Preço da cesta básica sobe pelo 6º mês consecutivo em João Pessoa

Segundo o Dieese, o arroz foi um dos produtos que barateou para o paraibano.

O custo da cesta básica de João Pessoa aumentou pelo sexto mês consecutivo em 2015, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta terça-feira (7). Com esse novo aumento, no mês de junho, a cidade caiu uma colocação no ranking das cestas mais baratas, passando a ocupar o terceiro lugar entre as 18 capitais pesquisadas pelo Dieese.
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Em junho, o custo da cesta básica pessoense passou a ser de R$ 309,48, ficando atrás de Aracaju (R$ 275,42) e Natal (R$ 302,76). Em relação a maio de 2015, houve elevação de 1,87% nos preços dos produtos essenciais. Na comparação com junho de 2014, o aumento foi de 9,86%.

O trabalhador pessoense cuja remuneração equivale ao salário mínimo precisou cumprir, em junho, uma jornada de 86 horas e 24 minutos, maior do que as 84 horas e 49 minutos registradas em maio, para comprar uma cesta básica. Em junho de 2014, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta foi de 85 horas e 36 minutos.

Em junho, o custo da cesta em João Pessoa comprometeu 42,69% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em maio, o percentual exigido era de 41,91%. Em junho de 2014, a parcela necessária para compra dos gêneros alimentícios correspondeu a 42,29%.

Variações nos preços dos produtos
Em junho, oito produtos registraram variações positivas e os que tiveram os maiores aumentos foram o tomate (5,88%) e a farinha (3,83%). Outros produtos tiveram elevações: carne (3,39%), açúcar (2,99%), pão (1,92%), café (0,68%), leite (0,68%) e manteiga (0,2%). Já a banana (-6,18%), o feijão (-2,76%), arroz (-1,94%) e o óleo (-0,28%) registraram reduções.

Em relação às variações acumuladas no primeiro semestre de 2015, observa-se que dez produtos apresentaram aumentos nos preços, destacando-se os aumentos nos preços do tomate (70,37%), do feijão (32,09%) e da banana (15,24%). Os outros produtos que apresentaram variações positivas foram: óleo (15,03%), pão (7,87%), açúcar (6,17%), café (4,69%), carne (4,63%), manteiga (1,77%) e arroz (1,67%). A farinha e o leite foram os únicos produtos que apresentaram redução nos preços, registrando variações de -4,35% e -0,67%, respectivamente.

Nos últimos 12 meses, oito produtos apresentaram elevação: feijão (33,51%), carne (18,38%), tomate (13,11%), café (8,52%), pão (7,87%), arroz (5,93%), manteiga (3,74%) e leite (0,34%). Quatro produtos tiveram redução: farinha (-16,19%), banana (-10,12%), manteiga (-4,61%) e açúcar (-2,82%).

1 Comentário

  • A famosa ” cesta básica no nordeste ” com altos e baixos comparados ao salário mínimo, em um país com tamanhas desproporções como o Brasil deveria ser comentado na mídia o salário dos deputados federais que com todas as benesses por eles mesmos atribuídos chegam a mais de 1 milhão de reais por ano, perfazendo um custo anual todos 513 deputados de mais de 919 milhões pagos pelos contribuintes brasileiros, falar em cesta básica e salário mínimo para o resto da população é gozação, é escárnio, é tripudiar no povo, o brasileiro é motivo de piada no exterior.
    Esta semana, hoje, notíciado na radio Gaúcha, 14 hospitais aqui no RGS reduziram a oferta de leitos em 50 %. por falta de verba SUS não repassado pelo governo federal.
    Que país é esse minha gente ? tá tudo errado.
    Até quando vamos aguentar tamanhas distorções ?
    Até quando o agronegócio vai sustentar este país ?
    A grande realidade, e temos que admitir, é que somos uns cordeiros que damos o nosso pescoço a faca para sermos degolados mansamente.

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