Ex-ministro tailandês preso por 42 anos por falsificar acordos de arroz com a China
O ex ministro de comércio de Yingluck, Boonsong Teriyapirom, que é acusado de falsificar acordos de arroz
Enquanto o ex-ministro era condenado, a ex-primeira ministra fugia do país para escapar de condenação similar .
Um tribunal de Bangkok condenou o ex-ministro do comércio tailandês a 42 anos de prisão na sexta-feira, 24, depois de considerá-lo culpado de falsificar negócios de arroz entre a Tailândia e a China. A decisão no caso contra Boonsong Teriyapirom ocorre horas depois que a ex-primeiro-ministro tailandês, Yingluck Shinawatra, não se apresentou no Supremo Tribunal para o veredicto em um caso de negligência movido contra ela pela junta militar que governa o país, em relação ao mesmo esquema de arroz que seu governo introduziu em 2011.
Fontes próximas de Yingluck, que foi deposta por um golpe militar em 2014, disseram na sexta-feira que a ex-primeira-ministra fugiu da Tailândia. O Supremo Tribunal emitiu na sexta-feira um mandado de prisão para Yingluck.
A comissão anti-corrupção da Tailândia informou que os negócios realizados por Boonsong causaram "grandes perdas" para o estado e que o arroz foi vendido localmente e não exportado, como afirmou o governo de Yingluck.
A estratégia de valorização interna do arroz perante fortes subsídios, com o objetivo de reduzir a oferta internacional e segurar a queda dos preços que haviam batido em 1,1 mil dólares em 2009, foi adotada pelo governo tailandês em 2011. No entanto, os estoques privados pularam de 8 para 18 milhões de toneladas em base casca, afetaram os preços internos e geraram protestos intensos a ponto de deporem o governo.
Os protestos levaram à queda do governo e somente agora em 2017 a Tailândia está conseguindo se desfazer dos estoques remanescentes. Mais da metade, impróprio para o consumo devido às precárias condições de armazenagem.
