Entidades questionam órgão do Mercosul sobre regras do arroz e do leite
Documento entregue à Seção Nacional do Grupo Mercado Comum apresenta os danos causados pela entrada dos produtos via Uruguai e Paraguai.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), juntamente com as Federações dos Trabalhadores na Agricultura dos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná (Fetag/RS, Fetaesc e Fetaep, respectivamente) entraram com reclamação junto à Seção Nacional do Grupo Mercado Comum (GMC) no Brasil, contra as importações de arroz do Uruguai e Paraguai, bem como com as do leite do Uruguai. O documento foi entregue nesta terça-feira, em Brasília (DF) pelos representantes das entidades.
A reclamação visa a adoção de medidas previstas no ordenamento legal do Mercosul, no sentido de buscar soluções imediatas os efeitos anticompetitivos gerados pela integração econômica decorrente do bloco Sul-Americano. O documento apresentou elementos que permitem comprovar os prejuízos experimentados pelos agricultores familiares que trabalham com a produção de leite, bem como pelos produtores de arroz, de modo a violar o direito à livre concorrência em relação ao leite importado do Uruguai e o arroz importado do Uruguai e do Paraguai.
De acordo com o diretor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, tendo em vista que o processo de integração do Mercosul vem trazendo prejuízos incontornáveis aos produtores de leite e de arroz, a atual situação vem aviltando e inviabilizando a continuidade das atividades produtivas desses setores. "Por isso se revela fundamental a adoção de medidas aptas à equacionar os efeitos devastadores à agricultura brasileira decorrentes da integração econômica primária do tratado sul-americano", salienta.
Mesmo tendo a segunda maior produtividade mundial em mais de um milhão de hectares, a produção gaúcha tornou-se totalmente inviável devido à forte tributação brasileira e rigor no controle e liberação de defensivos. Mesmo sendo pauta há mais de duas décadas, quando provocado através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Itamaraty, Ministérios da Fazenda e demais órgãos, o Governo Federal tem revelado atuação forte especialmente para os influentes setores brasileiros exportadores, ficando os demais sensíveis ao livre comércio, subjugado e sem qualquer medida compensatória.
3 Comentários
Olhando o Jornal do Almoço, noto como nosso setor está quebrado e desvalorizado, falaram apenas do leite e nada do Arroz, que tristeza, essa bancada da agricultura só serve pra defender o bandido do Temer e nada mais.
Pois bem… na semana passada fui a Santiago do CHILE… E o que vi e ouvi por lá bateu com tudo que sempre pensei e já sabia. A economia daquele próspero país está mais para o NAFTA do que para o MERCOSUL… Muito embora se comente muito que eles compram máquinas, caminhões, tratores e outros manufaturados brasileiros a integração agrícola inexiste. Vangloriam-se os Chilenos de importarem e consumirem a melhor carne ANGUS do planeta! Até ai nenhum problema. Ocorre que eles importam toda a carne consumida dos EUA… Em troca exportam salmão e trutas arco iris para os americanos. Arroz e soja só dos EUA, que compram quase todo cobre e urânio produzidos pela mineração chilena… E dai eu me pergunto: – qual vantagem estar no MERCOSUL para o setor agrícola brasileiro??? Aonde está a reciprocidade nessa coisa toda??? E tem uma coisa que nem comentei ainda. Lá no Chile um simples ala minuta com carne angus americana, fritas americana, ovo americano e arroz emplastado americano custa ao redor de R$ 120… Nada barato… Então não venham me dizer que nosso arroz chegaria muito caro lá… O que falta é integração econômica para setores como agricultura e serviços, já que indústria e comércio vão de vento em popa!!! Sempre fui contra essa M…. que sempre foi o Mercosul… Agora tenho certeza de que interesses do norte estão se sobrepondo aos do sul… Americanos e seus aliados do oriente médio, em conjunto com os chineses irão nos engolir um a um se não surgir um Trump Tupiniquinim urgentemente!!! Nossos interesses econômicos foram vendidos e engolidos pelo tal de BRICS… Tudo que está fálido e quebrado sai mais barato para comprar!!! Uma sucuri só engole a sua presa depois de morta e toda quebrada… Então peço mais uma vez… Plantem menos… Tentem plantar mais soja… Tenho quase certeza que teremos La Nina no verão… Quem plantar mais area do que tem água vai penar… Quando o novembro chegar teremos muito sol e calor… Se assim não for a bruzone vai correr frouxo de novo! Olho vivo meus amigos… E boa planta!
Bom dia excelente colocação Sr Flávio, a anos somos governados por quadrilheiros que mais podemos esperar é triste um país como o nosso estar nessa situação, LAMENTÁVEL.