Farsul divulga índices de inflação do agronegócio de agosto

O estudo completo pode ser acessado em nossa área de download.

Os preços pagos aos produtores obtiveram uma alta de 4,45% no mês de agosto. Este é o segundo mês consecutivo com resultado positivo, o que garantiu que o Índice de Inflação da Receita dos Produtores (Iipr) superasse o Ipca no acumulado do ano.

Enquanto o Iipr chegou a 7,44%, o Ipca registrou 7,06% e o Ipca Alimentos, 7,30%. Desde 2012 este fato não acontecia. Os dados estão no relatório divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul relativo ao mês de agosto de 2015.

O levantamento também aponta uma forte alta nos custos de produção. O índice de Inflação dos Custos de Produção (Iicp) indica um aumento de 2,37%. No ano, o acumulado é de 7,08%, superando pela primeira vez, em 2015, o Ipca do período.
Este resultado já havia sido previsto pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul. A diferença deve ser ampliada até o final do ano, pois é no segundo semestre que acontece o maior reajuste nos custos de produção.

O principal ofensor nos custos de produção segue sendo os fertilizantes, com reajustes que chegam até 10%, que sofrem influência direta das variações cambiais, mesma situação dos inseticidas. As lavouras de soja e arroz são as mais afetadas por esses aumentos.

Já a alta do Iipr foi puxada pela soja, com aumento de 5,6%, seguido do milho (4,9%), trigo (4,8%) e arroz (2%). Porém, o preço do boi apresentou uma acentuada queda de 6,1%, em consequência da safrinha.

Os resultados de agosto mais uma vez comprovam que não existe uma relação direta entre o valor que o consumidor paga nas prateleiras dos supermercados e o recebido pelos produtores. O Ipca Alimentos teve uma queda de 0,01%, contra o crescimento do Iipr.

1 Comentário

  • Na minha região, o número é bem maior do que o divulgado acima. Só no fertilizante tivemos um aumento de de mais de 30%, sim, pois todos sabem que o “ano safra” não tem a mesma época cronológica do “ano comercial”, ou seja, para mensurar o aumento devemos contar a data de quado compramos o fertilizante ano passado até a data de compra esse ano, com toda certeza o aumento, médio, é superior a 30%. E falando em período é sempre bom lembrar que a 1 ano atrás negociamos arroz a R$ 40,00, e somente agora temos recuperando esse número… um ano depois… chegamos ao mesmo valor do ano passado…enquanto a maioria do ano tivemos arroz entre, absurdos, R$ 33,00 a R$ 35,00.
    Quanto a relação entre a prateleira e o pago ao produtor está muito claro que não tem relação alguma, pois em função da não liberação do pré custeio a indústria parou de comprar e trouxe o arroz de R$ 38,00 para R$ 33,00 enquanto o beneficiado, de duas grandes indústrias da minha região subiu de R$ 9,80 para R$ 11,90 e de R$ 11,40 para R$ 14,50 isso no período de março a maio de 2015, eu mesmo fiz essa pesquisa e tenho fotos dos valores nas prateleiras do supermercado, portanto não adianta dizer que não. Parabéns esse foi o ano da indústria, que margem hein!!!!
    Há só não vamos esquecer de repor os estoques por que está ficando muuuiiiito longe o FISCAL do FÍSICO e já se foi mais de 60% da produção, sem contar o evidente aumento do consumo de arroz, é um alimento muito barato, em vista desse desajuste na economia posso dizer com toda certeza que será mais procurado.

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