Clima adverso atrapalha plantio de arroz, diz Conab

No Rio Grande do Sul, principal produtor, a semeadura da lavoura de arroz da safra 2015/16 ainda não foi concluída.

A área de plantio com arroz deve encolher 6,6% na safra 2015/16, para 2,14 milhões de hectares. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apresentou nesta terça-feira, 12, o quarto levantamento de intenção de plantio, houve redução do plantio nos Estados em que os trabalhos de semeadura já foram concluídos, com exceção do Piauí e do Pará. "Há atraso na instalação das lavouras, nos principais Estados produtores, diante da situação climática adversa", informam os técnicos da estatal.

No Rio Grande do Sul, principal produtor, a semeadura da lavoura de arroz da safra 2015/16 ainda não foi concluída. As chuvas intensas e frequentes não permitem a semeadura, além das cheias dos rios que alagam as lavouras ribeirinhas. "Só o Rio Uruguai já apresentou seis enchentes durante os períodos de preparo e semeadura, represando também seus afluentes como Icamaquã, Butuí e Ibicuí, onde se localiza boa parte das lavouras da Fronteira Oeste além do rio Jacuí e seus afluentes, localizados no centro do Estado", informa a Conab.

A produção de arroz na safra 2015/16 deve diminuir 6,5%, para 11,63 milhões de toneladas, em comparação com 12,44 milhões de t no período anterior, segundo a Conab.

Feijão

O cultivo da primeira safra de feijão da temporada 2015/16 foi praticamente concluído, com significativo atraso em virtude das adversidades climáticas. "Apesar do curto ciclo de produção, as áreas plantadas apresentam lavouras distribuídas desde a fase de germinação até a colheita", informam os técnicos da Conab.

Conforme a Conab, o feijão se encontra em plena entressafra e o País tem apenas com produção da primeira safra, do interior paulista, para suprir o abastecimento interno. "Espera-se que a partir da segunda quinzena de janeiro a safra paranaense comece a entrar no mercado de forma mais significativa", estima a estatal. A tendência é que os preços continuem elevados, ocorrendo um bom estímulo para o plantio da segunda safra de feijão.

A Conab explica que o consumo nacional tem variado entre 3,3 milhões e 3,6 milhões de toneladas, acompanhando a disponibilidade interna e os preços no mercado, "que induzem o consumidor a adquirir mais ou menos produto".

A primeira safra de feijão deve apresentar uma redução de 0,9% na área plantada, segundo a Conab. Em contrapartida, deve ocorrer um aumento médio de 7,1% na produção, em comparação com os números registrados na safra anterior.

Para a temporada 2015/16, tomando os dados de produção total estimados em 3,33 milhões de t, a Conab vislumbra que, partindo do estoque inicial de 86 mil t, o mesmo consumo registrado na safra anterior (3,35 milhões de t), importações de 110 mil t e exportações de 90 mil t, resultará em um estoque de passagem na ordem de 90,6 mil toneladas, correspondente a menos de um mês de consumo.

3 Comentários

  • Será que neste ano que inicia, algum "iluminado" na CONAB teve alguma crise de bom senso ? difícil de acreditar, mas parece que algo aconteceu.
    Agora porém quantificar as perdas, em 6,5 %, já é contraproducente, mas como "chutar" números é livre e não paga imposto, podem arbitrar o que lhes forem convenientes, no entanto convencer-nos e fazer-nos crédulos é outra conversa.
    De incautos e desavisados o Brasil está cheio. Tem gente que acredita até em Papai Noel com seu trenó puxado por renas.

  • É bem singelo e modesto os 6.5%. Sim porque cada região ou cada local tem suas perdas localizadas, nós mesmos tivemos 35% de perdas , já outras lavouras do lado tiveram 65% de perdas q até abandonaram pra parar com gastos desnecessários pq não se sabe como se comportará o tempo pela frente, mas arrisco dizer que as perdas NO RIO GRANDE DO SUL FICARÁ NO MÍNIMO UNS 18,5%. ONDE A PRODUCÃO FICARÁ EM 10,13 MILHÕES DE TONELADAS NO R.G.S. ARRISQUEM SEUS PALPITES , COM UMA CALCULADORA Ë FÁCIL, fÁCIL. SDS.

  • Diretor da maior indústria do Brasil em Itaqui d me disse que estão trabalhando com uma estimativa de 10 milhões de toneladas.

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