Mesmo sem encontrar arroz de plástico, Jamaica mantém restrição ao produto asiático

Caribenhos permitem ingresso apenas do arroz da Guiana e Suriname para abastecer a ilha.

Uma série de testes realizados no arroz importado pela Jamaica não apresentou resultados que confirmassem a presença de "grãos de plástico", disponíveis para o consumo da população. A afirmação é do ministro da Indústria, Comércio, Agricultura e Pescas Karl Samuda. Segundo ele, amostras de arroz testadas pelo Bureau of Standards Jamaica (BSJ) não retornaram resultados adversos.

Um programa da televisão jamaicana no domingo mostrou uma mulher cozinhando ‘arroz plástico’, numa denúncia similar aos casos que vêm se espalhando na Ásia e na África. A notícia provocou medo entre os consumidores, que passaram a exigir providências do governo da ilha, uma vez que a denúncia informava que o produto poderia ser tóxico.

Autoridades da Agência de Alfândega da Jamaica (JCA), Ministério da Saúde, Ministério da Indústria, Comércio, Agricultura e Pescas (MICAF), BSJ e Comissão de Assuntos do Consumidor (CAC) disseram aos jornalistas que ainda não tinham localizado a fonte do produto apresentado na TV, nem poderiam dizer se ele realmente chegou às prateleiras de atacadistas e supermercados. Amostras para testes foram retiradas das prateleiras dos supermercados em Manchester, local em que o arroz falso foi supostamente comprado.

O JCA também temporariamente cessou a liberação de arroz em todos os portos de entrada nesta terça-feira, dia 13 de dezembro.

O ministro Samuda, falando aos jornalistas em seu escritório de New Kingston, afirmou: "Não havia absolutamente nenhuma evidência de contaminação em amostras testadas pela BSJ".

Ao mesmo tempo, o ministro disse que é muito importante que aos jamaicanos não seja negados o alimento básico, razão pela qual o governo liberou o ingresso e o consumo do arroz importado da Guiana e do Suriname. Atualmente, a Jamaica importa arroz de Trinidad e Tobago, Estados Unidos, Guiana, Suriname, Tailândia, China, Vietnã e Índia. As cargas dos demais países seguem com o ingresso suspenso, com especial atenção àquelas com origem na Ásia e na África, onde já existem denúncias de arroz falsificado.

A liberação dos países da América do Sul se dá porque ambos são considerados parte do "nosso" mercado e integrantes do acordo Caricom e que o governo nunca teve uma razão para duvidar da boa procedência de seus produtos.

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