Lideranças mexicanas visitam a Argentina para comprar arroz

 Lideranças mexicanas visitam a Argentina para comprar arroz

Mondragón e Schettino Bello: primeiros lotes para testar

Expectativa de produtores argentinos é alcançar entre 150 e 180 mil toneladas de arroz em exportações ao México.

Algumas das mais representativas lideranças da cadeia produtiva de arroz do México, especialmente industriais, integram uma missão empresarial e governamental que está na Argentina para adquirir grãos e derivados agrícolas. O arroz está entre os produtos avaliados. No grupo estão Pedro Schettino Bello, presidente do Conselho Mexicano do Arroz e Ricardo Mendoza Mondragón, diretor geral do Conselho Mexicano do Arroz. Além de questões ligadas às regras sanitárias, visitação às indústrias e sistemas de produção, o grupo deve reunir-se com representantes governamentais e da cadeia produtiva arrozeira do país vizinho para tratar objetivamente de compras. Uma primeira remessa, de pequeno volume, deve ser contratada para ser examinada segundo os critérios do país norte-americano.

Pelo que foi possível apurar com representantes da cadeia produtiva argentina, há grande interesse em abrir este mercado, uma vez que o país perdeu parte do mercado brasileiro para o Paraguai nos últimos anos. Mesmo que espere providenciar embarques de menor volume inicialmente, o setor arrozeiro argentino espera alcançar em duas safras uma remessa variável entre 150 e 180 mil toneladas anuais do grão para o mercado mexicano. Por isso, trata de tornar mais efetivos e reduzir os custos dos embarques no interior, caso do porto de Concepción del Uruguay, em Entre Ríos.

A missão empresarial mexicana reúne também empresários interessados em adquirir milho, soja, trigo, carnes e leite. Nesta segunda-feira, oito de maio, o grupo esteve acompanhado do diretor de assuntos internacionais da Secretaria Nacional de Agricultura argentina, Raúl Urteaga. José Luis Fuente Pochat, presidente da Câmara Nacional da Indústria de Trigo (Canimolt) do país vizinho, destacou que somente em sua área os industriais mexicanos ventilam adquirir até 50 mil toneladas de cereal para a produção de farinha.

Os olhos do México se voltaram mais ao Mercosul em 2017 desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial em produtos primários. O México importa por ano perto de um milhão de toneladas de arroz (base casca), sendo que 90% são de grão longo fino. Publicações mexicanas indicam a tendência do estabelecimento de um ponto ideal de corte da demanda estadunidense para algo entre 40% e 50% das compras internacionais. Isso daria aos países do Mercosul e a Guiana – prováveis fornecedores além da Ásia e de um reforço de programas internos de incentivo à produção – a oportunidade de disputar espaço pelo fornecimento de pelo menos 500 mil toneladas.

A Argentina considera ter potencial imediato vender ao menos 50 mil toneladas de trigo e farinha de trigo, 1 milhão de toneladas de soja, 1,5 a 2 milhões de toneladas de milho e até 150 mil toneladas de arroz em casca. Volume que pode dobrar em três anos de acordo com a demanda do país do norte da América.

5 Comentários

  • Não era o Brasil que ia vender arroz para os Mexicanos?

  • nos falta credibilidade

  • E VERDADE, NÃO TEMOS CREDIBILIDADE, VEJA O CASO DOS ERMANOS INDEPENDENTE DE MERCADO DEPOIS QUE VENDEM ESTÁ VENDIDO.
    NÃO É O O NOSSO CASO, SE SOBE NÃO ENTREGA E SE BAIXA QUEREM ENTREGAR ATÉ O QUE NÃO VENDERAM.

  • Nao deixa de ser uma boa noticia porque é menos arroz para atulharem aqui via Mercosul !!!

  • Estimados Hermanos de Brasil. Ojala se pueda facer este negocio, desde Argentina o do Brasil, esto ayudara a la venta del Mercosul

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