Estação Experimental do Arroz do Irga, uma história com mais de 70 anos

 Estação Experimental do Arroz do Irga, uma história com mais de 70 anos

Vitrine Tecnológica está implantada na área da EEA

A EEA do Irga sediará a 27ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz.

A Estação Experimental do Arroz (EEA) foi criada em 1939, um ano antes de nascer o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ela está localizada na Avenida Bonifácio Carvalho Bernardes, nº 1.494 em Cachoeirinha, Região Metropolitana. O objetivo de sua criação era gerar tecnologias para o desenvolvimento da cadeia do arroz em todo o Rio Grande do Sul.

Paulo Sérgio Carmona, engenheiro agrônomo e pesquisador aposentado do Irga, não só trabalhou como também viveu na Estação Experimental pelo período de 20 anos entre as décadas de 60 e 80, quando a Estação ainda pertencia à Secretaria da Agricultura do Estado. Carmona chegou à EEA trabalhando como técnico científico da Secretaria. "Havia poucos técnicos na época, eram somente cinco de nível superior e havia uma interação muito grande entre todos. A Estação fez parte da minha vida e da vida da minha família", lembra.

Quem também fez parte desta historia é o gerente de Divisão de Assistência Técnica do Irga, Athos Gadea, que deu os primeiros passos nas instalações da EEA na década de 50, quando o pai, Delcy Gadea de Freitas, atuava na área de sementes da Estação e, posteriormente, trabalhou como gerente da Divisão e de Pesquisa e, após, assumiu como diretor técnico. "A minha história se mistura com a história da Estação, nós acompanhamos a evolução das atividades lá dentro. E eu acho muito importante que os pesquisadores do Instituto trabalhem unidos, como naquela época, com foco nas necessidades da lavoura de arroz do RS", enfatiza Gadea.

A construção do local foi tão significativa para o setor orizícola nacional, que algumas cultivares levaram a sigla da Estação em seu nome, como a EEA 404, lançada nos anos 60, sendo a primeira a contribuir para elevar a produção de arroz no RS. No final da década de 70, a cultivar BR Irga 409 revolucionou a produção e a qualidade do arroz gaúcho, cultivada até hoje na Fronteira Oeste.

A EEA está localizada em um terreno com extensão de 180 hectares, onde 70 deles são destinados para áreas experimentais de arroz, soja, milho e pastagens. As lavouras são divididas em parcelas que recebem diferentes cultivares e sementes certificadas. Toda esta parte é orientada por um grupo de 30 pesquisadores que contribuem com conhecimento e experiência no setor para desempenhar um trabalho de excelência.

A seção de informação e documentação (Blioteca Virtual), também faz parte da Divisão de Pesquisa da autarquia. São 23 pesquisadores trabalhando em regime de 40 horas e três consultores com experiência acadêmica e de pesquisa na área de agronomia, que recebem Bolsa de Produtividade do CNPq: Dr. Atualmente, conta também com sete grupos de pesquisa desenvolvendo atividades em laboratório e campo na EEA/Irga, nas áreas de: Ecofisiologia e Interferência no Arroz Irrigado; Manejo Conservacionista de Solos Arrozeiros; Núcleo de Pesquisa e Extensão em Fitossanidade; Microbiologia e Toxicologia em Agroecossistemas; Melhoramento Genético; Produto Pós-colheita; e Qualidade de Sementes.

Seção de Melhoramento

A Seção de Melhoramento Genético desenvolve atividades na área de pesquisa para o desenvolvimento de cultivares de arroz irrigado convencionais e híbridas, adaptadas ao cultivo do Estado do Rio Grande do Sul. A seção conta com cinco pesquisadores e 11 técnicos agrícolas.

Seção de Agronomia

A Seção de Agronomia atua sobre os fatores de produção ligados ao manejo geral da cultura do arroz irrigado, desmembrada em Seção de Fitotecnia e Seção de Solos e Águas. A Fitotecnia conta com o trabalho de um responsável e cinco pesquisadores. Já a Seção de Solos e Águas conta com um chefe responsável, quatro pesquisadores, dois consultores, sete pessoas atuando no campo e quatro no laboratório.

Seção de Pós-Colheita

A Seção de Pós-Colheita realiza ações de pesquisa e extensão relacionadas à colheita, transporte, recepção e pré-limpeza, secagem, armazenamento e conservação do arroz em casca, visando à preservação da qualidade e minimização de perdas para proporcionar maior ganho financeiro aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. São dois técnicos agrícolas e um engenheiro agrônomo responsável pelo local.

Seção de Sementes

A Seção de Sementes desenvolve atividades na área de produção de sementes das categorias Genética e Básica, coordena a atividade de certificação de sementes de arroz irrigado no Rio Grande do Sul e desenvolve pesquisas na área de tecnologia de sementes. Além de uma engenheira agrônoma responsável pela seção, mais um pesquisador, quatro técnicos agrícolas, seis profissionais na equipe de apoio técnico e dois estagiários.

Seção de Informação e Documentação

A Seção de Informação e Documentação presta serviço de orientação aos usuários, empréstimos interbibliotecários, serviço de reprografia, Comutação Bibliográfica (Comut) e acesso à Biblioteca Virtual do Irga (http://biblioteca.irga.rs.gov.br/irga/). Uma chefe, uma recepcionista, uma estagiária e mais uma colaboradora conduzem os trabalhos no local.

Abertura Oficial da Colheita do Arroz na EEA

Por estas e outras razões, o local foi escolhido para sediar pela terceira vez a Abertura Oficial da Colheita do Arroz que este ano acontece entre os dias 16 e 18 de fevereiro. O mesmo aconteceu em 2008 e 2009. Segundo o gerente de pesquisa do Irga, Rodrigo Schoenfeld, a Estação possui todas as condições para realização da Abertura da Colheita. "Nós queríamos a abertura de volta a Cachoeirinha. Como a própria Federarroz vem dizendo, acho que é um momento que nós temos de mostrar para a classe política, para os empresários e para a sociedade presentes no evento, a importância que um órgão como o Irga tem para o setor" afirma.

A Abertura Oficial da Colheita do Arroz tem o objetivo de desenvolver o setor orizícola, reunindo produtores, autoridades, entidades e empresas do agronegócio do arroz com a finalidade de mostrar, a campo, os últimos avanços científicos e tecnológicos na cultura do arroz, bem como discutir a realidade sócio-econômica do setor em nível nacional e internacional. O evento contará com uma extensa programação, com a Abertura Oficial da Colheita, vitrines tecnológicas, fóruns técnicos e mercadológicos, além de outras atrações. Este ano, além de uma lavoura principal de arroz, o evento contará com uma lavoura de soja, fomentando a rotação entre as duas culturas. "O Irga está focando em toda propriedade. A nível nacional, nós temos que mostrar que este Instituto é responsável pela segurança alimentar deste País", declara o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.

E os preparativos para a Abertura Oficial da Colheita do Arroz estão bem adiantados, é o que garante Schoenfeld. "A estação está pronta, eu acredito que até o dia dez ela esteja finalizada e pronta para realizar o evento. Toda a parte técnica e parcelas de arroz e de soja estão prontas. Estamos entrando na fase final de acabamento, limpeza, colocação de placa e faixas" explica.

A Abertura Oficial da Colheita é organizada pela Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e conta com o apoio do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.colheitadoarroz.com.br.

Fonte: Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)

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