Estudo mostra itens que mais pesam no custo de produção do arroz

As análises abrangem os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Maranhão, principais regiões produtoras.

Os itens que apresentaram maior participação nos custos de produção do arroz nos últimos 10 anos foram os fertilizantes, as operações com máquinas, os agrotóxicos e as sementes, que juntos representam, em média, 59,69% do custo variável. Os dados estão no 4º volume da série Compêndio de Estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), lançado nesta quarta-feira (21). O estudo analisa a evolução dos custos entre os anos safra 2007/2008 e 2016/2017.

O trabalho, elaborado pela Superintendência de Informações do Agronegócio da Conab, apresenta informações a respeito da evolução tecnológica da produção de arroz e seus impactos na rentabilidade dos produtores. Os dados poderão ser utilizados por agentes públicos e privados no desenvolvimento de projetos, programas e ações, com vistas ao desenvolvimento dessa cultura.

As análises abrangem os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Maranhão, principais regiões produtoras. Além de compilar dados sobre as particularidades das diferentes regiões arrozeiras do país, o estudo também oferece subsídios para a compreensão e melhoria do seu processo produtivo, além de contribuir para o desenvolvimento tecnológico e para a rentabilidade do produtor de arroz irrigado e sequeiro no Brasil.

De acordo com a publicação, o maior índice de participação nos custos variáveis são os fertilizantes – média de 22,95% – principalmente nos locais que cultivam o arroz sequeiro, que apresentam maior custo por saco durante o período analisado, quando comparado ao irrigado. Já a participação média das operações com máquinas representa 15,69% do total dos custos variáveis, que são influenciadas pelo preço de óleo diesel, gastos com filtros e lubrificantes, potência das máquinas e preço dos equipamentos novos, além do preço da energia elétrica, no caso dos sistemas irrigados. No caso das sementes, apresentam participação média de apenas 6,21% nos custos variáveis.

O estudo mostra, ainda, que Uruguaiana/RS é a região mais produtiva, com o menor custo de produção e as melhores características para o cultivo do arroz, como alta radiação solar, umidade e temperatura. Cachoeira do Sul e Santo Antônio da Patrulha, também no Rio Grande do Sul, são as regiões com maiores custos de produção e menores produtividades.

4 Comentários

  • Legal, a CONAB já sabe que fronteira oeste é a região de maior produtividade do estado, que novidade héim ? conseguiram descobriram que os solos de uruguaiana e Alegrete são os mais férteis aqui do RGS, que progresso.kkkkkkk

  • Tem dois erros crassos na minha opiniao… o custo com mao-de-obra e impostos sociais beira a 15% sem incluirmos as tradicionais porcentagens. E quem paga arrendamento (terra e agua) pode incluir mais 10% nessa conta, alem dos custos financeiros com juros e CPRs. Provavelmente esse estudo esteja mais pra produtor capitalizado… A realidade entre nos eh bem outra, mas o estudo se presta para mostrar que o dolar baliza tudo e que os preços publicos e os impostos praticados pelo nosso governo ainda sao estratosfericos!!! Feliz Natal meus amigos e que em 2017 me sobre uns cobres para ir a Riveira comprar uns espumantes !!!

  • Absurdo o que vi hoje, dia 26 no Rural Notícias do Canal Rural: FARSUL e FEDERARROZ pedindo para Brasília EGF, AGF, PEPRO, Contrato de Opção, ……. Vão gastar o nosso dinheiro buscando mercado externo! Já esqueceram o que o governo faz com o produtor quando tem arroz na mão? Os atuais dirigentes destas entidades não representam o que penso sobre mercado!

  • Estimados colegas!
    De tão absurdo que é, custo a acreditar no que o Fernando comentou acima.
    Essa empresa chamada Conab, na verdade nem deveria mais existir, muito menos fazer algo tão inútil quanto formar estoques reguladores. E o pior, depois volta ao mercado, prejudicando a todos os produtores justo quando vislumbramos alguma esperança de lucro em nossa atividade. Da última vez que ela fez isso ficou anos nos prejudicando com os tais “estoques reguladores”. Além disso, jamais nos informa o quanto custam ao contribuinte brasileiro os tais “estoques”, porque se o fizer, creio que qualquer ministro da agricultura com um mínimo de seriedade e bom senso se daria conta que tem que fechar esse órgão.
    Agora vem publicar um tal “compêndio de estudos”, para nos dizer coisas óbvias e conhecidas desde há muito tempo. Mas esquece de informar por exemplo, que nosso custo de irrrigação na fronteira oeste é o mais alto do estado, devido às condições topográficas. E o frete para compra de insumos e exportação de arroz é o mais alto também. Por isso temos que ter as mais altas produtividades, senão seríamos excluídos do mercado.

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