Plantio do arroz no RS alcança 26,48% da área prevista

 Plantio do arroz no RS alcança 26,48% da área prevista

Comparativo de semeadura nas duas temporadas

Apesar das chuvas intensas registradas neste mês, a semeadura deste ano está mais adiantada em relação ao mesmo período do ano passado.

Levantamento da Seção de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz, a partir de informações das equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates), aponta que houve uma pequena evolução no plantio do arroz da safra 2015/2016 no Estado em relação aos dados da última pesquisa.

O gráfico desta semana mostra que já se atingiu 26,48% (286.986 hectares para uma área total de 1.083.638 ha previstos). Na sexta-feira da semana passada (dia 16), esse número era de 21,1%. Apesar das chuvas intensas registradas neste mês, a semeadura deste ano está mais adiantada em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrava apenas 21,5% neste mesmo período de outubro (confira a tabela).

A Fronteira Oeste é a região com melhor índice: já atingiu 50,75% do previsto, com 158.426 ha do total 312.139 ha. Por sinal, Uruguaiana é o município com mais hectares plantados no Rio Grande do Sul, alcançando 58,70% (60.775 ha de 103.535 ha) do previsto neste último levantamento.

O responsável pelo Nate de Uruguaiana, engenheiro agrônomo Cleiton José Ramão, conta que o plantio tradicionalmente começa mais cedo na região, o que já explicaria o percentual avançado.

“Este ano, motivados pelas previsões de El Niño, os produtores resolveram aproveitar a janela de setembro para semear. Outro ponto que nos favoreceu é que na semana passada choveu menos por aqui do que em outras partes do Rio Grande do Sul. E o nosso relevo, mais ondulado, também nos beneficia na hora do plantio”, acrescenta.

A segunda região que mais evoluiu no plantio foi a Zona Sul do Estado, com 30,13% (52.735 ha do previsto de 175.007 há). Logo após vem a Campanha: 15,69% (25.861 ha semeados para uma intenção de 164.800 ha).

A Planície Costeira Interna registra 14,51% (21.405 ha para um total de 147.513 ha). Com 10,49% do previsto, a Depressão Central aparece no levantamento com 15.232 ha de 145.210 ha. E a Planície Costeira Externa aponta 9,59%, com 13.327 ha de um total de 138.969 ha. Torres é a cidade mais perto de concluir o plantio, com 96,52% (6.629 ha de 6.868 ha).

15 Comentários

  • Então esta chuva não atrasou em nada a Semeadura ? Mesma area, mesmo ciclo,Tudo ….Bah….Entao .arroz na Safra R$ 34,00 ??? Tão de brincadeira…

  • Montar uma tabela do excel, e inserir dados está ao alcance de qualquer um, o que os técnicos do IRGA precisam é mostrar as fontes de consultas para terem a credibilidade necessária.
    Um gráfico sem as fontes é a mesma coisa que nada.
    Em um ponto existe coerência, Uruguaiana e Alegrete em função de seu relevo, embora com temperatura mais baixa na primavera em relação as outra regiões produtoras, sempre foram os primeiros municípios a iniciarem o plantio no RGS.
    Agora afirmar que o plantio deste ano está mais adiantado que o ano passado, é tripudiar do bom senso, caiam na realidade srs. técnicos do IRGA, saiam de seus escritórios e andem pelo interior, visitem efetivamente as lavouras, tenham coragem de encarar as estradas esburacadas e com pontes quase caindo, para depois lançarem suas ” pérolas ” projetivas.

  • Quem vai acreditar nisso! Essa gente vive aonde? Perto da lavoura que náo é! O IRGA infelizmente ta cada vez mais distante do produtor. Quem fez essa análise só pode ser um imbecil!!!

  • Isso é um absurdo e entendo perfeitamente o comentário do Sr. Antonio, pelo que parece esse tipo de informação quando publicada leva a crer que a mesma carrega fortes tendencias comerciais, hoje todos sabemos que a realidade é outra, chega a ser vergonhosa tal afirmação !!! , aqui na região sul os números não chegam nem perto desses, agora o absurdo fica registrado quando afirmam que o volume plantado é superior ao ano passado no mesmo período!!!. Esses que plantaram em setembro no mínimo 30% deverá ser replantado, por alagamentos, temperaturas baixas, essas com registros abaixo de zero em alguns dias no mes de setembro.
    Por outro lado fico pensando por que o IRGA faria esse tipo de publicação explicitamente tendenciosa e na visão de quem vive a realidade do campo chega a ser vergonhosa ?
    _ Pode ser que a pesquisa foi feita em 1/2 dúzia de produtores, escolhidos a dedo, que conseguiram essa façanha, se foi isso, precisamos revisar urgentemente essa equipe de pesquisa, e por favor não deve ser considerada a área a ser replantada, não acham?
    Não acredito que o INSTITUTO RIOGRANDENSE DO ARROZ o qual representa um dos bens mais preciosos produzidos pelo nosso Estado em quantidade superior a 60% da produção nacional, tenha por objetivo esmagar o produtor que com muito sacrifício vem conseguindo sobreviver aos fortes golpes da indústria, realmente não acredito !
    Aqui vou deixar um alerta A TAXA “CDO” hoje é a principal fonte de receita do IRGA , essa taxa é paga pela indústria no valor de R$ 0,51 por saco de arroz descascado, logo quanto mais a indústria vende mais o IRGA recebe.
    Pensem nisso !!!!

  • SENDO ASSIM O IRGA não tem vantagem em esporta arroz em casca,tem que mudar a lei.

  • SENDO ASSIM O IRGA não tem vantagem em esporta arroz em casca,tem que mudar a lei.

  • Caro Elton, o IRGA recebe R$ 0,53 por saco de casca descascado. R$ 0,51 era em 2014. Aqui na região tem bastante produtores que plantaram quase a totalidade da área, teve uns 25 dias sem chuvas em setembro e bastante gente plantou, mas como disseram ali em cima uma boa parte precisa ser replantada.

  • O raciocínio do Elton tem bastante lógica, pois o RGS produzindo 8.000.000 de toneladas de arroz corresponde a 160.000.000 de sacos vezes R$ 0,53 dá aproximadamente R$ 84.000.000 de reais de taxa CDO paga pela indústria, é um bom dinheiro não é mesmo ? portanto fica explícito que a indústria sustenta o IRGA e o produtor fica relegado a um segundo plano assumindo o papel de coadjuvante , no qual a indústria é o protagonista na cadeia produtiva do arroz.
    Conclui-se então que a mesma precisa suporte informativo fornecido por esta entidade para estabelecer metas de compra e principalmente para formar o preço de compra, que quanto mais otimistas as projeções melhor se torna o mercado para a compra do casca, achatando o preço para o produtor. Me corrijam se eu estiver muito errado.

  • Vai entender ano passado fiz todo plantio em outubro e este ano plantei somente a metade da area e me considero previlegiado.da onde saem esses dados ? Daqui da fronteira nao é.

  • Francamente tá difícil de ler estes comentários, temos em nossa região muitos produtores que se preparam o ano todo para que na oportunidade que tivessem condições de semear suas áreas, o fizessem o mais breve possível, dizer que estes dados não estão certos, é faltar com respeito ( para não dizer outra coisa) com estes produtores, vários produtores trabalharam dia e noite semeando suas áreas, não dormiram com certeza por vários dias, primeiro por estarem semeando suas áreas e depois preocupados com as fortes chuvas que atingiam suas lavouras, em algumas áreas há problemas de nascimento, provavelmente tenham que ser feitos alguns ajustes nestas áreas, mas hoje estamos no dia 26/10, e eu garanto aqui, que é nestas lavouras que serão obtidas as maiores produtividades, pois o esforço destes produtores vai ser recompensado, pois estes são merecedores.

  • É isso mesmo seu Romeu. E o pior, além de tentarem desmoralizar o trabalho de quem faz os levantamentos, ainda tentam induzir os incautos a acreditar no que escrevem. Há um ano atrás foi exatamente igual.
    Quanto à taxa CDO, quem recolhe aos cofres do tesouro estadual, na forma de substituto tributário, é realmente a indústria. Algumas já tentaram, sem sucesso, não recolher esta taxa. Mas o valor é pago realmente pelo produtor, e por isso nós dizemos ser donos do Irga. Aliás foi assim que as coisas iniciaram na metade do século passado e com o passar do tempo foi virando apenas mais imposto. Parte desse valor acaba indo parar no caixa do Irga, na forma de migalhas, e a maior parte fica no tesouro estadual, o que é uma grande injustiça. A atual gestão, se propôs a mudar esse estado de coisas, e vai com certeza fazer as mudanças necessárias, pois o governo de turno se propõe a apoiar tal pleito. E acredito que, com o apoio da classe produtora esse objetivo será alcançado, pois não faz nenhum sentido o setor pagar o valor da taxa CDO e ela ficar retida no tesouro estadual. Ela deveria ir toda para o caixa da Instituição, até para que ela possa pagar dignamente o seu corpo funcional, e prestar os serviços de pesquisas a que se propõe.

  • Ha seu Walter Arns, sempre com seus comentários inteligentes, bem redigidos, porém sutis e com endereço certo, agora com aliados em terras alheias, (risos).
    Mas vamos ao que interessa, o sr realmente acredita nos levantamentos do IRGA ? Prognósticos em que os escritórios regionais não possuem carros e combustível para rodarem pelo interior, e dependem pelo menos aqui em Camaquã dos carros de seus técnicos para visitarem somente quando solicitados as lavouras de produtores ?
    O sr. tem a informação de como são feitos os levantamentos ?
    Agradeceria se o amigo nos informasse, é de interesse dos produtores aqui de Camaquã que não são alienados.

  • Obrigado Carlos Nelson, pelas referências feitas à minha pessoa!
    Se fiz os comentários publicados, é porque realmente acredito no que escrevo. Posso afirmar isso baseado nas informações daqui da nossa região, que tenho certeza, estão com um nível de precisão bastante elevados. Sei de produtores (vários) QUE JÁ CONCLUÍRAM seu plantio na semana passada, e alguns com parte da lavoura em fase de irrigação. É evidente que não posso falar pelas outras regiões, e acredito que os levantamentos feitos pelo Irga refletem realmente um quadro preocupante. Mas, como diz o Romeu, parece que não podemos generalizar a situação. Assim como na região de vocês, aqui também tem produtores em situação preocupante. Porém, se dermos uma olhada nos prognósticos de clima para os próximos quinze dias, veremos que teremos uma janela de tempo bom pela frente, o que poderá mudar substancialmente o quadro que vemos hoje.
    Obs: os produtores daqui, acho que também não são alienados.
    Portanto, reitero, até prova em contrário, acredito nas informações divulgadas pelo Irga, e as respeito, baseado no que vejo acontecer na nossa região.

  • Bom isso exp;ica tudo então, que a maior parte das áreas plantadas corresponde as varzeas altas com baragens ou não, e os 70% de areas baixas alagáveis não poderiam estar plantadas mesmo porque o tempo não deixa mesmo. MAS UMA COISA É CERTA ESSES NÚMEROS SÃO ESTIMATIVAS, QUE NÃO TRANSMITEM TOTAL CONFIANCA. SDS.

  • Sr. Romeu, acho que não entendeu, mas o que estamos contestando é o levantamento apresentado pelo IRGA, que foi usado e apresentado com o layout da reportagem acima tem forte tendência comercial como interpretou bem o Sr. Antonio e eu reforcei abaixo. De forma alguma faltamos com respeito aos produtores que, pela condição climática regional, conseguiram adiantar suas lavouras, parabéns a esses poucos que tiveram essa benção e conseguiram sim ter bons resultados, mas isso não quer dizer que esses são mais trabalhadores que os demais, a maioria passa dia e noite trabalhando, quando dá condições, e tem as mesmas preocupações.
    Mas diante disso busquei informação sobre o levantamento do IRGA na minha região; por aqui temos uma granja que iniciou os trabalhos no inicio de setembro são aproximadamente 10.000 hc, dessas, aproximadamente 1000 tiveram o nascimento comprometido “um pé aqui e outro lá” e 70 hc estão debaixo d´água, apenas essas últimas são consideradas replantio no levantamento do IRGA. Agora Sr. Walter o sr. realmente acha que arroz plantado no inicio de setembro que ainda não nasceu tem alguma chance de não ser replantado? Aproveito para dizer que hoje temos o segundo dia de chuva na região e mais uma vez paramos tudo, a janela dos 15 dias não existe por aqui. Voltando ao CDO, acho esse tópico muito interessante e temos muito a conversar sobre ele, até por que a grande maioria dos produtores nunca ouviu falar dessa taxa que na verdade é uma guia(acho que hoje eletrônica) onde são repassadas as informações de quantidade beneficiada(descascada pela industria), consumo de arroz em casca, movimento de arroz em casca próprio, MOVIMENTO DE ARROZ EM CASCA DE TERCEIROS, COM OS RESPECTIVOS ESTOQUES,movimento de arroz beneficiado próprio e de terceiros também com os respectivos estoques e rendimento. Vejam o poder dessa ferramente para fiscalização ESTOQUE FÍSICO x ESTOQUE FISCAL, numa só guia podemos validar o NOSSO ESTOQUE dentro da própria indústria, basta o IRGA cubar os mesmos e cruzar com as informações declaradas é fácil são “1/6 de indústrias” na minha região. Queremos a garantia do nosso arroz que ainda não foi vendido se mantenha armazenado e não seja descascado, porém sem fiscalização estamos totalmente vulneráveis e desamparados. Sr. Walter eu coloquei que o CDO é a principal fonte de arrecadação do IRGA, agora não sei qual percentual da mesma, porém é a principal fonte de receita sim, basta verificar em “www.irga.rs.gov.br/conteudo/5309/o-que-e-a-taxa-cdo?”. O CDO compõe o preço de venda do arroz beneficiado, assim como a comissão de compra, funrural, ascar … são sim descontados do valor que deveria ser pago ao produtor, por isso o Sr. colocou que é o produtor o real pagador, porém infelizmente isso não aparece … quem desembolsa o pagamento do corretor ? _é a Indústria …. quem desembolsa o valor do CDO ? _é a Indústria….. e desconta isso do produtor, aliás é nele que estoura todos os descontos que compõe o preço de venda do fardo beneficiado. E isso tudo por que ainda somos a ponta mais fraca é aquela história, ainda somos “UM ELEFANTE AMARRADO POR UMA CORDINHA A UMA PEQUENA ESTACA” e ficamos andando em círculos, precisamos sim de união agregarmos conhecimentos e acima de tudo precisamos de FISCALIZAÇÃO DOS NOSSOS ESTOQUES NA INDÚSTRIA, só assim teremos valorizado nosso produto que com muito suor conseguimos produzir esse importante alimento da mesa do Brasileiro e que hoje tem o menor preço do “MUNDO”, hoje 1 pessoa, no Brasil, gasta por ano R$ 83,00 …”POR UM ANO – 365 DIAS ” É UM COMPLETO ABSURDO. E quem paga TODA essa conta (PREÇO DE VENDA – CUSTO DE PRODUÇÃO) é o produtor, TEMOS QUE DAR UM BASTA !!!! Todos juntos, unidos e com o real apoio do IRGA tenho total convicção que sairemos vencedores. Abcs!

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