Novembro encerra com preço estável para arroz e pouca liquidez

Enquanto a indústria indica um cenário baixista, devido à entrada do produto externo a preços mais atrativos que os nacionais, pressionando as cotações internas, os produtores avaliam o quadro de oferta e demanda nacional ajustado.

O mercado brasileiro de arroz encerrou o mês de novembro com preços praticamente estáveis, devido à influência de fatores conflitantes. Enquanto a indústria indica um cenário baixista, devido à entrada do produto externo a preços mais atrativos que os nacionais, pressionando as cotações internas, os produtores avaliam o quadro de oferta e demanda nacional ajustado, que indica a possibilidade de novas elevações nas cotações.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, o resultado imediato desta conjuntura é a ampliação da diferença entre compradores e vendedores, reduzindo significativamente a liquidez neste momento. “É importante destacar, no entanto, que é pouco provável que as cotações apresentem reajustes positivos neste último mês de ano, tendo em vista que as indústrias de grande porte seguem bem abastecidas, além de que este é um período em que habitualmente a procura no varejo diminui”, pondera. Dentro deste cenário, o câmbio e os dados da balança comercial se tornam fundamentais para o mercado.

Na quinta-feira (1), a média de preços no Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, ficou em R$ 49,01 pela saca de 50 quilos do grão em casca, ante R$ 49,21 na semana passada. Frente a igual período do mês passado, acumula perda de 0,10%. Ante o mesmo período de 2015, a elevação ainda era de 18,76%, quando valia R$ 41,27 por saca.

Segundo a Equipe de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Estado tinha 96,95% da área plantada com arroz na safra 2016/17 até o dia 1 de dezembro. Foram plantados 1.058.082 hectares. Na semana anterior, o percentual semeado era de 91,3%. A área total no estado deve ser de 1,091 milhão de hectares.

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