Líder nigeriano diz que prefere passar fome a receber arroz da China

Para ele, é hora da Nigéria diversificar a sua produção de grãos e produtos fabris e assegurar o seu autosustento.

O líder nacional do Congresso Progressista (APC), Asiwaju Bola Ahmed Tinubu, da Nigéria, afirmou que prefere passar fome a ter que aceitar uma xícara de arroz da China ou da Índia. A declaração ocorreu logo após ele receber o grau de Doutor Honóris Causa em Administração de Empresas na Usman Dangodiyo Universidade, em Sokoto.

Para ele, é hora da Nigéria diversificar a sua produção de grãos e produtos fabris e assegurar o seu autosustento. "Vamos nos alimentar. A mudança não é sobre o conforto de hoje, mas o sucesso de amanhã. Temos de começar a fazer as coisas por nós mesmos. A Nigéria deve ser para os nigerianos. Nosso renascimento deve vir de nossa prosperidade, de nossas casas, deve ser a obra das nossas mãos. O melhor de amanhã ainda está por vir ", disse ele para uma plateia entusiasmada.

Ele também destacou que a mudança do perfil produtivo do País passa pelo controle da corrupção e o fortalecimento dos governos empreendedores. "As preocupações de ontem sumiram, como o vento. O que precisamos fazer agora é trabalhar duro para a diversificação da economia. Temos que mudar; temos de continuar a crescer na produção de grãos, da nossa comida. O valor da nossa educação só pode ser refletido sobre o que fomos capazes de fazer por nós mesmos e para o desenvolvimento do nosso país ", acrescentou.

Ele descreveu que uma nação bem sucedida alimenta aos seus cidadãos. O líder APC elogiou Presidente Muhammadu Buhari por seu compromisso sustentado para mudar. Em seu discurso, o presidente Buhari, que foi representado pelo Secretário Executivo, National Universidades Comissão (NUC), Prof. Júlio Okojie, disse que o governo federal tinha criado um fundo nacional de pesquisa para incentivar as universidades desenvolver atividades de investigação para evoluir no desenvolvimento de tecnologias para o crescimento da produção de trigo e arroz.

O Brasil vem buscando retomar as exportações de arroz para a Nigéria, segundo maior importador do grão no mundo, que pratica sobretaxas que tornam inviáveis as vendas do cereal gaúcho àquele país. Mesmo com leve redução da barreira tributária, as autoridades nigerianas insistem em que têm potencial para produzir mais e se autosustentar, mas analistas internacionais prevêm aumento no ingresso de cereal importado nesta temporada. Estima-se que a Nigéria importe mais de 3 milhões de toneladas de arroz, sendo metade desse volume em contrabandos via países vizinhos. Formalmente, os maiores fornecedores da Nigéria são Tailândia e Vietnã.

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