter que lidar com as consequencias da rejeição do consumidor via cadeia comércio/industrial.
    O salario perdendo poder de compra com o básico subindo sem medida, só podia dar nisso.Se o custo está matando, é hora de mostrar os dentes ao Governo, seja estadual ou federal, e ajustar o excesso de peso no custo de produção.
    Aliás, quando o povão perceber a quantidade de transgênicos na soja e milho, a rejeição vai ser brava..eu pelo menos, não compro mais nada, e mesmo comendo fora, evito a todo custo comer comida com transgênico.
    Viva o arroz..por enquanto.

  • Caro Anderson F Luz, pelo jeito acho q. o amigo não vai muito ao supermercado (sua esposa ou funcionária deve ir), arroz a R$ 10,00 o saco de 5 kg qualquer xiripá nem olha a marca, atira o saco dentro do carrinho e vai adiante enchendo o próprio de supérfluos e perfumarias. Tire um tempinho para ir, e observe os compradores de arroz , depois voltamos a falar. Acho q. está lhe faltando bom senso observativo, como diria Odorico Paraguaçu.

  • Cepea subindo essa semana, basta olhar: http://www.federarroz.com.br... Seu Anderson se o o Sr. tem supermercado ai em São Paulo e se o Sr. quer comprar arroz barato que o faça logo… Apresse-se… Não vai a agosto e o governo começará com leilões… Sinal claro dos baixos estoques privados… Ninguém está segurando arroz… Simplesmente a produção foi baixissima nos dois últimos anos e isso gera uma consequência em cadeia… Se não fosse assim os preços teriam despencados na safra… Os pixuás baratos estão acabando por ai e em breve não se encontrará arroz a menos de R$ 12 (5 kgs) nas prateleiras… O boi gordo era vendido a R$ 3,10 ano passado… Hoje não se encontra a menos de R$ 4,20… O povão vai ter que acabar pagando mais senão não vai ter que comer massa… e o trigo tah disparando também… Não tem saída… Arroz a menos de R$ 40 é tufo !!!

  • Senhores, uma informação de hoje do mercado na ponta. NINGUÉM, ABSOLUTAMENTE NENHUM CLIENTES QUER COMPRAR ARROZ. Não esta existindo consumo por parte dos consumidores, mais interessados em assistir aos jogos da copa do mundo, tomando cerveja e comendo petiscos variados desde amendoim, batata frita, etc…. Arroz só o povo é que esta comendo e como no Nordeste andam todos mais pra lá do que pra cá de tanta cachaça em festa junina e feriado, que nem isso estão fazendo. Vamos torcer para que nos industrias tenhamos folego para aguentar essa falta de apetite por parte do varejo, pois se não me engano, olhando os parques industriais, é nítido que estas estão com vendas 50% mais baixas este mês. Portanto não adianta TERRORISMO BARATO POR PARTE DE NOSSOS AMIGOS COMENTARISTAS QUE DIZEM QUE TEM ISSO, AQUILO, PESA, ETC…. Arroz caro meus amigos só em Risoto e Sushi. Arroz com feijão ou é barato ou não vende. Infelizmente trabalhamos com commodities, quem não esta satisfeito que vá plantar soja que alias esta caindo preço…….O nosso governo do estado que se cuide. Estão plantando soja e mandando tudo embora sem gerar industrialização e imposto. Estão deixando exportarem arroz em casca sem movimentar os parques industriais e também não gera imposto….MUITO INTELIGENTE O GOVERNO HEIN…..

  • Pois é Sr. Antônio Paulo… Muito em breve veremos a resposta do mercado… e o Sr. entenderá do que estamos falando… Aguarde acabar as parcelas de custeio e algum EGF aqui no sul, parcelas do Pesa e Securitização… Secou a mamação na teta dos arrozeiros… Que não for grande, tiver indústria e marca forte que vá buscando outro tipo de atividade… Faltam 6 meses para acabar o ano e mais 2 para a colheita… Até lá 8 meses muita coisa vai acontecer… Inclusive uma eleição… E arroz bom está acabando… Outra coisa que o sr. se engana… Se exporta muito pouco… Aliás, o mesmo que se importa sem necessidade pelas indústrias que adoram especular os preços… Menos de 10% da produção nacional (1 milhão de toneladas)… Mas tem incomodado muita gente grande e tem mantido os empregos daqueles que trabalham nas lavouras que hoje poderiam estar aglomerando as favelas urbanas… Além disso se está gerando renda para comprar maquinas e insumos, dentre outras riquezas… Com os preços internos voltando a normalidade se está gerando riqueza que distribuida gera impostos sim Sr… Essa renda que estava sendo concentrada na mão da indústria e do varejo (que não parava de lucrar quando comprava a R$ 17) esta voltando para o produtor, para o peão, para o município e consequentemente para o estado… Ou o ICMS não eh cobrado quando um produtor compra um trator novo? e o IPI? e a PIS/COFINS? … Vamos ser sinceros… O tempo das vacas gordas acabou e TERRORISMO BARATO não vai ajudar a construir uma nova filosofia de mercado no nosso setor… Só tem uma alternativa… aumentar na prateleira… Porque me parece que não querem que o produtor se capitalize… Parece que o sistema feudal não quer deixar o arrozeiro se livrar das contas… Então vamos nos respeitar e dialogar com cultura e conhecimento das coisas…

  • Em um aspecto o sr. Antonio Paulo tem razão, aumento da área de soja aqui em Camaquã vai ser enorme, conseguimos boa produção e preços compensadores e redução da área de arroz é fato consolidado.
    Quanto ao consumo de arroz é só ir em qualquer mercado ou supermercado que são muitos aqui e ver com os próprios olhos que as gondolas não param de ser abastecidas pelos funcionários. E para mim quem faz terrorismo barato é a industria, que está sempre forçando os preços para baixo, é sempre mais fácil descontar no produtor do que argumentar e negociar com o varejista, prevalece para a indústria a lei do menor esforço.

  • Boa noite!
    Bacana o debate entre os informados e os desatualizados. Algumas comparações: preços ao Sr. Consumidor:
    – cerveja gelada na bodega: 6,00;
    – cerveja na prateleira do mercado – 600ml – 4,00;
    – carteira de cigarro vagabundo: 6,00;
    – pizza média de péssima qualidade: 30,00;
    – cachorro quente na carrocinha da esquina: 8,00;
    – coca-cola latinha 300ml: 3,00;
    – água c/s gás: igual a coca-cola;
    – internet lerda: 90,00 por mês;
    – conta do telefone – simplisinho: 60,00 por mês;
    – conta de água da corsan: 90,00; (casa com duas pessoas)
    – aluguel de apartamento comum: 700,00 no mês;
    – prestação do carro: 500,00;
    – gasolina por mês: 300,00; (manutenção não precisa)
    – ingresso para o jogo de futebol: 80,00 (uma partida);
    – balada – uma noite – 150,00;
    – escola particular (porque a pública não funciona): 500,00;
    – guarda da rua (porque o estado não me garante segurança): 150,00;
    – plano de saúde (básico): 450,00;
    – calça jeans: 190,00;
    – boné “Neymar”: 100,00;
    – camisa bacana: 200,00;
    – Q boa – da boa – 3,00 o litro;
    – Detergente: 2,00 – 0,3l;
    – Sabonete comum: 1,50 – 50g;
    – Perfume básico (jequiti): 10,00 – 5ml (quase nada);
    – ……..
    – ………..
    – …………..
    – DIESEL: litro R$2,45;
    – Energia elétrica: R$0,40/Kwh;
    – Trator médio – sem cabine e sem ar condicionado – R$139.000,00;
    – Colheitadeira média, das simples: R$550.000,00;
    – Adubo: 1.100,00 ( aumento real de 69% em 10 anos);
    – Mão-de-obra: aumento de 662,73$ em 10 anos ( Correio do Povo 01/06/14)
    -…….
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    Poderia ocupar mil linhas deste espaço citando exemplos de preços que o consumidor paga ao natural! Em 2003, 11 anos atrás, este mesmo consumidor pagou R$2,25/Kg de arroz na gôndola, e tudo continuou sendo consumido “com arroz”. Estamos contribuindo, os arrozeiros, com 116,45% de deflação em 10 anos (CP 01/06/14) e temos que ler neste site alguém dizendo que a R$2,00/Kg o povo para de comer arroz. Dá vontade de ofender o cidadão, mas acho que é falta de competência para vender! Aqui em Cachoeira do Sul, vende-se na gôndola de supermercado arroz para CACHORRO a R$12,50 – o pacote de 5Kg – e o arroz para consumo humano a R$6,99 – 5Kg. DEBOCHE que o supermercado faz conosco para atrair os consumidores.
    Para finalizar,sr. CONSUMIDOR, informo que os arrozeiros que abastecem este país com um produto de excelente qualidade, se não tiverem um preço justo que cubra os seus custos e deixe uma sobra para pagar as dívidas securitizadas – R$3,00 /Kg, vão ao natural migrar para a SOJA.
    Abraço.

  • Vejam o que encontrei no noticiário:
    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/06/1476547-em-crise-setor-de-etanol-e-acucar-procura-diversificar-producao.shtml
    Qualquer semelhança é mera coincidência!
    Podemos colocar o arroz na cerveja a R$4,00, na pizza a R$30,00, no combustível a R$300,00/mês – risoto e sushi etc. Viram o que a última Planeta Arroz publicou? Mais dinheiro o consumidor tem, apenas temos que lhe oferecer o que ele se dispõe a pagar mais!

  • Interessante o sr. Antonio Paulo. O povo ta tomando trago e comendo petisco e esqueceu do arroz que acabou afinal baixando de preço porque o povão se nega a comprar arroz nestes preços. Realmente tenho visto o povo revoltado com o preço do arroz, com campanhas para migrar para outros alimentos, etc… Terrorismo é mistificar a explicação para o leve recuo dos compradores (por aumento na oferta) como se fosse uma reação coletiva dos consumidores com um preço falsamente dito como elevado. Sds

  • Boa noite!
    Sr. Fernando Hoerbe, muito bom seu comentário! Falaste tudo aquilo que penso, parabéns! Muito bom seu comentário!

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