Levantamento da Conab confirma queda substancial na produção brasileira

 Levantamento da Conab confirma queda substancial na produção brasileira

Safra brasileira será 1,2 milhão de toneladas menor e estoque garantirá abastecimento

Produção vai cair 1,22 milhão de toneladas e déficit diante do consumo será de 580 mil toneladas. A diferença será tranquilamente atendida pelo estoque interno.

 A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira, 10/3, o sexto levantamento da safra brasileira de verão 2015/16. A expectativa do organismo governamental é de que a produção total de arroz em casca alcance 11,22 milhões de toneladas, projetando uma retração de 9,8% sobre o volume colhido na temporada passada (12,44 milhões de t). A retração é de 1,22 milhão de toneladas, volume superior à produção total de Santa Catarina, por exemplo, o segundo maior Estado produtor do Brasil, que produz, em média, 1 milhão de toneladas de arroz por mês.

A previsão é 260 mil toneladas inferior à previsão divulgada em fevereiro, e já leva em conta perdas mais substanciais em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, no Tocantins, Mato Grosso do Sul e outras regiões por causa do efeito do fenômeno climático El Niño. A “safrinha” de arroz, com o cultivo imediatamente após a colheita da soja no Mato Grosso, também será menor por causa do clima adverso e o atraso no plantio e na colheita da oleaginosa.

Outro fator que deve ser considerado é que a Conab projeta um consumo de 11,8 milhões de toneladas de arroz na temporada, o que quer dizer que a safra brasileira terá um déficit de 520 mil toneladas diante da demanda local. O volume será facilmente atendido pelo estoque de passagem – público e privado -, que apesar de baixo da conta da demanda. Mas, se o Brasil quiser manter-se como exportador de volumes acima de 1 milhão de toneladas, terá que adquirir grão fora, especialmente do Mercosul, que encontra-se com estoques de passagem mais altos pela dificuldade de exportar pelas questões cambiais e a queda das cotações internacionais.

Segundo o estudo da Conab, a superfície semeada com arroz na temporada 2015/16 soma 2,03 milhões de hectares, confirmando uma queda de 11,6% diante dos 2,3 milhões/ha do ciclo produtivo 2014/15. O rendimento médio das lavouras brasileiras deve alcançar 5.526 quilos por hectare, com um avanço na ordem de 2% (ou 107 quilos a mais por hectare) sobre a média de 5.419 quilos da colheita passada.

Para a Companhia, o maior estado produtor do Brasil, o Rio Grande do Sul, terá uma safra de 7,84 milhões de toneladas de arroz em casca, com uma retração de 9,1% por causa do clima e de um recuo de área na ordem de 3,3%, para 1,08 milhão de hectares. A produtividade por área cai 457 quilos, quase meia tonelada por hectare, por causa do excesso de chuvas, enchentes, falta de luminosidade e ocorrência de doenças, todos associados ao El Niño, durante o ciclo da planta. Com isso, o rendimento cairá 5,93%, de 7,7 mil quilos para 7.243 quilos por hectare.

Diferentemente dos dados divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina na última semana, que projetou uma safra pouco superior a 900 mil toneladas, a Companhia Nacional de Abastecimento prevê uma retração de apenas 1,5% no segundo principal estado produtor de arroz do Brasil, para 1,04 milhão de toneladas. A queda está associada a perdas por produtividade.

O Mato Grosso tem uma queda mais substancial, de 18,8% em virtude da perda da “janela” de produção da safrinha, seja pela opção de parte dos produtores pelo cultivo do milho – mais valorizado – ou pelo atraso da colheita da soja. Serão 115,2 mil toneladas a menos, e um total de 497,4 mil toneladas a serem colhidas a partir do final deste mês. Na temporada passada os arrozeiros mato-grossenses colheram 612,6 mil toneladas.

A novidade no Centro-Oeste é a utilização de novas variedades da AgroNorte Pesquisas, no Mato Grosso e estados vizinhos para o arroz de terras altas. Pelo menos três variedades estão aptas a substituir o AN Cambará, variedade que revolucionou os padrões do grão no Norte do Mato Grosso pelo rendimento de engenho (acima de 55% de grãos inteiros, chegando em alguns casos a 62×8)e com produtividade acima de 5 mil quilos por hectare. A expectativa é de que o Estado siga evoluindo em termos de qualidade de grão e de rendimento por área.

20 Comentários

  • Quando o analista diz que a diferença será tranquilamente atendida pelo estoque interno, ele tranquilamente está adotando certas premissas que tranquilamente podem ser contestadas. Variações a menor na produção, entre 2 a 3%, o que pode ser tranquilamente factível, empurra o saldo para o lado negativo se, na melhor das hipóteses, exportação = importação. Se a balança pender para o lado esquerdo da expressão anterior, tranquilamente provoca uma dor de barriga na compra em algum momento. Mas por enquanto "tá tranquilo, tá favorável". O baile está recém começando.

  • Bueno, tá dado o recado. Quando todos se derem conta do rombo na produção, não duvido nada de que o arroz possa subir ainda antes do fim da colheita. Não seria a primeira vez que isso acontece. Daqui à pouco vai ser bom negócio investir em arroz pra estocar. Daí a cobra vai fumar! Não torrem seu produto! Sds

  • Brasil exportó 170751 toneladas de arroz en los dos primeros meses de 2016, un aumento de 42% en comparación con el año anterior

    Mar 10, 2016
    Brasil exportó alrededor de 170751 toneladas de arroz en los dos primeros meses de 2016, un aumento de alrededor del 42% en comparación con las 119828 toneladas exportadas durante el mismo periodo de 2015, según datos publicados por el Instituto de arroz de Rio Grande do Sul (AIGR).
    En febrero de 2016, Brasil exportó alrededor de 74701 toneladas de arroz, una disminución de alrededor del 22% en comparación con las 96050 toneladas de enero de 2016 y un aumento de alrededor del 50% en comparación con las 49915 toneladas exportadas en febrero de 2015.
    Estados Unidos siguió siendo el principal importador de arroz de Brasil en febrero de 2016 con alrededor de 34726 toneladas, o aproximadamente el 46% de las exportaciones totales de arroz de Brasil durante el mes. Suiza importó alrededor de 16550 toneladas (alrededor del 22% de las exportaciones totales de arroz de Brasil durante el mes), y Perú importó alrededor de 5882 toneladas (alrededor del 8% de las exportaciones totales de arroz de Brasil durante el mes).
    – See more at: http://www.arroz.com/content/brasil-export%C3%B3-170751-toneladas-de-arroz-en-los-dos-primeros-meses-de-2016-un-aumento-de-42#sthash.dfbYUKOX.dpuf

  • Por que Planeta Arroz no publica este tipo de información que es publica?
    Brasil exportó 170751 toneladas de arroz en los dos primeros meses de 2016, un aumento de 42% en comparación con el año anterior – See more at: http://www.arroz.com/content/brasil-export%C3%B3-170751-toneladas-de-arroz-en-los-dos-primeros-meses-de-2016-un-aumento-de-42#sthash.dfbYUKOX.dpuf

  • Bueno, también tengo una pregunta, siguiendo el raciocinio de nuestro comentarista Christian: Se las informaciones son publicas y todo contenido ya es de conocimiento de la población, cual es el significado de mas una vez hablar de los numeros de importación y exportación en esto sitio?

  • Estimado Antonio, la información es publica y esta en la Web, pero en esta pagina de "Planeta Arroz", no se publica … y es una información muy interesante para que los productores conozcan, es un dato que saco el IRGA

  • A Safra tá fraca, nos engenhos de camaqua hoje não tinha quase nenhum caminhão descarregando, também acho como falou seu Miguel que temos que segurar essa pressão do cartel das segundas e não vender arroz pra essa gente . Em Santa Catarina tão pagando 42 com 5 dias, não cobram secagem, tão dando ajuda de frete e o desconto de umidade é de 1 por 1. Ou quem puder faça EGF; vão ganhar dinheiro esse ano. Arroz vai a 50 logo ali na frente.

  • Esse ano esses especuladores vão se dar mal. É só aguentar um pouco e eles vão se dar conta . Quem tá colhendo tá reclamando da produtividade baixa e ainda tem arroz em flor com essa temperatura de 11 graus ontem….vai piorar mais.

  • Não aparecem aqui, porque na sua maioria, as matérias apresentam opiniões tendenciosas. Por exemplo, a anos, o consumo é estimado em 12 milhões de ton, esse número da Conab é só para ajustar o quadro de Oferta e Demanda. Portanto o que vai faltar para cobrir o consumo é algo em torno de 720.000 ton. Isso sem falar que a previsão para o RS é superior ao que vai ser colhido, coisa que se pode constatar pelos resultados das lavouras já colhidas. Assim, estoque interno, não vai cobrir a demanda e será necessário arroz do mercosul!!!!!!!! Olho vivo Produtor!!!!!!! Isso é opinião para ajudar na redução de preço pretendida pela indústria!!!!!

  • Falei… Não falei que a quebra vai ser de 30%!!!… Só não vê quem não quer… Fronteira-oeste colhendo em média 230 a 250 sacos por quadra e 15% de redução real de área cultivada ou perdida com enchentes… Depressão Central não sei nem se vai colher com esse frio que está chegando porque as lavouras recem estão espigando… Se livrando mesmo só a região do litoral nordeste… O RS vai colher entre 6 milhões e 6,5 milhões de toneladas… Se o dólar não cair e o arroz argentino e paraguaio não chegarem em seguida (esse é meu único medo)… Em maio teremos arroz a R$ 40 novamente… Quando a indústria terminar de se cobrar as CPRs e conseguir visualizar a grande frustração de safra… Infelizmente… Digo isso porque não torço pela desgraça de ninguém… Dai a indústria vai sair em desespero atrás de arroz… Essa é a única realidade que a gente percebe por aqui… Sem terrorismo… Sem medo de errar… É uma pena que o pessoal segue mandando arroz a depósito e alguns não conseguem reduzir área plantada… Dai o cenário seria bem pior ainda!!!

  • Tranquilamente não sei se o pais colherá 10 milhões de toneladas, pois a queixa é geral que o arroz não rende nas lavouras, e em outras épocas se via a movimentacão dos caminhão nas cooperativas e este ano ta calmo e tranquilo. QUEM PUDER SEGURAR SEU PRODUTO, QUE O FACA, NÃO ENTREGUE DE GRACA POR R$38,00 , QUE MUITAS INDUSTRIAS QUEREM NOS FORCAR A VENDER COM TERRORRRRRISMO BARATO, SÓ PORQUE É ÉPOCA DE COLHEITA E A VELHA TRADICÃO É BAIXAR O PRECO. SDS.

  • E convém lembrar que o BB tá oferecendo précusteio. É hora de escolher o depósito/secador que não esteja no grupo dos que achatam o produtor. Melhor depositar num que permita fazer EGF ou dê liberdade de venda a terceiros. E como as empresas de SC tão conseguindo pagar muito melhor o produtor e manter suas vendas no mercado? Hora de dar nome aos bois! Sds

  • Caros leitores, assinantes e colegas de Fórum. Em primeiro lugar, agradecemos imensamente pelas opiniões. Responderemos pontualmente:

    1. Caro Nelson Mucenic,que tem participado com importantes artigos em nossa home page, a informação de que o abastecimento do mercado brasileiro não está comprometido pela retração na safra e será tranquilamente atendido pela soma de safra + estoques remanescentes foi largamente difundida na Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Alegrete, pela Federarroz, e ratificada pela Câmara Setorial do Arroz, a qual integrada por representantes de institutos de pesquisas, analistas de entidades setoriais, o Governo e da Indústria. Ora, se produtores, indústria e governo falam a mesma língua, e concordam, pode-se suspeitar, mas para afirmar em contrário é preciso ter evidências superiores aos números disponíveis e à consonância existente nestes três segmentos. Correto? Mas, se você dispuser de levantamentos mais consistentes que os do Irga, da Conab, da Farsul, da Federarroz, do Mapa, e da Abiarroz, estamos à sua disposição para publicá-los, como temos feito com suas demais colaborações. Tranquila e favoravelmente.

    2. Miguel, Santo, Ricardo, Edereson e Flávio. As informações de que a safra será menor são recorrentes. Especialmente aqui no nosso fórum. Alguns dos comentaristas se repetem ano após ano falando em safras mínimas, falta de produto e preços acima de R$ 50,00. Basta analisarmos o histórico deste mesmo site. Há quem pregue o "fim dos tempos" considerando que isso determina preços de mercado. Mas, em geral, o mercado sabe muito mais sobre suas regras do que quem a lê apenas sob um único prisma.

    Sem dúvida, como frisa muito bem o Miguel em seu primeiro comentário acima, se o produtor tivesse ‘bala na agulha’ para segurar a safra – especialmente em armazenagem própria – a configuração de uma colheita menor no RS e em SC, seria a oportunidade de uma valorização em pleno primeiro quadrimestre. Mas, não é essa a leitura que o mercado – esse ente sem alma ou consideração – faz no momento. E nem é a realidade, pois estima-se que mais da metade dos produtores hoje estão financiados por indústrias e distribuidores de insumos. Ou seja, precisam arcar com os pagamentos agora.

    Santo, a informação que tu tens de que SC está pagando R$ 42,00, dando ajuda no frete, não descontando secagem e o desconto de umidade é de 1 x 1, é extremamente interessante. Nestas condições é válido, para quem puder, vender lá. Não conseguimos confirmar a informação, no entanto, com as indústrias do Sul Catarinense que procuramos, que estão praticando valores na faixa de R$ 40,00.

    Entretanto, você tem razão, e não é de hoje, que as indústrias catarinenses fazem "vista grossa" para questões de umidade e de % de defeitos em parte de suas compras. Isso porque processam 1,5 milhões de toneladas de arroz por ano e só colhem 1 milhão. Para garantirem as máquinas em produção, eventualmente são obrigados a "fecharem os olhos" para alguns critérios que no RS dificilmente se fecha.

    Porém, os catarinenses vêm enfrentando problemas no mercado, com a perda do seu "referencial de qualidade", e uma das metas do Sindarroz-SC é estabelecer critérios para evitar a compra de arroz "com defeitos e umidade acima do desejável do RS pagando qualquer preço". Aliás, isso foi tema de artigos que já publicamos aqui. Portanto, ainda que eventualmente alguma empresa tenha feito essa ótima oferta na semana passada, isso se deve a uma relação de alta demanda e baixa oferta "naqueles pagos". O que não é uma realidade em Amaral Ferrador e Camaquã, por exemplo.

    Você também tem toda a razão quanto ao quadro preocupante de se ter muito arroz em fase de florescimento e o risco de o frio (e a oscilação de temperaturas diurnas e noturnas) ampliar as perdas.

    Caro Ricardo. Se você dispõe de números diferentes dos levantamentos do Irga, Conab, Farsul e demais entidades e organismos – e do que a própria indústria, que geralmente determina os preços ao estabelecer a oferta que receberá de seus parceiros, tomadores de empréstimos e produtores usuais – teremos o máximo interesse em divulgar.

    Por hora, as análises e comentários de Planeta Arroz estão embasadas nos estudos técnicos disponíveis – que seguem critérios científicos e amostragem ampla. No momento o "que se pode constatar" é vago. Há produtores comemorando produtividades inesperadas, e outros lamentando perdas, o que torna impossível constatar o universo estadual e nacional pelas lavouras de uma microrregião e seus arredores.

    Inclusive, por sua presença assídua, temos certeza que você mesmo não acredita em opiniões ou reportagens aqui publicadas para "ajudar na redução de preços pretendida pela indústria".

    Flávio, infelizmente não concordamos com suas informações acerca da safra de 6 a 6,5 milhões de toneladas no RS, mas concordamos parcialmente com a ocorrência de cenários similares aos que você refere – sob eventuais circunstâncias como a importação, câmbio, etc… conforme pode ser acompanhado em algumas análises. Também é o caso do arroz a depósito, venda imediata para pagamento de contas – e até viabilização da colheita – e a dimensão da área plantada.

    Edereson, uma safra inferior a 10 milhões de toneladas é improvável, como você sabe. Mas, tens toda razão quanto a necessidade de o agricultor segurar o produto preços melhores. Se o produtor tivesse essa possibilidade, sem dúvida a realidade seria outra.

    Christian, agradecemos às tuas informações. Já dispomos do levantamento divulgado pelo Irga e o governo federal (MAPA/MDIC), mas estamos analisando algumas informações complementares e as publicaremos assim que tivermos concluído a checarem. Como você deve estar acompanhando, mensalmente publicamos o relatório de exportações e importações.

    O resultado, na temporada que se encerrou em fevereiro, ficou até um pouco abaixo do previsto (coisa de 50 mil toneladas).

    No mais, agradecemos à atenção de todos e os convidamos para seguirem dando suas opiniões, sempre válidas, neste fórum. Concordando ou discordando, o importante é que possamos conhecer o ponto de vista de cada um e, daí, buscarmos conhecer e difundir um pouco mais desta cadeia produtiva.

    Obrigado.

  • Gracias es siempre interesante poder tener una información completa en este portal del mundo del arroz.
    Saludos

  • Não sei bem com que objetivo o planetaarr tenta fazer pressão no sentido de baixa de preços que em nada ajuda o setor exaurido que já vendeu arroz a estes preços baixos a 13.anos atrás. Agora sei com toda certeza que tem cooperativas catarinenses pagando 42 pra pagamento essa semana.

  • É claro que cada um procura puxar o assado pro seu lado, e realmente o mercado deve saber mjuita coisa, pq sempre tem o individados q se desesperam e muitos são colonos sérios q logo querem quitqr suas dívidas e os mercadistas espertos estão atentos. Mas se esse ano até agora só tem colhido 13% qdo deveria estar quase 50 %, Não deverá mudar muito esta situacão até abril, pq colheitas de area de enchentes só em maio e mesmo assim muitas lavouras só restou a metade ou menos e se alguém replantou em janeiro terá quabra maior. Mas gostei muito do contraposto do planeta arroz a comentar os comentário. Sds.

  • Informações Lucidas e Coerentes com a Realidade…..Parabéns MODERADOR….

  • Muito boa a intervenção do moderador. Mas os números ainda são estimativos. Apenas não concordei com a forma prevista de que o mercado vai navegar de modo tranquilo.

  • Aguardemos os números finais… Em breve saberemos o que colheremos…

  • Não achei coerente não aceitarem que tem indústria comprando a 42,00, o sr Miguel disse Q vendeu a esse preço e tem engenho na região de Tapes /Barra pagando tbem esse valor. Subiram .50 centavos.

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