Primeiro levantamento Irga/UFSM prevê produção de 8,24 milhões de toneladas

Até o momento a lavoura gaúcha indica safra igual ou superior à média histórica na temporada 2016/17 e produtividade de 7.554 quilos por hectare.

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgaram nesta quinta-feira o primeiro boletim de previsão de safra realizado em conjunto e sob novo modelo de consulta. Apesar da inovação no método científico, não houve grande novidade em relação ao resultado que já vinha sendo projetado pelo modelo antigo – de amostragem através dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão (Nate’s) e até o momento confirma-se a estimativa de uma safra cheia, que deve chegar a 8,24 milhões de toneladas do cereal em casca.

Até o momento, a probabilidade de a próxima safra ser igual ou superior a produtividade média histórica para as seis regiões orizícolas é muito alta, segundo o boletim. “Essas probabilidades indicam que não há previsão de quebra para a safra 2016/17 caso as condições meteorológicas sigam favoráveis ao desenvolvimento das plantas e os produtores mantenha o manejo recomendado pela pesquisa”.

A previsão atual de rendimento médio por hectare é de 7.554 quilos, ou (151 sacos de 50 quilos. O volume, segundo a publicação, é similar à média observada pelo Irga entre os anos agrícolas de 2010/11 a 2014/15: 7.539kg/ha ou 151 sc/ha. É também 9% maior do que a produtividade média do estado no ciclo 2015/16: 6.928kg/ha ou 138,5sc/ha. O volume multiplicado pela intenção de plantio consolidada pelo Irga em 1,091 milhão de hectares, alcança 8,24 milhões de toneladas, volume muito aproximado aos 8,3 milhões inicialmente divulgados.

O relatório também informa que o desenvolvimento vegetativo das plantas está mais avançado nas lavouras da Campanha, Zona Sul e Fronteira Oeste, região na qual ocorrerá em primeiro lugar a diferenciação da panícula (ponto de algodão) no estado. O boletim é quinzenal.

A projeção do Irga/UFSM é muito similar à estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgada no início da semana, apesar das metodologias distintas: 8,26 milhões de toneladas. Ambas confirmam a expectativa de recuperação de 1 milhão de toneladas na safra gaúcha, depois das perdas registradas pelo fenômeno El Niño na temporada passada. Ainda assim, os números só fazem confirmar que produção e consumo no Brasil serão muito ajustadas também no próximo ano comercial.

6 Comentários

  • Como sempre a carreta na frente dos bois!!!!
    Mau encerrou o plantio, e já sabem quanto vai produzir!!!! è um saco isto!!!!!

  • Dizem nesse espaço que o Irga nao conta com muito recurso. Gostaria de saber quanto eh a arrecadaçao anual somente com a taxa CDO ? Alguem sabe informar? O Irga tambem tem outras fontes de receitas??? Alguem pode me informar quais sao e que valores??? Pois bem… Nao precisa ser especialista para saber que se tudo correr normal teremos uma safra maior que nos anteriores… As lavouras estao mais adiantadas… Nao tem aquela chuvarada dos anos anteriores… Por enquanto temos agua em abundancia e bastante sol… Nenhuma novidade… De ruim eh que os consumidores estao mudando o perfil… Depois de varias campanhas dizendo que arroz engorda a gurizada acredita que hamburgers, quibe, batata-frita, pizzas, etc… sao alimentos mais saudaveis e que arroz com feijao eh comida de pobre… Se nao quisermos quedas verriginosas nos preços novamente temos que incentivar campanhas sobre a importancia do arroz em nossa alimentaçao… Na China e Japao as pessoas sao magras e atingem ate 120 anos e nem assim deixam de comer arroz varias vezes ao dia… Nosso arroz nao esta envenenado… Nosso arroz eh o melhor do mundo!!! Ah como um terminal exportador de arroz nos faria bem… Se querem vender arroz a 50 ano que vem teremos que exportar 2 milhoes de toneladas… Começando bem no cedo… O governo vai querer oferecer AGF mas corram pra longe… Mais importante que uma grande colheita eh que o produtor consiga ter lucro!!!

  • Prezado Carlos Azambuja, isso é uma estimativa, não quer dizer que irá se concretizar, por isso normalmente as estimativas são divulgadas de tempos em tempos e atualizadas, dependendo dos acontecimentos elas vão se alterando. Acalma o seu coração, deixa o sofrimento para os perús, pois se aproxima o Natal, os preços do arroz não irão recuar tanto, até por que são estimativas, poderá ou não acontecer. Boa semana!!!!

  • Fiquei um tempo afastado aqui dos comentários e lendo alguns agora, notei que esta tudo igual, produtor reclamando dos preços, indústria reclamando dos preços e ninguém se da por conta que é o mercado na qual estamos inseridos, mais os fatores ligados a produção (clima, volume de produção e etc…) que regulam os preços, não é por que sou produtor e o meu custo de produção é R$ 30,00 por saca, que eu vou conseguir vender a R$ 60,00, se fosse assim, seria o céu. Os produtores que ainda não estão olhando além das porteiras, esses terão problemas meus amigos!!!!
    Se a indústria tiver mercado para vender arroz, com o casca equivalente a 50,00, vai vender, caso contrário, irá buscar alternativas de suprir sua necessidade ou vai ficar parada, vendo os custos engolir seu patrimônio.

    Vejamos:

    Em 2006 o arroz valia R$ 16,12, 3 anos mais tarde em 2009 sua cotação chegou a R$ 32,24, em 2011, 2 anos após, recuou R$ 18,00, em 2012 passou para casa dos 39,00 e de 2013 a 2015 se manteve entre os 33,00 a 40,00 e somente em 2016 rompeu os tão sonhados 50,00.

    Se olharmos o histórico dos preços nos últimos anos, até 2013 os preços eram lá em cima e depois lá em baixo e de 2013 em diante a curva mais subiu do que desceu, mérito dos produtores que ser organizaram e diversificaram com soja e outras culturas.

    Portanto seu Flavio é baixar a cabeça e trabalhar, por que os produtores já tiveram bastante conquistas e não podem e nem deve ficar com essa conversa que a Indústria é a vilã de tudo.

    Trabalha, se organiza, reduz custos, que o resultado aparece!!!!

    Boa semana a todos.

  • Entao temos que ficar quietos acomodados seu Alexandre para acontecer o mesmo que aconteceu entre 2003 onde o preço caiu de 43 para 16… Temos que trabalhar que nem boi de carreta e aceitar tudo que nos empurram goela abaixo… Pelo andar da carruagem o Sr. eh mais um daqueles que querem o arroz caia para 35 pila em março ou nao??? Nao vou me conformar jamais com aqueles que nao tem visao alem do proprio bolso… Temos que trabalhar por um terminal exportador de excelencia dai sim poderemos comprar todo o arroz dos hermanos… poderemos plantar 2 milhoes de hectares e colher 16,5 milhoes de toneladas de arroz… Serei o primeiro a incentivar o aumento da produçao no Brasil desde que nao atravanque nosso fragil mercado interno. Fale com o pessoal que conseguiu plantar que o Sr. vai entender a minha preocupaçao e peço que apareça algum produtor que conseguiu plantar com um custo inferior a 47 pila… Nao vale o pessoal dos pre-germinado… Que mostre o rosto o milagreiro!

  • Nada disso Sr. Flavio, o senhor esta igual a perú em véspera de Natal, sofrendo uma barbaridade…no momento não vejo a possibilidade do arroz vir a custar 35 pila, salvo se aconteça alguma ação que afete o mercado. Portanto acalme seu coração, vá a Rivera no Uruguai e compre umas espumantes para brindar com a sua familia o ótimo ano que todos os produtores tiveram e um 2017 que será melhor ainda…Boas Festas!!!

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