Esforço conjunto

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Cesa Rio Grande: origem do novo terminal arrozeiro

Ganha forma a instalação de um terminal exportador exclusivo para o arroz
no Porto de Rio Grande
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O crescimento da produção e das exportações do arroz no Rio Grande do Sul criou novos desafios ao setor, especialmente em relação à logística de escoamento do cereal. Em atenção a esta demanda da cadeia produtiva, o conselho deliberativo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) propôs ao governador Tarso Genro a criação de um grupo de trabalho com a finalidade de viabilizar a instalação de um terminal exportador exclusivo para o cereal no Porto de Rio Grande (PRG) para dar mais agilidade aos embarques e ampliar a competitividade do cereal produzido e industrializado no estado.

Na ocasião, os conselheiros manifestaram preocupação em relação à logística da exportação do arroz, com destaque para as dificuldades para embarcar o cereal no PRG. Mesmo reconhecendo como positiva a recuperação da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) e a sua importância no aumento das operações nos últimos três anos, o setor arrozeiro solicitou alternativas para o período em que a companhia deixará de operar embarques de arroz em virtude das obras de ampliação do cais e de dragagem no porto novo.
Com o ok do governador, foi publicado, em maio deste ano, o Decreto Estadual nº 51.471, que determinou a criação do grupo e seus integrantes. O GT é coordenado pelo presidente do Irga, Cláudio Pereira.

A partir de várias reuniões com representantes do Irga, da Cesa, do PRG e da iniciativa privada, nas quais foram discutidas questões técnicas e operacionais, o grupo chegou a um consenso sobre a necessidade da adaptação da área hoje existente no Porto Novo do Rio Grande, onde está a Cesa, para consolidação de um complexo logístico para exportação de arroz a granel e ensacado.

CRESCIMENTO
Tradicionalmente concentrada no sul do país, principalmente no RS, a produção de arroz no Brasil vem aumentando nos últimos 10 anos, passando de 57% para 78% da oferta nacional.
A cadeia produtiva do arroz trabalha com a perspectiva de que essa concentração deverá ser ampliada para 85% em 2020, com um volume estimado em mais de 13 milhões de toneladas. Com isso, a produção gaúcha poderá passar das 8,5 milhões de toneladas atuais para 11 milhões de toneladas. Só no ano passado, quase 1,5 milhão de toneladas de arroz foram embarcadas no Porto de Rio Grande. No dia 14 de novembro o governador ratificou o plano de investimentos em um fórum de debates em Rio Grande no qual o relatório do grupo de trabalho foi apresentado à comunidade regional.

MAIS COMPETITIVIDADE COM A MODERNIZAÇÃO

O presidente do Irga, Cláudio Pereira, lembra que o arroz nunca foi uma cultura de exportação, mas que nos últimos anos passou a ser. “O setor reivindica um local para exportar arroz porque sempre usamos toda a estrutura do PRG para exportar soja, que é a grande vedete da agricultura brasileira. Só no RS, são exportadas de 4 milhões a 5 milhões de toneladas da oleaginosa por ano. Por outro lado, o volume de arroz embarcado era pequeno, em torno de 400 mil a 500 mil toneladas. Agora existe uma demanda de 1,5 milhão de toneladas por ano”, observa o dirigente.

Ele explica que com as obras de modernização do PRG o cais será ampliado, aumentando também o calado para a entrada de navios maiores. “Ao mesmo tempo, a Cesa está se reequipando, fazendo todo um conjunto de investimentos, que incluem a instalação de ship loader. Este equipamento, que custa em torno de R$ 20 milhões, vai permitir o carregamento de arroz ensacado, o que é importante para aumentar o nosso mercado e agregar valor às exportações. Até o final do ano ou início de 2016 vamos estar com este terminal arrozeiro muito bem equipado”, estima Pereira.

Atualmente, 20% das exportações gaúchas de arroz são escoadas pelo terminal da Cesa. “A nova estrutura vai permitir que este volume possa ser ampliado para 80%. Isso vai ser fundamental para reduzir os custos de embarque e ampliar a competitividade das exportações. Sem dúvida, vamos ter o porto mais eficiente do Mercosul em termos de embarque de arroz em navios”, assegura o presidente do Irga.

Para o presidente da Cesa, Márcio Pilger, com a criação do terminal arrozeiro a companhia passará a desempenhar um novo papel nas exportações gaúchas do grão, deixando de ser somente um agente de armazenagem para se tornar um agente de logística. De acordo com o superintendente do PRG, Dirceu Lopes, além da instalação do ship loader, o projeto prevê a utilização de três armazéns em conjunto com silos da Cesa, maior espaço para a operação dos navios, incluindo a área que atualmente é da Brigada Militar. O novo terminal, conforme Lopes, terá o potencial para movimentar 3 mil toneladas do grão por dia.

Embarque: demanda por investimentos

Premissas definidas pelo GT

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Consolidação de um complexo logístico no Porto Novo do Rio Grande para embarque de arroz a granel e ensacado
. Manutenção do carregador atualmente existente na Cesa, com adaptações para estrutura sobre rodas
. Instalação de um novo ship loader, sobre trilhos, com capacidade de carregamento de granéis e ensacados, através de parceria com a iniciativa privada
. Avaliação da ampliação do espaço útil do cais de 150 metros para 200 metros de comprimento, com a retomada da área atualmente ocupada pela Estação Naval da Marinha do Brasil no Porto Novo n Consolidação no regramento de atracação do Porto de Rio Grande
de um berço com prioridade para granéis agrícolas para embarque de arroz
. Consolidação da destinação da área/terreno do 6° Batalhão de Polícia Militar, localizada na Av. Honório Bicalho nº 1020, Vila Militar, em Rio Grande, para fim de viabilização e expansão do  referido complexo logístico no Porto Novo do Rio Grande para embarque de arroz a granel e ensacado

Fonte: GT

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