Primeiro painel aborda visão de futuro na genética e melhoramento de arroz
São tecnologias que podem ser oferecidas dentro dos programas do Irga, com custo zero..
O primeiro painel da 12ª Conferência Internacional de Arroz para América Latina e Caribe abordou, na tarde desta segunda-feira (23), a visão de futuro na genética e melhoramento de arroz para maior competitividade e teve como moderador Joseph Tohme, do CIAT da Colômbia. Participaram Edegar Alonso Torres, do CIAT Colômbia, que falou sobre as contribuições do melhoramento de plantas para competitividade na agricultura, e Susan McCouch, da Universidade de Cornell, EUA, que tratou do uso da diversidade genética em arroz para acelerar os ganhos genéticos. Os representantes da Embrapa, Flávio Breseghello, e do Irga, Sérgio Lopes, falaram sobre como acelerar os ganhos genéticos e características chave para aumentar a competitividade em arroz. O evento acontece no teatro do prédio 40 da PUC RS, em Porto Alegre até quarta-feira.
Susan McCouch, da Universidade de Cornell
Segundo Lopes, o painel traçou um contraste entre o novo e o velho. "Temos duas alternativas de seleção, a fenotipica no campo ou na casa de vegetação, que pode ser quantitativa ou qualitativa e a genotípica. A avaliação quantitativa busca as características que determinam valor seja do peso, estatura, tamanho do grão, ressalta. Já a qualitativa faz avaliação visual através da observação pelo melhorista no campo ou laboratório, diz. "Com isto se consegue identificar as melhores linhagens para o lançamento de uma nova cultivar".
Com a avaliação da biologia molecular e o mapeamento genético do arroz se pode fazer a seleção genotípica, onde se identifica os genes envolvidos na expressão de cada característica como produtividade, estatura e outros. Segundo Lopes, a conferência serve para aproximar quem está numa pesquisa mais avançada de quem não está para que se tenha acesso num período de tempo mais curto possível, por exemplo, a identificação de genes que toleram a submersão do arroz, como e o caso do gene Sub1, abordado na palestra do diretor do IRRI, Robert Zeigler, pela manhã. "Com o acesso a este tipo de tecnologia se pode incorporar as nossas variedades adaptadas aqui, para que os produtores não tenham prejuízos com inundações como ocorre nas margens dos rios Ibicui e Uruguai, por exemplo.
Segundo ele, são tecnologias que podem ser oferecidas dentro dos programas do Irga, com custo zero. "O Irga ter uma variedade que tolera o encharcamento pelo período de duas semanas poderia ter evitado prejuízos a muitos produtores que tiveram as várzeas inundadas no período de novembro e dezembro de 2014 e tiveram que fazer o replantio de suas lavouras". Segundo ele, a ressemeadura além de aumentar os custos com insumos acarreta em potencial produtivo menor da lavoura, devido ao plantio fora da época recomendada.
A 12ª Conferência Internacional continua nesta terça-feira (24), a partir das 8h10min, no teatro do prédio 40 da PUC RS, em Porto Alegre. Na quinta-feira (26), ocorre o dia de campo internacional do Irga/CIAT /FLAR, com visitas a experimentos e parcelas demonstrativas de arroz, soja e milho, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, das 7h ao meio-dia.
1 Comentário
É na genética que talvez seja a luz do fim do túnel para os os produtores, temas bem postos pelos painelistas, pesquisas e desenvolvimento de variedades altamente produtivas e resistentes até a submersão prolongada e com custos de desenvolvimento baratos, haverá interesse por parte dos novos dirigentes do IRGA em alavancar o aprofundamento genético de variedades a serem desenvolvidas para áreas especificas de nosso estado ?