Federarroz entrega carta com suas prioridades aos candidatos ao Governo do RS

 Federarroz entrega carta com suas prioridades aos candidatos ao Governo do RS

Dirigentes arrozeiros e a candidata trocaram impressões sobre o setor

Candidata do PP abriu o processo de entrega de cartas aos candidatos a governador..

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) entregou à candidata a governadora do Estado Ana Amélia Lemos (PP), na última sexta-feira, uma Carta Aberta contendo as demandas desta cadeia produtiva. O ato aconteceu em Alegrete (RS), por meio do diretor consultivo da Federação, Gilberto Pilecco, e o presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Elio Farenzena. Ana Amélia foi o primeiro candidato a receber o documento, que ainda será levado aos demais nomes que pleiteiam o Palácio Piratini, e afirmou que a salvação da economia gaúcha passa obrigatoriamente pelo setor arrozeiro e demais segmentos do agronegócio. “Digam ao Henrique – Osório Dornelles, presidente da Federarroz – que tenho trabalhado bastante na redução da carga tributária e pela maior eficiência na distribuição da energia elétrica para as lavouras e continuarei trabalhando”, disse a candidata aos representantes do setor, lembrando a atuante presença dos dirigentes arrozeiros pela qualificação da energia ofertada.

O documento resume as demandas setoriais e tem por objetivo pontuar propostas estruturantes ao setor, na medida em que a concretização destas deve potencializar a sustentabilidade do segmento orizícola, o que refletirá na maximização de riqueza regional, geração de renda e empregos, recolhimento de tributos, reduzindo as desigualdades regionais no RS. Entre os pedidos da cadeia produtiva estão investimentos em infraestrutura de transporte e logística para a exportação de arroz, desenvolver mecanismos que deem resposta eficiente à comercialização e negociações internacionais, além de investimentos em pesquisas e maior participação dos produtores nos processos e decisões.

A Federarroz também defende a criação de um Fundo do Arroz, para apoiar iniciativas da cadeia produtiva, a continuidade às ações e ao trabalho desempenhado pelo Grupo de Trabalho do Terminal Arrozeiro, com garantia dos investimentos necessários à infraestrutura da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) no Porto de Rio Grande, e uma parceria público-privada que permita os investimentos necessários para a instalação de um Ship-loader. É pedido dos produtores também que seja mantida a atual política de desoneração tributária com o objetivo de dar maior competitividade à cadeia produtiva gaúcha, além de um posicionamento firme do Estado em relação à guerra fiscal, bem como a criação de um sistema variável de estímulo à exportação por meio da desoneração fiscal.

Henrique Osório Dornelles destaca que a entidade está buscando agendamento para entregar a mesma carta aos demais candidatos. “As medidas são genéricas, estruturantes, e que visam o benefício desta cadeia produtiva. Mas, à medida que o governador seja eleito, vamos sentar com ele e o seu secretário da Agricultura e dirigentes do Irga, para estabelecer o detalhamento destas demandas e de outras que venham a surgir de maneira mais pontual”, resume.

3 Comentários

  • Eis aí bela iniciativa da Federarroz, a pauta de reivindicações (que falando a verdade já passou por vários governos, sem a devida atenção), é abrangente e atende as principais necessidades dos produtores e até mesmo das industrias processadoras, que precisam serem implantadas o mais rápido possível, pois embora produzirmos o melhor arroz e termos as mais competentes indústrias, estamos perdendo em muito a nossa competitividade em relação aos outros estados da federação, isto sem falar que somos o estado mais atingido pelas importações do mercosul.
    Precisamos urgente o nosso terminal exclusivo para a exportação do nosso arroz em Rio Grande e para isto e a solução das demais reivindicações da pauta, necessitamos de um governo que compreenda a atual situação da classe produtiva, dê a prioridade que o momento exige e execute as medidas que há muito tempo nos afligem.

  • Quando a cadeia vai se reunir para falar em Mercado Futuro?

  • Acredito que o estabelecimento do, necessário, Mercado Futuro para o arroz passa pela mudança do padrão de comercialização do arroz em casca para arroz beneficiado. Com isso deve iniciar-se as vendas no mercado a termo através de contratos com preços pré-fixados antes da colheita. O preço do arroz beneficiado é mais estável. Temos muito trabalho pela frente, muitos paradigmas a serem mudados. Temos que perceber as oportunidades que estão passando a nossa frente e não ficarmos tentando melhorias batendo nas mesmas teclas. Queremos mudanças desde que não mexam no “nosso queijo”, sem precisarmos mudar nada ou ainda, que as mudanças venham de fora, que alguém nos traga. Entendo que devemos ser os protagonistas das mudanças para que elas de fato aconteçam e de forma mais rápida! Boa noite!

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