Colheita do arroz exige vendas cautelosas na Tailândia

Negócios serão concentrados nas exportações para não influenciar cotações domésticas.

O governo da Tailândia fará uma pausa em seus esforços para se desfazer dos estoques de arroz do Estado e conter qualquer impacto negativo sobre os preços no mercado interno, já que uma nova colheita começa a ser comercializada. De acordo com Duangporn Rodphaya, diretora-geral do Departamento de Comércio Exterior, com a temporada anual de colheita do arroz começando mais cedo, as vendas de arroz devem ser realizadas com cautela.

"As autoridades estudam os melhores períodos e tipos de grãos para a comercialização, e ajustando critérios para cumprir com as condições de mudança", disse. Segundo ela, o governo controla atualmente 8,4 milhões de toneladas do grão, em base casca, das quais a metade é de arroz de boa qualidade e o resto é adequado apenas para uso industrial.

A quantidade de estoques de arroz do Estado caiu cerca de 60%, depois de ter alcançado 18,7 milhões de toneladas acumuladas através de vários esquemas de subsídios entre 2011-14. No início de setembro, o primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha disse às autoridades competentes que o governo irá acompanhar de perto os preços antes de realizar uma nova rodada de leilões de arroz. O premier garantiu que as vendas aceleradas de arroz em grandes quantidades pode prejudicar os preços domésticos, enquanto o mercado global é provável que seja não reativo a uma maior produção.

A Tailândia tem previsão de produzir 23 milhões de toneladas de arroz em casca nesta que é sua principal época de colheita. O grão está entrando gradualmente no mercado desde o final de setembro.

Desde o maio 2014, 8,6 milhões de toneladas de arroz foram vendidas em 18 leilões, buscando 89 bilhões de baht. As negociações governo-a-governo descarregaram cerca de 3,8 milhões de toneladas, no valor estimado de 50 bilhões de baht.

O Comitê Nacional de Política de Arroz, presidido pelo premier, no mês passado também aprovou medidas para incitar os agricultores a atrasarem as vendas de arroz. As medidas incluem 1.000 baht em dinheiro para os produtores de arroz, a título de adiantamento da comercialização. Além disso, há uma bonificação de até 4% nos juros de financiamento de capital – até a soma de 1,24 bilhões de baht – para indústrias e cooperativas agrícolas que concordam em estocar arroz em seus armazéns durante seis meses.

De acordo com Duangporn Rodphaya, a Tailândia, até 18 de outubro de 2016, vendeu 7,9 milhões de toneladas ao exterior, uma queda de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado, com um valor de exportação de 126 bilhões de baht, em queda de 8,4%.

Em uma tentativa de estimular as vendas de arroz no final do ano, o Departamento de Comércio Exterior está programado para levar delegações públicas e privadas tailandesas para visitar potenciais compradores, como Indonésia e Malásia, em novembro.

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