México concede à Tailândia quota de importação de arroz livre de impostos

 México concede à Tailândia quota de importação de arroz livre de impostos

Apiradi Tantraporn, ministra do Comércio da Tailândia, aposta em expansão das vendas para a América do Norte e Central

Brasil tenta há dois anos entrar no mercado mexicano em condições especiais, recebe sondagens da iniciativa privada, mas não consegue autorização do governo norte-americano.

 A Tailândia recebeu autorização do governo mexicano para exportar uma cota de arroz branco de grãos longos para o México como parte de uma tentativa de baixar o preço do cereal e atender a demanda do mercado no país da América do Norte, segundo confirmou nesta quarta-feira (15/3) a ministra do Comércio do país asiático, Apiradi Tantraporn.

O segundo maior exportador de arroz do mundo, atrás apenas da Índia nas três últimas temporadas, foi colocada em par de igualdade com os outros países que já têm o benefício: Argentina, Índia, Itália, Uruguai, Vietnã e Estados Unidos. Sobre o arroz dos demais países há uma taxa de 20%", informou a dirigente tailandesa..

Ainda de acordo com Apiradi Tantraporn, o México anunciou a isenção do imposto sobre quotas para a importação de cinco categorias de arroz, totalizando 150 mil toneladas. A medida entrou em vigor em 2 de março e dura até 31 de dezembro de 2017.

"Estas 150 mil toneladas representam 13% do consumo do cereal naquele país, que em 2016 alcançou 1,125 milhão de toneladas. Quase 83% deste volume foram importados", explicou a ministra. De todo o arroz importado pelo México em 2016, a Tailândia foi o quarto maior fornecedor, com apenas 7.690 toneladas de arroz branco de grãos longos. Os EUA, o Uruguai e a Argentina foram os três primeiros, respectivamente.

O Ministério do Comércio atribuiu o sucesso da missão ao Centro de Comércio da Tailândia no México e a coordenação com importadores de arroz tailandês no país norte-americano, incluindo Kume, Almacenes Vaca, Novalimentos e Verde Valle. "O grupo Kume entrou em contato com o governo do México para solicitar a candidatura à essa cota especial, isenta de tributos. A sugestão casou com um projeto do Departamento de Promoção do Comércio Internacional da Tailândia, que busca alcançar 37 agências da loja Costco México com arroz asiático entre abril e setembro de 2017", disse a ministra.

Apiradi disse que esta é uma boa oportunidade para a Tailândia ampliar suas vendas ao México e à América Central, e que outras ações estão sendo adotadas pelos exportadores tailandeses e o governo para alcançar maior competitividade e participação no mercado, divulgando a qualidade diferenciada do arroz e fornecendo informações sobre os sistemas de produção do tigre asiático.

Segundo a ministra, a logística também deve ser melhorada para reduzir os custos de exportação em sua base. "Se os exportadores de arroz conseguirem conquistar mais participação de mercado no México, este será estratégico, pois a vantagem deverá ser estendida aos mercados de outros países da América Latina", reforçou.

Há dois meses o Paraguai anunciou também um acordo bilateral para comercializar arroz com o México. O Brasil está há dois anos em negociação, mas as solicitações travaram no Ministério da Agricultura do país norte-americano. A cadeia produtiva brasileira acredita que se trata de algum tipo de retaliação influenciada pelo grande fornecedor do continente, os Estados Unidos.

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