Farsul e Irga acompanharão levantamento de custos da Conab
Uniformização de método de levantamento de custos das lavouras de arroz é um dos desafios propostos pelo setor produtivo.
Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estarão no Rio Grande do Sul a partir desta semana para coletar informações sobre o custo de produção da safra de arroz.
O roteiro inclui os municípios de Cachoeira do Sul, Pelotas, Santo Antônio da Patrulha e Uruguaiana. A novidade é que pela primeira vez técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul) acompanharão os analistas da Conab.
Pela Farsul, o economista-chefe Antônio da Luz acompanhará o trabalho dos agentes federais, enquanto o diretor-comercial, Tiago Sarmento Barata, representará o Irga em parte do roteiro. Luz destaca que a participação de representantes da cadeia produtiva nestes levantamentos é uma das prioridades da Câmara Setorial do Arroz, uma vez que há dissonância entre as planilhas de custos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os organismos ligados ao setor. “E os custos da Conab sempre são menores”, acrescenta.
Para Antônio da Luz, a companhia precisa atualizar o pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de rever parcialmente seus métodos.
O presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong, que também dirige a Comissão de Arroz da Farsul, destaca que os custos levantados pelo Irga, pela sua Federação e a Federarroz são muito próximos, mas o da Conab destoa completamente, com valores muito inferiores e fora da realidade.
“O que esperamos é que um levantamento de caráter estritamente técnico estabeleça um perfil verdadeiro da lavoura, e referencie os custos reais. Queremos apenas que o governo adote critérios sérios e que apontem o custo real da lavoura e a situação do produtor. Apenas a verdade e nada mais do que isso, sem intervenções de interesses políticos”, afirma.
Segundo Schardong, do levantamento real dos custos depende a formulação da política de garantia de preços mínimos, o sistema de comercialização oficial, as regras do seguro agrícola e até mesmo dos financiamentos bancários. “E isso interfere diretamente nas condições do produtor”, ratifica. Antonio da Luz já começa a acompanhar a Conab nesta quarta-feira, em Uruguaiana.
4 Comentários
Qual a finalidade desse levantamento??? Até agora não se falou nada sobre o que pretende a Conab com esse levantamento de custos??? Aumentar o preço mínimo para tentar pegar algum desavisado com AGF??? Reduzir garantias em empréstimos??? Desmentir a cadeia produtor e tentar demonstrar que os custos não são como os produtores relatam aqui??? Alguém pode me dizer qual é o propósito disso tudo??? Eu jamais venderia arroz para o Governo novamente… Como vai ser esse cálculo??? Uma média de vários produtores??? Vão criar um desvio padrão? Ou vão pegar um produtor que está bem das pernas (que compra os insumos pela metade do preço e tem terra própria??? Como vai ser??? Há de se cuidar os critérios e as amostras… MUITO CUIDADO… É muito fácil levantar dados que não apresentam nenhuma representatividade ou significância… É muito fácil errar no setor orizícola… Mas que o susto vai ser grande ah vai… Eu não acredito em custos mínimos abaixo de R$ 38 por saco (terra própria)… Complicado é abrir nosso Sigilo Financeiro vocês não acham???
Boa noite Arrozeiros.
O resultado deste trabalho da CONAB eu já sei: vai ser mentiroso, não me interessa, vai dizer para o grande público que estamos todos ricos vendendo arroz a R$35,00, em resumo, só nos prejudica. IRGA e FARSUL acompanhando? Para que? Inimigo na trincheira ou “menos pior”? Meus números não informo a ninguém!. Poderiam aproveitar para calcular o custo de produção do óleo diesel, do roundup, da energia elétrica, do trator, colheitadeira, defensivos…..SEGUE A DEMAGOGIA!
Muito bem Flavio! Concordo contigo.
Tá mais do que na hora de nos desmamarmos das intervenções estatais que tanto nos prejudicaram nos últimos anos. E os excedentes, se houverem, que sejam exportados.
Srs,
O Barata já efetuou esse levantamento e chegou a valores entre R$ 37,00 e R$ 40,00 e o Antônio da Luz concorda com esses valores. Isso ficou claro durante a abertura oficial da colheita do arroz realizada em Tapes, onde todos os números foram abertos, detalhados e apresentados, tive oportunidade de acompanhar pessoalmente, juntamente com vários produtores e representes da classe.
Por tanto não acredito que a CONAB tenha argumentos suficientes para fundamentar números diferentes. Vamos apostar no Antonio da Luz e no Tiago Sarmento eles são os responsáveis por nos representar nesse acompanhamento junto ao levantamento da CONAB.
Aguardemos ….