Workshop de boas práticas no cultivo do arroz irrigado na Bacia do Rio da Prata destaca Irga como vitrine tecnológica da lavoura do arroz
Workshop falou sobre experiências com a gestão da água em áreas irrigadas, metodologias, objetivos e assuntos relacionados.
Com o objetivo de evitar ou reduzir os conflitos e impactos ambientais – levando em consideração os efeitos da variabilidade climática, o evento foi muito importante para a troca de conhecimentos e experiências que os profissionais presentes realizaram. O programa Marco, desenvolvido pela OEA reuniu pela primeira vez os técnicos dos cinco países envolvidos para tratar do tema.
Cerca de 38 participantes vindos da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai participaram das atividades propostas, tais como sessões de discussões com o objetivo de fornecer subsídios para novas experiências e oferecer melhorias, nas práticas com gestão da água, culturas irrigadas em geral e arroz, em particular.
Para o coordenador da Câmara Setorial do Arroz do RS, César Marques, o evento foi histórico. “Foi uma honra para o Estado do Rio Grande do Sul ser o local escolhido para tratar deste tema. O debate sobre o uso da água na Bacia do Prata é de grande importância não só pelo consumo humano, mas também pela diversidade de todo ecossistema do estuário e é o início de um diálogo que deve levar em consideração o manejo da agropecuária de toda a região”, disse Marques.
Já para o engenheiro agrônomo Elio Marcolin, que apresentou o “Manual de Boas Práticas de Cultivo de Arroz” do Irga, o evento deixou evidente que o Irga é uma vitrine tecnológica da lavoura de arroz na América do Sul. "Com o acontecimento deste evento, o instituto fica mais conhecido pelos participantes dos demais países e, pelo trabalho desempenhado para a sustentabilidade das áreas arrozeiras. O Irga hoje é quem detém a melhor tecnologia e maior número de trabalhos de pesquisa em relação ao manejo da água. Isto mostra que podemos ser grandes exportadores de tecnologia se tratando de boas práticas agrícolas”.
Ivo Mello, coordenador do Irga na Fronteira Oeste, ressalta que a participação da autarquia no evento reforça sua importância como instituição de pesquisa e fomento da atividade do arroz irrigado, por ter linhas de trabalho que priorizam tecnologias mais limpas e amigáveis ao meio ambiente como, por exemplo, o Manual de Boas Práticas e o Selo Ambiental.
Como resultado do encontro, um relatório será produzido, contendo as contribuições e diretrizes discutidas e estabelecidas pelo grupo para que a atividade de irrigação do arroz na Bacia do Prata siga crescendo de forma sustentável beneficiando as populações das diversas regiões produtoras através de Manuais de Boas Práticas, Programas de Capacitação, Programas de Valorização de Produto Certificado, Programas de Incentivo ao Consumo de Arroz Produzido de forma Sustentável dos diversos setores participantes de cada um dos cinco países.