Arroz e feijão ficam mais caros na Capital e alta chega a 9,6%

 Arroz e feijão ficam mais caros na Capital e alta chega a 9,6%

Arroz apresentou inflação mensal de 0,43%

Valorização do dólar é um dos motivos do aumento.

O consumidor campo-grandense está pagando mais caro neste mês pelo prato preferido dos brasileiros, arroz e feijão. O preço do primeiro produto apresentou variação média modesta, de 0,43%, mas vem de uma alta acumulada de 9,61%. Já o valor do feijão, deflacionado em 18% em 12 meses, começa a reagir, com avanço mensal mais acentuado, de 5,75%. Os números são de levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da universidade Anhanguera-Uniderp.

O Nepes pesquisou cinco marcas de arroz tipo 1, de cinco quilos. Na comparação anual (dezembro de 2014 e de 2013), as variações foram de 2,51% a 19,94%. No comparativo mensal (dezembro e novembro deste ano), houve deflação de até 0,89% e alta de até 3,07%.

Com relação ao feijão, foram pesquisadas seis marcas do tipo 1 e de um quilo. Em um ano, todos os itens apresentaram quedas, que chegou a 30,06%. Já na comparação entre dezembro e novembro, a majoração chega a 18,39%. Essa gangorra de preços é explicada por fatores diversos, como, por exemplo, comércio exterior, câmbio e redução da produção.

Segundo o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, o arroz encareceu na comparação entre dezembro deste ano e de 2013, em razão da valorização do dólar. Ele explica que o Brasil importa volume significativo do alimento e, com a alta da moeda americana, o preço em Real subiu. Neste ano, a soma de todos os tipos de arroz descascados comprados pelo Brasil de outros países chegou a 595 mil toneladas, o que representou US$ 287,87 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Souza acrescenta que também colaborou para o encarecimento do cereal a quebra de safra do Rio Grande do Sul, em razão do clima adverso. Esse estado participa com 60% da produção nacional de arroz.

4 Comentários

  • PARA O FINAL DESTE ANO A PROJEÇÃO PARA COTAÇÃO DO DÓLAR FOI ELEVADA DE R$ 2,55 PARA 2,60. PARA O FINAL DE 2015 SEGUNDO PREVISÃO A TAXA DE CÂMBIO AVANÇOU DE R$ 2,70 PARA R$ 2,72.
    O BANCO CENTRAL TEM ARGUMENTADO NO ENTANTO QUE TANTO O CÂMBIO QUANTO OS PREÇOS ADMINISTRADOS VÃO CONTINUAR PRESSIONANDO A INFLAÇÃO QUE, SEGUNDO A AUTORIDADE MONETÁRIA SÓ VAI CONVERGIR PARA O CENTRO DA META NO FINAL DE 2016.

  • POR OUTRO LADO A ALTA DO DOLAR TEM SEU LADO POSITIVO, O CONSUMIDOR PAGA MAIS, MAS CONSOME UM PRODUTO DE QUALIDADE PRODUZIDO AQUI NO BRASIL E NÃO ESSES ARROZ IMPORTADO COM MIJO DE RATO, SENDO VENDIDO COMO TIPO 1 E TAMBÉM QUEBRA UMA CADEIA PERNICIOSA DE INDUSTRIAS QUE SÓ PREJUDICAM O PRODUTOR E O CONSUMIDOR.

  • Por outro lado… outros produtos agrícolas subiram 96% (batata doce, legumes, verduras)… Isso pouco se fala, mas quando sobe um pouquinho a comida do povão (arroz e feijão) é aquele alarde… Poupem meus ouvidos… Na entre-safra tudo sobe… Até a soja voltou a subir… É óbvio que o consumidor vai pagar o preço pela sazonalidade… A propósito vocês viram quanto subiu a cerveja, os refrigerantes, a energia elétrica, os fretes, os salários (principalmente dos políticos), e tantas outras coisas nesse final de ano??? Alguém reclamou do preço do Chester, da carne de peru, do churrasquinho de cordeiro (R$ 28 o kg aqui em Santa Maria), do espumante, do panetone, do IPTU, das milhares de multas de trânsito que vão receber em janeiro… Mas o pior mesmo é o consumidor comer arroz mais caro e muitas vezes pagar pelo tipo 1 arroz tipo 5… Malásia, Indonésia, Phillipinas sofrem com as maiores enchentes de todos os tempos… Acompanhem o noticiário… Até os americanos provaram e gostaram do nosso arroz… Vai escassear e encarecer o TIO RATALINO… Vão fazer leilões de 10 mil toneladas para ATERRORIZAR o mercado ano que vem??? Não vai funcionar mesmo… As indústrias que tiverem capital e inteligência, que comprem muito arroz na colheita e não especulem muito tentando forçar os preços lá para baixo… E o varejo que comece a cair na realidade… Se tivesse tanto arroz sendo ofertado no mercado os preços ao consumidor estariam empacados, mas não é o que está ocorrendo (isso que no final de ano os negócios param)… E olhem que a colheita aqui começa só em março !!!

  • Por outro lado……
    Só cobrem do arroz algum tipo de inflação quando o preço ao produtor chegar a R$68,00, que é o valor corrigido pela inflação do que recebemos em 2004.
    A nossa parte é não aumentar a oferta de arroz buscar fontes de renda alternativas.
    Abraço e Feliz Ano Novo

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