Clima estável favorece safra de grãos de verão

 Clima estável favorece safra de grãos de verão

Arroz recupera perdas e registra maior crescimento entre as culturas

O reflexo é a supersafra de grãos praticamente generalizada, com qualidade e produtividade acima da média dos últimos anos.

Mais do que qualquer outro fator, a estabilidade climática se consolidou como a grande marca da safras de verão no País e no Estado. O reflexo é a supersafra de grãos praticamente generalizada, com qualidade e produtividade acima da média dos últimos anos, segundo o sétimo levantamento de estimativas de colheita divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Sem dúvida, o clima é o fator que mais contribui para os resultados. No Rio Grande do Sul, isso é ainda mais visível, por exemplo, no arroz e na soja", sintetiza Aroldo Antônio de Oliveira Neto, superintendente de informações do agronegócio da Conab.

Para a soja, principal grão cultivado no Estado, a estimativa atual é de uma alta de 8,3% na produção, apesar de área apenas 2,1% maior na safra 2016/2017 sobre o ciclo anterior. A produtividade média gaúcha, porém, deve subir bem abaixo da média nacional: 6,1% no Estado e 18,3% no Brasil. No arroz, a alta na área plantada, de 2,13% entre um ciclo e outro deve (com a celebrada normalidade do clima) se refletir em 15,6% de alta na produção, com 8,5 milhões de toneladas sendo colhidas na safra 2016/2017.

Vale lembrar que os arrozeiros gaúchos tiveram perda de 16% na safra 2015/2016, de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), devido ao excesso de chuvas em diferentes etapas, do plantio ao desenvolvimento da planta e até no período da colheita. A boa colheita do arroz gaúcho, que representa mais de 70% da produção nacional, será boa companhia para seu principal parceiro do prato dos brasileiros. A produção nacional de feijão apresenta números excelentes, avalia o representante da Conab, o que terá reflexo nos supermercados. "Há grande tendência de queda nos preços para o consumidor", afirma Oliveira Neto.

No caso do milho, com o aumento da área plantada de soja, o cultivo foi reduzido, mas sem prejuízo ao volume que deverá ser colhido. A queda de 2,2% na área, reduzida para 804,9 mil hectares no ciclo 2016/2017, não se refletirá em redução no volume. Novamente, graças ao clima, a colheita deve ser 3,3% maior, alcançando 6,085 milhões de toneladas. Nacionalmente a safra de grãos 2016/17 deve chegar a 227,9 milhões de toneladas, com um aumento de 22,1% ou 41,3 milhões de toneladas frente às 186,6 milhões de toneladas da safra passada.

No Estado, a previsão total é de que sejam colhidas 34,8 milhões de toneladas nas principais culturas, quase 2 milhões de toneladas cima do ciclo passado. 

1 Comentário

  • no arroz e na soja? Provavelmente na Soja sim, mas no Arroz foi mais um ano catastrófico nas áreas inundáveis , pelo menos aqui na região Central. No ano retrasado tivemos enchentes apenas no plantio e final de ciclo incrementado com onda de frio. Já nesse ano e ano passado tivemos enchentes em todas fases do Arroz ,inclusive na floracão onde São Sepé teve algumas lavouras quase 100% perdidas. Se eu estiver errado que alguém se manifeste e se ninguém foi prejudicado pelas chuvaradas e está tudo certo e OK. que fique como está. SDS.

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