Para Farsul, alta dos custos de produção do arroz é alarmante

A estimativa da Farsul era de um custo de R$ 24,00 por saca de 50kg para a safra 2014/2015. Hoje, esse número já está em quase R$ 28,00, o que ameaça a renda do agricultor.

A alta dos custos de produção do arroz é considerada alarmante neste momento, segundo o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, que participou ontem (15), em Porto Alegre (RS), da apresentação do tema da 25ª Abertura da Colheita do Arroz, que acontece de 5 a 7 de fevereiro no município de Tapes (RS).

O evento, organizado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), tem como tema o custo de produção. "Fazemos uma previsão do custo de produção para a safra de arroz e aparece outro no meio dela. O jeito é fazer a gestão com um lápis na mão",criticou Schardong, citando os recentes anúncios nas tarifas de energia elétrica. Segundo ele, a estimativa da Farsul era de um custo de R$ 24,00 por saca de 50kg para a safra 2014/2015. Hoje, esse número já está em quase R$ 28 – o que ameaça a renda do agricultor.

De acordo com o último informativo da Emater-RS, o preço médio da saca de 50 kg do arroz está em R$ 36,72. Entre os motivos para a diferença nos custos está o aumento da conta de energia elétrica, fundamental para a irrigação do arroz.

Além disso, Schardong citou o novo leilão de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de aproximadamente 75 mil toneladas, realizado na manhã desta quinta-feira. A ação é uma forma de reduzir os preços do grão."Se quiserem trancar os preços na gôndola do supermercado terão que fazer uma engenharia. O produtor não pode pagar essa conta", afirmou, lembrando que essa é a terceira safra em que o governo não precisa "botar um tostão para garantir preço".

O presidente da Comissão do Arroz da Farsul aproveitou ainda para selar o compromisso com a Abertura da Colheita, da qual a Federação é parceira. "Essa é a maior festa do arroz do Estado. Obviamente, estaremos juntos, dividindo as críticas e os aplausos, que é como sabemos trabalhar", garantiu.

Na coletiva, o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, agradeceu o apoio do Sistema Farsul. Seu discurso esteve em sintonia com o de Schardong. Para Dornelles, os custos fazem com que a produção, do ponto de vista social, venha sendo "um fracasso".

"Estamos com os melhores e mais estáveis preços dos últimos anos. Infelizmente, não temos condições de comemorar, porque a renda do agricultor não teve o mesmo aumento", disse, acrescentando que os pequenos produtores são os mais prejudicados.

No dia 5 de fevereiro, a Federarroz pretende apresentar os resultados de um levantamento dos custos de produção em várias regiões do Estado, feito por meio de consultoria privada, que mostra "um abismo de diferenças" em relação à apuração da Conab. De acordo com Dornelles, a metodologia usada foi a mesma. O objetivo é, a partir da divulgação do relatório, solicitar novo levantamento da Conab, que por fim seria comparado com o estudo da Federarroz.

43 Comentários

  • Caro Felipe Eduardo, em 1º lugar te identifica, todos que aqui comentam mostram a cara, produtor, industrial, varejista, corretor, dona de casa, e etc digas a que veio antes de criticar.
    Comentários aleatórios que nada acrescentam a cadeia produtiva, ficam perdidos no espaço.

  • Se o custo de produção de vocês for realmente R$ 40 reais, sinto muito mas estão na profissão errada! Isso não existe, se fosse assim ninguém estaria plantando hoje, estaríamos todos quebrados…

  • Parabéns ao pessoal da FARSUL que consegue produzir arroz no papel a 24 valor abaixo do minino, agora faço uma proposta, passo meu negócio, trabalho de graça entro com tudo, divido lucro em 30 por cento pra mim e 70 pra eles, só precisam me ensinar a produzir arroz a 24-28 porque o meu custará 40-45

  • Se não for erro de digitação, a FARSUL tá fora da casinha.

  • Se o custo de produção de vocês,realmente for de R$ 40 reais, sinto muito mas estão na profissão errada! Isso não existe, se fosse assim ninguém estaria plantando hoje…

  • Convido a comissão de arroz da Farsul a visitar minha lavoura onde poderei mostrar o desenvolvimento da cultura e principalmente minha planilha com meus custos de produção. Fico decepcionado como vocês estão desinformados. Vocês que deveriam ser minha voz. Minha representatividade. Recentemente declarei que meus custos teriam aumento de 30 a 40 %. Na mesma oportunidade, o Sr. Sperotto mostrou sua preocupação. Mas agora vocês falarem em 24/28 reais, demonstra falta de sair a campo para mais conhecimento. E.t. Minha planilha é acompnhada por profissional da área.

  • Parabéns seu Felipe Eduardo !!! Realmente estamos fora da casinha, não discordo do sr…. Mas por acreditar que esse país nos dará uma economia estável e que teremos preços justos para o nosso arroz… Dias atrás cruzei ai por Rincão dos Cabrais e Candelária e o que vi foram lavouras tomadas de Aguapé… Tem algumas bonitas espero que sejam do sr., mas estão no geral bem atrasadas o sr. não acha???… Realmente os custos com pré-germinado são menores… Mas imagino como não foi por ai que tiveram que replantar a maioria das várzeas devido a enchente de Outubro… Se o sr. faz mágica nos ensine… Nos passe a receita do bolo… Porque quem faz o plantio convencional e o semi-direto duvido que consiga produzir a menos de R$ 35… E quem paga arrendamento de terra e água… Bom esse está ralado… É por essas e outras que o pessoal está mudando para a soja… E o que é estranho é que justamente é o pessoal que está perto do Porto de Rio Grande aonde o arroz está sendo melhor remunerado porque o frete é menor… O custo dessa safra só acabará lá no final da colheita lá em junho… Não se mede agora… E como tudo subiu o sr. somente saberá o seu resultado lá… Ninguém tem como saber nesse momento… Agora temos uma mera expetativa e é alarmante a suba nos preços dos insumos e demais despesas… Estamos assustados e o sr. deveria estar também pq lá no final (se o preço cair na colheita) estaremos quebrados… O sr. pode estar bem… Não ter securitização e outros refinanciamentos… As pessoas não plantam porque querem, mas porque precisam… Agrande maioria é assim… Então cada situação é única… Tem produtor que tem trator novinho… Tem outros que só tem cacaria (imagina a diferença nos custos de manutenção e não tem como comprar um novo)… Tem produtor que tem terra e água própria… Outros não… Tem produtor que agoa a lavoura ao natural… Outros precisam de 5 levantes… E assim por diante… Agora custo de R$ 24 bah erraram feio… R$ 28 era há 5 anos atrás quando vendemos a R$ 17… Podem tentar regionalizar os custos, mas existem muitas variáveis que precisam descriminadas nesse cálculos (algumas citei acima)… A generalização só favorece os fortes… 10% da classe… A grande maioria ainda está em processo de recuperação… Outro fator que poucos levam em conta é a questão da produtividade… Se colhermos 350 sacos por quadra dai justificaríamos um custo mais baixo em função da produtividade, mas pelo que se vê e se continuar esse tempo maluco, quem colher 300 sacos por quadra pode se considerar milagroso… A grande maioria colherá entre 260 e 280 se São Pedro resolver colaborar… Por isso eu sempre falei aqui, a realidade de uns é diferente de outros… Se estão na profissão errada o tempo vai mostrar… Mas que estão querendo tirar leite de pedra com números absurdos ah isso estão! Abraços.

  • Sr. Moderador: sugiro que chequem os dados mencionados na reportagem acima porque com certeza estão errados. Dificilmente o pessoal da Farsul diria uma bobagem dessas. Portanto, ou o repórter ouviu mal, ou digitou mal os dados mencionados na matéria.
    Depois dessa checagem até me animaria a comentar algo sobre o assunto, pois o que está citado no texto não faz sentido.

  • Sr. moderador: sugiro que chequem os dados mencionados pela reportagem, pois acredito que estão equivocados. Houve algum erro de comunicação, ou falha na digitação ou anotação pelo repórter.
    Os números de custos mencionados não fazem sentido!

  • sr. Carlos sou produtor,e não vim aqui criticar ninguém. Apenas expor oque penso! Caro Flávio,aqui em Cabrais as lavouras em gerais estão muito boas sim, existem apenas exceções de lavouras tomadas de aguapé como o senhor disse, mas são de produtores que plantam mais do que conseguem atenderem. Aqui não fazemos mágica,apenas mantemos os pés no chão, não pagamos altas porcentagens como muitos por ai, também sei que não dá pra colocar todo mundo junto na mesma conta pois como o Sr mesmo disse á muitas diferenças entre produtores que tem terra e água própria do que aqueles que pagam pela terra e água.Como produtor sei que nossa profissão é de alto risco agora mesmo nosso arroz está largando cachos abaixo de chuvas que não param nunca.Planto porque gosto do que faço e é oque eu sei fazer bem,mas se não fosse estar dando lucro,com certeza não iria insistir no erro e continuar plantando e cada vez mais se afundar nas dividas! (está é minha opinião,não é uma critica,pois cada um faz como pensa ).

  • Olá Colegas Arrozeiros.
    CUSTO DE PRODUÇÃO. A quem interessa?
    Vou repetir o que já escrevi aqui, em outras oportunidades: O MEU custo de produção só interessa a mim. O custo do Sr Flavio, do Sr. Felipe, do Sr. Walter, do Sr. Carlos e do Sr. Diego também deveriam interessar somente a eles! ISTO É UM ABSURDO
    Fomos “doutrinados” ao longo de muitos anos a abrir nossas contas. Se alguém souber, gostaria que me informassem o custo de produção de 1 ton fertilizante, 1 litro de glifosato, 1Kg de Kifix, 1Kg de Bim, 1 litro de óleo diesel, quanto custa a produção de um trator de qualquer marca ou potência, de uma colheitadeira, de uma plantadeira, dos lubrificantes, dos rolamentos, o custo de produção de um secador, de um silo, qual a margem da MÁFIA dos seguros, qual o salário do gerente do BB, etc, etc, etc… NINGUÉM REVELA OS SEUS CUSTOS . O PREÇO É O QUE CABE NO MERCADO!!!
    Insisto aos nossos dirigentes classistas: vamos evoluir, vamos parar de mostrar o caminho do galinheiro para as raposas. Não informo meus números para ninguém. Não aceito ver o supermercado “dando” o meu arroz como troco.
    Felizmente os pesquisadores conseguiram desenvolver variedades de soja que toleram o encharcamento. Com toda a chuva que está acontecendo, temos belas lavouras de soja na várzea. É a prova de fogo. Quem sabe o seu custo, hoje tem opção!
    Abraço

  • Convido a comissão de arroz da Farsul a visitar minha lavoura onde poderei mostrar o desenvolvimento da cultura e principalmente minha planilha com meus custos de produção. Fico decepcionado como vocês estão desinformados. Vocês que deveriam ser minha voz. Minha representatividade. Recentemente declarei que meus custos teriam aumento de 30 a 40 %. Mas agora vocês falarem em 24/28 reais, demonstra falta de sair a campo para mais
    conhecimento. E.t. Minha planilha é acompnhada por profissional da área.

  • A exemplo de todos também fiquei abismado com o absurdo dos cálculos de custo da produção informados acima, mas ao mesmo tempo busquei explicação para tais cálculos considerando que a FARSUL, com toda certeza, teria dados suficientes para formar tal custo, e não publicaria um absurdo desses a não ser que queira promover a desestruturação do setor.

    Por favor me ajudem no raciocínio:

    A reportagem da SAFRAS & MERCADO coloca que “HOJE O CUSTO JÁ ESTÁ EM R$28,00” (vejam bem a palavra “HOJE”, também devem estar considerando que esse custo é para produzir 1 saco de arroz de lavoura) não esquecendo que para muitos tem mais uma aplicação de uréia, mais 3 ou 4 aplicações de fungicidas, mais aplicação de inseticida, mais frete, mais quebra na secagem.
    Analisando dessa forma, se considerarmos apenas a quebra de secagem em 20%(quando não se tem secagem própria) “HOJE” TEREMOS UM CUSTO DE PRODUÇÃO em R$ 35,00,usando exatamente os mesmo números informados pela reportagem ( R$ 35,00 – 20% = R$ 28,00), observem, que chegamos a esse número colocando apenas a quebra de secagem, não foram consideradas as aplicações de uréia, fungicidas,inseticidas e frete que “HOJE” ainda não foram realizados e portanto não devem ter sido computadas no resultado do cálculo apresentado na reportagem.

    Só vejo algum fundamento olhando desse angulo.

    Sds!

  • Primeiramente, manifesto aqui a minha indignação com a notícia publicada, principalmente por se tratar de uma nota que vem de dentro da Farsul, órgão esse que deveria se atualizar e se informar corretamente antes de divulgar uma notícia que beira a aberração. Gostaríamos que a Farsul nos repassasse como se consegue produzir no Brasil atualmente pelo valor divulgado.
    Pedimos que seja aberta a tal planilha de custos para que possamos nos adaptar.

  • Quanto à reportagem acima, já fiz os devidos comentários nos dois posts que enviei. Mas agora depois das colocações dos colegas, acrescento ainda, que o Petry como membro da atual diretoria da Farsul, tem todas as credenciais de conversar com o acessor econômico da entidade, Antônio da Luz, homem de reconhecida capacidade técnica, e esclarecer o que está citado na reportagem. Repito: seguramente está havendo ruído de comunicação, pois os dados citados não fazem sentido.
    Quanto ao comentário do Fernando Hoerbe, gostaria de parabenizá-lo pela posição, e dizer que endosso na íntegra o seu conteúdo. Mas eu só acrecentaria que o que mais me preocupa nessa discussão toda sobre custo de produção, é que alguns estão querendo usar o eventual valor a que consigam chegar, para ficar pedindo penico ao estado. Não aprenderam ainda que se seguirem nesse caminho, vão acabar novamente colocando estoques DESNECESSÁRIOS na mão do governo para depois ser usado para “estabilizar” o mercado. Ou seja quando estivermos com alguma chance de vislumbrar algum lucro na atividade, a CONAB decide que o arroz é responsável pela inflação, que o custo de armazenagem está muito alto (o que é uma verdade), ou que o arroz está muito velho, etc. Tudo é justificativa para vender o seu arroz, menos ajudar o produtor.
    Não está na hora de buscarmos liberdade no nosso negócio, já que agora estamos atrelados ao mercado internacional, que passou a ser o nosso piso de preços?

  • Prezado Petry,
    De antemão te comprimento pelas posições que estão sempre em defesa da classe arrozeira.
    Inobstante a isso, embora a Federarroz seja a nossa representante política, a própria Farsul também representa os produtores rurais, por isso entendo que não podemos nos calar frente a uma notícia tão distante da realidade como essa divulgada.
    Desde já, reforço a saudação e te mando um abraço.

  • Concordo com o Sr Walter, a CONAB mais atrapalha que ajuda ultimamente, deixa o mercado por si e vamos plantar mais soja e exportar o resto com o dólar a 3 pila.

  • 25ª ABERTURA OFICIAL DA COLHEITA DO ARROZ:

    guardem suas energias e participem do evento, pois a FEDERARROZ vai apresentar um estudo atualizado dos custos atuais de produção do arroz, oportunizando que se tenha um debate construtivo sobre o tema:

    TAPES – 5,6 e 7 de fevereiro de 2015

  • Boa Noite.
    Obrigado Sr. Walter Arns. Vejo que não estou sozinho no que penso. No que diz respeito a estoques da CONAB, em 2011, quando muitos arrozeiros “abasteceram” os estoques da dita, vendi parte do meu arroz a R$18,00 e sobrevivi!. Se, no futuro, produzirmos demais para derrubar os preços, já tenho destino para parte do meu arroz: triturar e formular ração para engordar os meus bois.
    Abraço

  • Prezados Senhores,
    Sou Economista-chefe do Sistema Farsul e, portanto, responsável pelos levantamentos de custo de produção de Arroz, Milho, Soja, Trigo, Pecuária de Corte e de Leite.
    Gostaria de informá-los e, ao mesmo tempo, tranquilizá-los a respeito dos resultados que são extraídos por nós, em parceria com o Esalq/Cepea, diretamente com os produtores rurais que anualmente e voluntariamente participam dos painéis de levantamento que fazemos em Camaquã e Uruguaiana para a cultura do Arroz.
    O Custo de Produção do Arroz, de acordo com nossos levantamentos, está em R$ 5.524,43 por hectare para produtores PROPRIETÁRIOS. Sendo assim, esse custo pode variar entre R$ 35 a R$ 40 por saco, dependendo da produtividade.
    Como eu não estava quando esse dado foi mencionado não sei como ele foi parar aí, mas de qualquer forma em respeito a todos os senhores devemos fazer esse esclarecimento.
    DESCONFIO que esse dado mencionado se refira APENAS ao custo do desembolso (Fertilizantes, Agroquímicos, Diesel) informado pela Conab e o que se queria dizer é que, pelos próprios dados do governo, o DESEMBOLSO saltou de R$ 25 para R$ 28 em questão de poucos meses, o que mostra descontrole total da economia por parte do governo federal.
    Os custos de produção estão em franca elevação e isso pode drenar toda a lucratividade do produtor. Estamos seriamente preocupados com a elevação dos custos e peço sinceras desculpas pelo mal entendido, ainda que os senhores podem entrar no site da Farsul e baixar o Relatório Econômico 2014 e Perspectivas para 2015, publicado em 11/12/2014 e ver que quando o relatório foi feito trabalhávamos com custo operacional de R$ 5000, o que comprova que houve um equívoco com a divulgação/publicação desses dados contidos nesta matéria.
    Quem tiver interesse em receber nossa planilha de custos de produção do Arroz, cujos dados estão pareados mensalmente desde janeiro de 2010 e checar exatamente os valores mande-me, por favor, e-mail para assessoriaeconomica@farsul.org.br que teremos prazer em enviarmos.
    Por fim gostaria de reiterar o convite para que os senhores participem de nossos painéis de custo de produção e tragam suas informações, para que possamos trabalhar mais próximo possível da realidade que o produtor verifica na lavoura. Os próximos levantamentos devem ocorrer em Maio próximo nos municípios de Camaquã e Uruguaiana.
    Mantenho-me inteiramente a disposição dos senhores por e-mail ou através dos fones: 51 3255 9775 (direto na minha mesa) e 51 9992 3573

  • Gostaria de agradecer, na pessoa do Dr. Walter Arns, a todos os senhores que ao ver o dado discrepante perceberam que tratava-se de um erro de digitação ou de compressão, pois sabem que, ainda que não sejamos imunes a erros, dificilmente cometeriamos um erro tão básico como esse.

  • Faz sentido o comentário do Elton Machado!
    Só que neste caso me desculpem os editores, mas o texto e, principalmente o sub-título estão muito mal colocados: “custo de 24 reais por saca de 50 kg”?????
    Aposto que amanhã virão esclarecimentos para esse mal entendido.

  • Esse custo apresentado deve ser uma piada. Mesmo um custo em torno de R$35,00 tem que ter muito controle pra alcanca-lo. Mas não disse na reportagem qto tem q produzir por hectare , quem sabe uns 400 sacos, sim porque uns tres anos atras li uma reportagem de um arroz que produziu mais de 400 sacos por hectare, mas até hoje , não consegui essa proeza ainda. Do jeito q tá as intempéries do tempo não é dificil do custo atingir os R$40,00, e nesse caso o produtor já está na verdade correndo atrás do prejuizo. Quem conseguir produzir com custo menos de R$30,00 merece o prêmio nobel. Antes de jogarem numeros numa reportagem, siam a campo e pesquisem de quem usa uma planilha de custos.

  • Sr. Fernando, em análise ao seu comentário. Eu entendo que hoje a Conab está “empatando” os preços, mas lhe pergunto: -Se não tivesse havido a intervenção governamental na safra 2010/11 teríamos suportado mais um ano vendendo arroz a R$ 17 ??? Lhe pergunto isso porque se num ano vendendo a R$ 17 a maioria do pessoal teve que refinanciar as dívidas por 10 anos, imagine o sr. se tivessemos que vender a R$ 17 mais um ano (no máximo 22)… Foi uma questão pontual que estamos pagando até hoje, mas e se… ??? Por isso eu e vários produtores temos batido na tecla do não plantar demais… Não crescer o olho porque o preço melhorou um pouco, etc… Não se emocionar com as falsas expectativas de mercado… Nem arriscar demais para ganhar 1 ou 2 pila lá no final… O negócio tem que ser vantajoso como bem disse o colega Felipe Eduardo é claro, sem nos dar a receita do bolo, já que a própria FARSUL admitiu que o custo está em R$ 35-40 (vide comentário do Sr. Antônio da Luz) e pelo que sei na região de Candelária recém estão vendendo a R$ 38 (durante quase todo o ano o preço oscilou entre R$ 30 e 33) … Perdoem a minha insistência em algumas teses, mas tem algumas coisas que eu preciso ficar bem convencido para acreditar que as minhas estão erradas… Como vocês sabem alemão é teimoso que dói !!!

  • O problema caro Dr. Walter, é que desde que eu me conheço por gente (há mais de 40 anos) eles (indústria e varejo) não dão abertura nenhuma para os produtores… São eles quem definem as regras e pronto… Estão desde agora ensaiando como serão os preços na colheita (não querem nem saber se gastamos 24,28,35,40,50 para produzir um saco de arroz) e não chamam ninguém da nossa classe para avisar: – Olha na safra o arroz vai cair para tanto se a produção for boa – 8.000 kgs/ha???… Bem pelo contrário, estão torcendo para que se colha bastante arroz assim tem para todo mundo e não precisam competir com ninguém porque é consabido a marca deles tem maior qualidade e mercado certo… E para mim isto está longe de ser liberdade… Liberdade (na minha concepção não é só estar livre da interferência do governo, mas sim de todos os fatores macro e microeconômicos que favorecem a um determinado grupo e impedem a existência da concorrência perfeita. Ex.: importações desnecessárias, eventuais combinações de preços)… Nossa cadeia tem elos muito fortes e outros muitos fracos… Em qual vocês acreditam que se enquadram os produtores??? Por outro lado eu sei que precisamos de uma indústria forte e capitalizada senão não teremos para quem vender nosso produto… A questão é: – Até quando a dependência passa a se tornar subserviência???…. PS: Que legal que estamos discutindo essas coisas com respeito e cavalheirismo… Esse é o espírito do desenvolvimento de idéias… Não será por orgulho ou vaidade, ou até mesmo brigando que chegaremos a um novo amanhã, mais justo e rentoso para toda a cadeia orizícola… Abraço à todos.

  • Caro Flávio: com respeito ao comentário acima, gostaria apenas de reforçar a minha posição de que quando falo em liberdade, me refiro em relação às intervenções por parte do governo, pois são extemporâneas, e seguem uma lógica que não coincidem de forma nenhuma com nossos interesses.
    Acho que não nenhuma podemos colocar no mesmo bolo o papel das indústrias, pois elas sim são um elo da cadeia do arroz e fazem parte do jogo real da oferta e procura, ao contrário do papel do governo. Ou tu achas que numa concorrência de mais de mil marcas não existe competição entre elas?
    Por outro lado, é lógico que existe uma articulação entre algumas indústrias maiores no sentido de tentar controlar o mercado. Mas isso é do jogo. E cabe a nós produtores entender esse jogo e participar dele com altivez e não considerando o nosso cliente indústria como um inimigo. Tenho convicção de que se agirmos em bloco, cada núcleo municipal se articulando para negociar em conjunto, por exemplo como devem ser as regras de desconto, seria mais produtivo do que somente ficar atirando pedras neles.

  • Seu Walter, com todo o respeito e apreço que eu tenho pela sua liderança política e de classe, mas como falar em “liberdade” quando 4 ou 5 empresas (indústrias) aqui do Estado, governo e o varejo fazem o que querem do mercado para estancar a suba do arroz e tornarem os produtores escravos da sua atividade??? Quando isso acabar talvez possamos falar em liberdade, mas até lá, nossa sina é ficar chorando pelas migalhas que nos atiram por questão de sobrevivência!!! Que fique claro aqui que eu não defendo e jamais defendi a ajuda do governo… Sempre falei e vou seguir falando que devemos é plantar menos arroz até que a oferta esteja equilibrada ou inferior a demanda, ou que se dê cabo aos excedentes… O Sr. Fernando está correto… Ninguém divulgue os seus custos em pesquisas… Só vamos dar mais munição para esses que citei acima… Arroz a menos de R$ 50 é tufo e 10% de lucro é deboche…

  • A única explicação para ser um erro seria ter trocado o número 3 pelo 2, seria 34-38, li e reli não vejo outra forma, só estou achando demora nas entidades se manifestarem contra esta aberração.

  • Que eu saiba foi criada uma CPI das industrias do arroz no RS, preços combinados, desvios de recursos do pep, etc… memoria do seu Walter é curta, além disso tudo foi criada uma tabela pelo setor industrial igual para todas industrias e diferente da oficial da CONAB, indício claro de manipulação de mercado, isso tudo que existe uma camara setorial do arroz para tratar destes assuntos mas foi simplesmente ignorada pelo setor industrial.
    Quando a primeira industria me chamar para debater meu custo e me fizer uma proposta de garantia de preço futuro (como tem na soja ) eu começo a respeitar este setor.
    E a FARSUL??? Vai seguir dizendo que o custo é 24-28???
    Por isso que digo SOJA NA VARZEA NELES!!!!

  • TAPES dias 5, 6 e 7 de fevereiro de 2015
    25ª ABERTURA OFICIAL DA COLHEITA DO ARROZ

    O grande tema será a apresentação do custo de produção apurado por empresa especializado.

    Vamos comparecer!!!!!!

  • Boa Noite Sr. Flávio.
    Leio atentamente seus comentários. Penso da mesma forma que o senhor. Tenho insistido a alguns anos que não devemos plantar mais de 1.000.000 de hectares de arroz. Até alguns anos, imaginava ser difícil convencer os colegas arrozeiros a diminuir lavoura, em função da aptidão das nossas várzeas. Ou arroz ou vaca!. Mas hoje, temos alternativa. Como faço minhas contas, afirmo que soja está mais rentável que arroz. Se mais arrozeiros enxergarem isto, qual o estímulo para aumentar arroz? É por aí.

  • Sr. Flávio, Sr. Valter, Sr. Juarez e outros tantos que comentam aqui….porque então continuam mandando arroz para o Cartel? Parem de fazer isso, pois eles captam o máximo de arroz possível e matam os produtores na liquidação. Nisso concordo com o Sr. Diego, ou seja, diversificação. Mandem arroz para outras industrias e vocês matam o poder destes 5 que não dão ouvidos para o produtor. Nós pequenos e médios não temos o mesmo poder financeiro,mais somos os que pagamos mais caro no arroz, seja no mercado SPOT ou LIQUIDAÇÃO. Parem e pensem se não tenho razão.
    Vou lançar um slogan então: ABAIXO AO CARTEL, DEPOSITEM NAS PEQUENAS E MÉDIAS QUE PAGAM MAIS!!!!

  • O problema Seo Antonio Paulo é que muitos produtores plantam terras arrendadas onde o dono não dá carta pra financiamento e o produtor se obriga a recorrer a cooperativas que são seguras e idoneas ou a industrias mais fortes que financiam os insumos. A maioria não tem silos e tão longe de atingir essa meta de poder guardar seu proprio produto. Então ficamos a mercê do que você chama de cartel.

  • O Sr. Sabe de qual ganancioso estou falando… Não é do empreendedor e visionário… É daquele que só para quando compra tudo de todos que estão em seu redor por pura ambição e avareza… Não se faça de rogado, pois o sr. deve conhecer muita gente assim ou não???… Eu conheço vários… Com relação a Cuba, Venezuela, Coréia do Norte, Alemanha Oriental, etc., o sr. sabe muito bem que estamos longe do desabastecimento… muito longe… Bem pelo contrário, temos excedentes… Gostaria que pudessemos produzir e exportar muito mais… Mas ter que lidar com os excedentes é o que eu acho complicado… E é o que atrapalha nosso cambalido mercado… Não sou comunista não seu Walter… Mas não defendo e não comungo a idéia de que 5% dominem o setor e os 95% restantes fiquem a bater palmas… Nos EUA as pessoas são ricas porque lá os pobres são ricos e os muito ricos são bilionários… Aqui os ricos (grandes) querem ficar com a ximia e a geléia e deixar a rapa do tacho para nós…
    Sr. José Nei, toda a vez que aumenta o consumo ou criam novos sub-produtos como o sr. quer, infelizmente acabam trazendo arroz de fora (Tio Ratalino) para baixar os preços internos… Pode aumentar o consumo do jeito que for… SE… SE… SE… SE… SE… não pararem as importações o preço do nosso produto não vai subir…

  • Amigos, não poderia ficar de fora desses comentários:
    1. Gostei muito da liberdade de mercado, bem como apregoei no artigo neste sites “a democratização do comércio agropecuário”, é só pesquisar.
    2. Quando vamos entender que descascar arroz não é indústria?
    3. Não vejo necessidade de reduzir a produção ou plantar com ” o freio de mão puxado”, é preciso aumentar o consumo, para ração como foi aqui citado e outros produtos, sem desconhecer a exportação, a diversificação. Importante a fala do senhor Antonio Paulo na aproximação dos pequenos engenhos com o produtor, sem dúvida, com contratos e a repartição da renda dos subprodutos e da margem até o atacadista.
    Estamos avançando na discussão, mas precisamos um pouco mais de conhecimento técnico para não ficarmos tateando no escuro! Abraços

  • Perfeito Sr. Antônio, as industrias de médio porte tem os menores descontos e sempre conseguem um preço diferenciado, infelizmente muitos produtores estão completamente descapitalizados e precisam cair na mão das gigantes, por um lado é horrivel para o mercado mas pelo outro não podem matar a galinha dos ovos de ouro, pode ser que com as entidades falando sobre o custo que já passa dos 40,00 que se sensibilizem e não matem o produtor.

  • Sr. Antonio Paulo e Sr. Diego, a idéia de vocês ainda está longe de acontecer por questões de logística, risco e localização… Pelo menos na minha região (fronteira-oeste) não há muitas indústrias pequenas e médias… Em segundo lugar, o frete na fronteira-oeste custa R$ 6/8 para mandar ao Porto de Rio Grande, imaginem mandar para SC por exemplo ou para Três Cachoeiras… Dai sobraria R$ 30 por saco… Terceiro, infelizmente nossa experiência com alguns compradores de fora não foi das mais agradáveis e muitos produtores tomaram calote (eis nosso receio)… O ideal seria que todo mundo tivesse silo próprio e entregasse o produto depois que o dinheiro estivesse depositado… Ou que o comprador pagasse o mesmo preço da região (livre) como acontecia há algum tempo atrás… Mas o problema principal ainda é que não temos depósitos para toda a nossa produção e acabamos caindo nas mãos das grandes indústrias… E dai o resto vocês já sabem… Tem indústria que paga R$ 2 a menos (arroz tipo 1, 58×10) somente porque o arroz é indústria e não reserva… Ou seja, porque não é 409 ou 417… Puitá e outras variedades para eles é indústria… R$ 2 me digam… Porque tanta diferença… No pacote no supermercado aparece que é Puitã, que é guri, é óbvio que não??? Lá vendem tudo como tipo 1 !!! E é assim que vão rapando nossas guiacas… Abraço!

  • De que maneira abrir custos e discuti-los publicamente na abertura da colheita em Tapes poderá ser proveitoso para os produtores ?
    O governo, indústrias, varejo e consumidores vão se sensibilizarem ? não é bem pouco provável ?
    Notícia de hoje, óleo diesel vai aumentar fortemente mais de R$ 2,70 / lit. (13% de aumento).. Ouvi na rádio Gaúcha hoje cedo
    Adianta reclamar ? Para quem ?????
    Talvez para o Papa, quem sabe.!!!

  • Sr Antônio Paulo! O meu nome se escreve com W, como se pode ver nos comentários acima. Pelo que entendi, o sr deseja me ensinar onde e com quem devo comercializar a minha produção???????? Até hoje o meu critério sempre foi o de vender para quem me oferece as melhores condições, e não estou atado com ninguém. Se o sr vier me oferecer uma boa condição de negociação vendo na hora. Não tenho nenhum preconceito contra, nem a favor, de ninguém.
    Por outra, tenho muita curiosidade de saber com os que sugerem a limitação de área em 1 milhão de hectares, como é que se coloca isto em prática. Por que não 900 mil? ou menos?

  • Eh muito simples sr. Walter…. Bastaria que todos os produtores (os que tiverem conhecimento de custo x beneficio e um pouco menos de ganancia) reduzissem em 10% sua area cultivada… Se evoluissem e mudassem a visao arcaica de querer engolir o vizinho… Se tivessem visao de classe e noçao de que nao adianta plantar mais que o mercado consome… Volta e meia o sr. Volta para a mesma questao… Nao temos como obrigar ninguem, mas se reduzirmos 10% pelas ultimas areas plantadas chegaremos ao redor dos 1 milhao de toneladas… Se nao fosse o avanço da soja nas varzeas estariamos plantando 1,3 milhoes de hectares… Ja foi um avanço… Mas cada um eh livre para fazer o quer… O que eh melhor? Plantar mais e ter menores preços ou plantar menos e garantir preços mais compensadores… Nao foi assim em 2010 quando todo mundo se atracou a plantar… Colheram 14 milhoes de toneladas nao foi??? Ano seguinte o pessoal se concientizou que tinha que rotar cultura, plantaram soja, os preços nao melhoraram??? Nao houveram avanços??? Ou toda essa nossa discussao tem sido em vao??? Se tivessemos mercado para exportar a vontade e nao importassemos do paraguai e asia dai poderiamos ate plantar os atuais 1,15 milhoes de ha…ou o sr. Eh a favor que se plante a la vonte??? Sem metas e planejamento????

  • Pois é Flavio. Eu vou ter que voltar de novo à mesma questão. Tu colocas tantos SE nos teus argumentos que estou começando a achar que esse plano não vai dar certo. É se isso, se aquilo, se aquele outro!
    Talvez a solução seja eliminar os “gananciosos”. Aliás, parece que na Venezuela já estão conseguindo colocar em prática esse tipo de plano, pois de auto-suficiente passou a grande importador de arroz. E lógico, de muitas outras coisas mais. Isso antes, já fizeram também em Cuba, na Rússia, na Coréia do Norte. Sem falar na Alemanha Oriental e outros satélites da antiga União Soviética. Parece que por lá a primeira categoria de empreendedores eliminados foram os “gananciosos”.

  • Na verdade Flavio, não se de que ganancioso estás falando! Porque não és mais explícito nas tuas acusações?
    Quanto a seres comunista, não me atrevi a fazer tal acusação, apenas tentei fazer com que te dês conta, que certas idéias, somente são possíveis de serem postas em prática em regimes altamente intervencionistas e que querem controlar a vida de todos os cidadãos. Portanto se coincidem com tua forma de pensar, não posso fazer nada.
    Com relação aos países intervencionistas mencionados, é verdade que AINDA somos superavitários, mas a seguir a política empregada por eles não sei não!
    Eu também não defendo a idéia de que 5% dominem o setor. Defendo que cada um cuide do seu negócio e decida, baseado nos seus custos, o que pode ou não fazer. Sempre achei e continuo achando que todos têm a capacidade para cuidar da sua vida, e se responsabilizar pelas decisões tomadas.

  • Decepção é o que me vêm ,quando vejo os escritos de nossos arrozeiros ,alguns certamente identificando tendências ou dependências nas industrias,outros anunciando leilões de 60.000 toneladas de São Borja,provávelmente sendo oferta do próprio Celso Rigo que financia 70% dos produtores locais já fora do crédito oficial,enfim este galope suatentado por omissão das entidades que na 26 aoca no painel que eu insisti com o diretor comercial do irga na reunião do conselho do qual sou conselheiro em Tapes,esta foi enserrada pelo sr.Henrique, presidente da federarroz,impossibilitando o anuncio real que seria de 44,00 sem somar o arrendamento,Acredito que como o Walter de Uruguaiana ,
    houve um erro , poi o pr´roprio Antônio da luz me falou extra oficialmente que o custo estava nesta ultima abertura em 44,00 fora o arrendamento e neste cara eu acredito, é sério e preciso,o restante que deveria preservar nosso mercado ,vão muito para o lado da industrial,e a indústria deveria tomar vergonha e enfrentar os Grandes Mercados,ou seja conglomerados de supermercados,ao invés de matar o produtor,usando todos os recursos lobyativos,através de cooperativas e entidades.CHEMALE

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