Indicador FAO mantém média, mas por causa dos aromáticos

 Indicador FAO mantém média, mas por causa dos aromáticos

Ritmo tímido do comércio mundial vem enfraquecendo negócios do índica (maior qualidade) e mantém a estabilidade do japônica e do índica de baixa qualidade.

O indicador de preços da FAO (2002-04 = 100) manteve-se em média de 194 pontos em março de 2017, mudando muito pouco em relação ao nível de fevereiro, mas registrando retração de 1,6% em relação ao período de janeiro a março de 2016 (196 pontos no ano passado e 193 de média no primeiro trimestre atual).

Isso ocorreu porque os preços do arroz indica de maior qualidade estavam sob pressão de baixa registrando desvalorização de 1,2% do seu valor devido à fraca demanda. “Este declínio contrasta com ganhos contínuos na comercialização do basmati, que levantou o índice do arroz aromático 2,6% no mês em análise. As cotações médias do indica de qualidade inferior e do japônica se mantiveram praticamente estáveis.

As cotações de arroz para exportação pouco variaram nos dois grandes fornecedores mundiais (Tailândia e Índia) apesar do impulso dado pela apreciação de suas moedas. A relativa estabilidade espelha um ritmo tímido de vendas, com a liberação de estoques do governo exercendo ainda mais pressão sobre o referencial de valor tailandês. Assim, o Thai White 100% B, de referência, era cotado a US$ 385,00 por tonelada em março, fração acima dos níveis de fevereiro.

Por outro lado, as variedades indica tiveram queda no Paquistão e nos Estados Unidos, já que as vendas fora dos mercados regulares se provaram limitadas. O progresso da colheita pesou nas cotações nos principais exportadores da América do Sul, especialmente no Uruguai.

No segmento de basmati, ganhos de preços mais significativos no Paquistão, refletindo o forte interesse dos compradores do Oriente Médio. As vendas para lojas regulares do Extremo Oriente também sofreu um avanço modesto das cotações de grãos médios nos Estados Unidos, enquanto o atraso da colheita de inverno-primavera gerou valorização deste tipo de grão no Vietnã.

Segundo Shirley Mustafá, economista da FAO, em Roma, Itália, os preços internacionais no primeiro trimestre de 2017 foram 1,6% menores do que os níveis do ano anterior. Entre os cinco origens principais de arroz, o mais acentuado declínio ocorreu nos Estados Unidos, seguido por Tailândia e Vietnã. Por outro lado, os preços de exportação foram mais fortes na Índia e no Paquistão, especialmente para os suprimentos de basmati, cuja demanda vem se fortalecendo com a reabertura de mercados, como por exemplo, do Irã.

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