Para o seu consumo

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 No Centro-Oeste, terceira maior região produtora, predomina o cultivo de arroz em sequeiro. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento para esta safra é de que a área tenha redução de 16,3% em relação à safra passada. A performance da cultura está vinculada à abertura de novas áreas – bastante restritas por conta da legislação – e recuperação de pastagens.

No Mato Grosso, que já foi o segundo maior produtor brasileiro do grão, o plantio dos 122 mil hectares foi finalizado em janeiro, com redução superior a 30 mil hectares. As boas condições climáticas deverão refletir em melhor produtividade. A média é estimada em 3.142 quilos por hectare, rendimento 9,2% superior ao observado na safra 2015/16. Com cerca de 10 a 12 indústrias de médio e grande porte, o Mato Grosso está direcionando sua produção apenas para atender o estado, pois não consegue competir em outros mercados com o produto importado do Paraguai e do Sul do Brasil.

O arroz tornou-se cultura secundária por competir por área com atividades mais rentáveis, como o cultivo de soja, milho e algodão e até mesmo a pecuária. A expectativa é de que a renovação de pastagens degradadas, processo no qual o cultivo de arroz é considerado importante para minimizar os custos e recuperar o solo, mantenha a área acima dos 100 mil hectares nos próximos anos, mas isso dependerá muito da rentabilidade frente a outras culturas.

Em Goiás, exceto em dois projetos de irrigação, a cultura de arroz de terras altas ou de sequeiro encontra-se em forte declínio, tornando-se inexpressiva nacionalmente. O governo estadual mantém um programa que garante a doação de sementes e insumos agrícolas aos agricultores familiares, mas atrasos na distribuição inviabilizaram parte dos cultivos na atual temporada.

No Mato Grosso do Sul, quase a totalidade da área é irrigada e mantida por produtores empresariais com aplicação de boa tecnologia e boa produtividade.

Na Região Nordeste a cultura é realizada nos sistemas de sequeiro e irrigado. Segundo a Conab, à semelhança de outras regiões, as áreas de sequeiro estão em queda, resultado da opção do produtor por culturas mais rentáveis. A expectativa é de redução em 19,6% na atual temporada, o que aumenta a dependência por abastecimento com a produção de outros estados e do Mercosul. O Maranhão, que já foi o terceiro maior produtor do Brasil em área cultivada, apresentará forte redução: 35,9%.

No Sudeste, a produção é inexpressiva. São Paulo, o maior produtor, concentra as lavouras no Vale do Paraíba, que se voltam ao atendimento da demanda regional e nichos de mercado da capital paulista.

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