Israelenses propõem gotejamento na cultura do arroz

 Israelenses propõem gotejamento na cultura do arroz

arroz irrigado sob gotejamento foi testado no RS

Empresa do país testou a substituição do método de inundação em lavouras do Rio Grande do Sul; sistema já está sendo vendido na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

A cultura do arroz tem como método mais comum de irrigação a inundação. A prática consome cerca de três mil milímetros de água por hectare durante uma safra do cereal. A Netafim, empresa de irrigação israelense, trouxe para a 22ª Agrishow o método de gotejamento subterrâneo que promete quebrar essa tradição da rizicultura.

Segundo Carlos Eduardo Sanches, gerente agronômico da empresa, a Netafim estudou por dois anos a tecnologia no Rio Grande do Sul para saber se a inovação pode ser utilizada em solo brasileiro. Durante o experimento com arroz, a irrigação por gotejamento subterrâneo usou um milímetro de água por hectare ao invés de 3 milímetros, ou seja, um terço do total usado com a inundação. Além da economia de recursos hídricos, houve um aumento de produtividade de 7,5 toneladas por hectare para 12 toneladas por hectare, de acordo com os resultados do estudo.

"O aumento da produtividade se deu pelo melhor aproveitamento da água na área radicular da planta. Com essa tecnologia, é possível fazer fertirrigação, que será melhor aproveitada pela planta já que joga os nutrientes diretamente na raiz", explica Sanches.

Com os resultados, a marca saiu dos testes para vender em grande escala durante a Agrishow pela primeira vez. Atualmente, apenas um produtor está implantando a nova técnica de irrigação, no Rio Grande do Sul. "Adotamos o gotejamento subterrâneo para reduzir os custos de produção e simplificar o dia a dia da fazenda", conta Ademar Pilecco, rizicultor gaúcho e sócio do grupo Pilecco.

Na primeira implantação, ele vai utilizar a tubulação em 100 hectares, de um total de 3 mil destinados ao arroz. O custo da tecnologia gira em torno de 13 mil reais por hectare. "O sistema de irrigação se paga na terceira ou quarta safra", argumenta o gerente agronômico da Netafim.

3 Comentários

  • PODE SER IDEAL TAMBEM PRA SE PRODUZIR SOJA , ONDE PODERIAMOS ATINGIR UMA PRODUCAO DE MAIS DE CEM SACOS DE SOJA POR HECTARE, ONDE PLANTARIAMOS DOIS ANOS DE SOJA E UM DE ARROZ PRA LIMPAR BEM AS ÁREAS . PRA NOS ORIZICULTORES NOS INTERRESSA PRODUZIR COM MENOS CUSTOS, MAS NÃO AUMENTAR PRODUCAO DE ARROZ PRA BAIXAR PRECOS. PODE SER INTERESSANTE PRA PRODUTOR ENGENHO QUE ESTÃO VENDENDO ARROZ PRA OUTROS ESTADOS A PRECOS COMPETITIVOS.SDS.

  • Mas e a questão do controle de inços como fica ?
    Solo descoberto ( sem lámina de água ) no verão é um convite para todos os inços se manifestarem, várias aplicações de herbicidas ? e o custo ?
    Como fica o controle de preto e vermelho ?
    ???????????????????????????????? entre outras coisas mais.

  • Também como seria em areas de enchentes, onde o solo barrento na colheita , os tratores fariam rastros que atingiriam os canos subterraneos. Ninguém vai esperar baixar a enchente e secar o solo pra colher.E SE VAI AUMENTAR O USO DE HERBICIDAS, ISSO NÃO SERIA ECOLOGICAMENTE CORRETO.

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