Debate sobre a crise reuniu cerca de 500 produtores em Cachoeira
Debate sobre a crise reuniu cerca de 500 produtores em Cachoeira. Arrozeiros vão encaminhar pedidos ao Ministério da Agricultura.
A principal delas é prorrogar o vencimento de todas as contas desta safra por 90 dias. Além disso, os arrozeiros querem um prazo de dois anos para iniciar o pagamento das dívidas. Vencida a carência, os produtores pedirão que o pagamento seja limitado a 5% do faturamento bruto, que deve considerar a média dos últimos 10 anos.
O presidente da União Central dos Rizicultores (UCR), Pinto Kochenborger, ficou satisfeito com o resultado da assembleia. "Ficou claro o que eu venho alertando há anos, que a lavoura de arroz está quebrada. Agora, o governo vai nos escutar e decidir se vamos seguir plantando", afirma Pinto.
O documento como os pedidos dos arrozeiros será apresentado na segunda-feira para a Farsul, que tentará uma audiência para a próxima semana com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, com o objetivo de entregar o pedido da categoria.
6 Comentários
Muito bem se conseguirmos a metade destas reivindicações já ajudara muito,e estará nas nossas mãos o preço do arroz daqui por diante com a conscientização de cada um na redução da sua área, se vamos querer 40 reais saca ou 50 reais tudo vai depender de nós, e claro terá que ser feito um estudo para sermos mais objetivos.Se tudo der certo,conto com colaboração de todos os arrozeiros .
Muito válida a iniciativa e obrigado aos participantes. Ocorre, entretanto, que mais uma vez , infelizmente, o setor esteja reunido somente no auge da crise e o tema do alongamento da dívida seja o cerne do pleito. Particularmente sou pessimista no que tange a sensibilizão do Governo Federal aos nossos pleitos. Arroz barato, produtores dependentes é o que eles sempre desejaram, não só o atual governo. Redução de área e fomento à exportação seria uma saída. Quem de nós faz a sua cota de sacrifício e participa de uma exportação quando a mesma não oferece um preço tão atrativo ? Quem de nós efetivamente reduzirá área nesta próxima safra? Sabemos produzir como poucos, mas somos amadores e desunidos na condução de nossa cadeia produtiva. Respeitosamente é a minha opinião. Abraço é sorte em nossas demandas!
Como foi dito acima, arroz é produto básico e produtor endividado é passaporte para produto com preço fraco. Mistura muito atraente para qualquer governo, ainda mais em se tratando de governo populista, que enxerga apenas aos arredores do Foro de São Paulo.
A pouco mais de 5 meses atrás a discussão aqui e em outros fóruns era a diversificação do produto arroz, criar novos produtos para o cereal, agora a pauta é: plantar ou não plantar, eis a questão. Houve outro colega em outro tópico que disse, ” se somos bons em produzir arroz deveríamos produzir o quanto mais pudermos”. Eu concordo, oras, se somos bons em alguma coisa, pé na tábua! Só que não, aqui no Brasil isso não se aplica, porque somos marionetes aos interesses populistas de um governo prestes a implantar um pseudocomunismo.
Sinceramente, não creio termos representatividade suficiente para ver nossos pleitos serem respeitados. Mas todo esforço é válido, para tirar o arroz da lama. Não se pode mais ter o custo que vocês têm e vender no preço que estão vendendo. Acredito no escoamento para o exterior, acredito numa campanha para fortalecer a qualidade do arroz gaúcho – mídia pesada – , acredito na diversificação da lavoura, dos produtos, acredito na diminuição da área, mas não acredito que esse governo será solícito com nossa causa.
O produtor na mão da indústria, a indústria na mão do consumidor e o consumidor na mão do governo. Ou seja, produtor, indústria e consumidor na mão do governo…
Disse tudo seu Felipe agora vamos correndo á Brasilia é o que o governo mais que ARROZ POR MUITOS ANOS GARANTIDO PARA Á POPULAÇÃO E NÓS ARROZEIRO CADA VEZ MAIS ENROLADO.
Vejo que o pessoal está acordando… Como demorou hein??? De que adianta rolar as dívidas e seguir plantando 1,1 milhão de hectares??? Quem não aprende por bem vai ter que aprender por mal… Vocês acham que o governo preocupado com a inflação e as contas públicas vai ter sensibilidade para enxergar que daqui a 2 anos a produção de arroz talvez diminua 20, 30% por que o pessoal quebrou ou mudou de atividade… O governo está preocupado com o ajuste fiscal… com o arroz orgânico… em reduzir a inflação e manter o arroz e feijão baratos para acalmar o povão… Por ser o setor agrícola considerado estratégico tem muita gente que ainda possui aquele pensamento ultrapassado de que o governo sempre protegerá os produtores… Isso acabou há muito tempo minha gente… Se não tiver arroz aqui eles trazem do Paraguay, trazem o Tio Ritalino da Conchinchina… Aqueles que produzirem e pagarem as suas contas, bom esse servem ao governo, aos bancos, a indústria, ao consumidor… Os demais (que alguém aqui taxou de incompetentes) vão se mantendo até esgotar os seus recursos e mudam de atividade… É a velha Seleção Natural que de 4 em 4 anos faz as suas vítimas… Lamentável isso se compararmos aos países que valorizam a sua agricultura… Teve um outro comentário há tempos atrás em que o produtor se referiu que lá em Brasília somos taxados de CHORÕES… Não é à toa… Não deixa ele de ter razão… Não adianta de 4 em 4 anos nos mobilizarmos se não modificarmos os sistema lógico de produção tentando competir e produzir aquilo que o mercado não absorve com os custos atuais… Me parece irracional seguir plantando arroz nesses moldes… Seguir a lógica plantar, se endividar, prorrogar, aumentar área para pagar prorrogação, se endividar novamente tentando se salvar não me parece coisa planejada… Não vai melhorar… Serão vários e vários anos de crise até a coisa voltar a normalidade… Pensem muito bem antes de tomarem qualquer atitude a longo prazo… MANOTAÇO DE AFOGADO NÃO SALVARÁ NINGUÉM, APENAS PUXARÁ AINDA AINDA MAIS PARA O FUNDO !!! Já falei aqui e vou falar de novo… Nas próximas eleições temos que limpar esses pseudopolíticos que se dizem nossos representantes e que só aparecem quando estamos endividados… Temos que colocar gente competente a nos representar nas entidades de classe… Gente que trabalhe mais e fale menos… Se fosse assim nosso arroz estava saindo as pencas pelo Porto de Rio Grande !!! Isso sim faria muita diferença nesse momento tão delicado… Mais trabalho e menos festas… Angu se come pelas beiradas !!!