Câmara Setorial do Arroz e Conab pretendem aproximar tabelas de custos de produção

No próximo encontro, que acontecerá em março, no Rio Grande do Sul, arroz sequeiro e irrigado já contarão, cada um, com uma tabela específica de custos.

O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz e Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, considerou extremamente positiva a reunião realizada nesta quarta-feira (25), na sede da CNA. O encontro tratou sobre a tabela de custos de produção da Conab e há indicação de que antigos pleitos dos arrozeiros, como divisão de levantamentos, serão atendidos.

Schardong acredita que no próximo encontro, que acontecerá em março, no Rio Grande do Sul, arroz sequeiro e irrigado já contarão, cada um, com uma tabela específica de custos. Dessa forma, os preços mínimos determinados pela Conab se aproximarão mais da realidade dos valores praticados no mercado. Isso garantiria mais tranquilidade ao produtor. “Hoje, se acontece qualquer intempérie, o produtor receberá do seguro entre R$ 25,00 e R$ 27,00 o saco, enquanto esta vendendo no mercado por R$ 40,00. Para se fazer um empréstimo no banco se trabalha com o custo da Conab e não tem mais condições de seguir dessa forma”, comenta.

Outro ponto levantado pelo dirigente é a necessidade de criação de uma padronização do cálculo. “É preciso tentar equalizar para que, quando for se trabalhar um custo de produção se terá sempre a realidade ao seu lado”, destaca.

Ele ressalta que a Conab usa alguns mecanismos de cálculo diferentes dos aplicados pelas entidades, o uso da água na irrigação é um caso. “A Conab não tem um bom conhecimento de como funciona uma lavoura. Quando se fala em irrigação, existem vários tipos aplicados na produção do arroz, cada um tem um preço”, explica. Para isso, no encontro de março será realizado um Painel para levantamento dos custos de produção. Ele terá a participação de produtores que serão mobilizados pela Farsul.

Conforme Schardong, a intenção é que na próxima safra, o produtor já inicie o plantio com um preço mínimo mais condizente com o mercado, que cubra realmente os custos de produção. O economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz, também participou da reunião.

1 Comentário

  • Até que enfim o boa notícia… É pena que não veio lá em outubro/2014, pois teria reflexo nos preços já nessa colheita… Valeria a pena fazer AGF dependendo dos preços praticados… Mas não me venham com custos a R$ 32,00 (irrigado)… No mínimo R$ 38,00 é o aceitável… E vai subir muito esse ano se continuar essa disparada do dólar e dos insumos… A situação está realmente preocupante, pois os poucos que tem acesso ao pouco crédito oficial terão que pagar juros caros… Será que o dragão da inflação mostrará sua cara em breve???

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