Anvisa proíbe agrotóxico carbofurano por danos à saúde
O carbofurano é o princípio ativo de alguns agrotóxicos
Substância é utilizada em várias culturas, como a de amendoim, arroz, tomate e banana. Estados Unidos proibiu composto em 2009..
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a utilização do ingrediente carbofurano, princípio ativo de alguns agrotóxicos, em todo o país. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União.
Relatório produzido pelo GGTOX (Gerência-Geral de Toxicologia da Anvisa) concluiu que o produto deixa resíduos nos alimentos e traz malefícios à saúde humana.
Com a decisão, está proibida a utilização direta do composto nas culturas de algodão, amendoim, arroz, batata, cenoura, feijão, fumo, milho, repolho, tomate e trigo. Em todas as demais culturas, a agência proibiu a aplicação aérea e na costa.
Já nas culturas de banana, café e cana-de-açúcar, a agência estabeleceu um prazo de seis meses para a descontinuação completa do uso a partir da data de publicação.
Em três meses a partir dessa quinta, a agência também proibiu em todo o território nacional a importação e a comercialização da substância.
Em 2016, a Anvisa publicou levantamento que mostrou que 11% das amostras de laranja apresentaram situações de risco relativas ao carbofurano.
A Anvisa concluiu que o uso regular de carbofurano também deixa resíduos na água — "o que representa risco agudo à população brasileira", por seus efeitos neurotóxicos (malefícios ao sistema nervoso, como a morte de neurônios e outras consequências).
Segundo a agência, as características se enquadram nos critérios proibitivos da lei 7802/1989, conhecida como a "Lei dos Agrotóxicos".
Situação internacional
Desde 2008, a Anvisa estuda o carbofurano e vários países já proíbiram sua utilização. Os Estados Unidos proibiu o composto em 2009; o Canadá, em 2010. A China proibiu o uso de carbofurano em vegetais, árvores frutíferas, chás e medicamentos fitoterápicos em 2002.
Na Europa, relatório de agência regulatória concluiu que o carbofurano representa risco à saúde da população pelo consumo de alimentos e pelo consumo de água.
4 Comentários
Uma perguntinha básica: -Nesses arroz que vem do Mercosul que todo mundo sabe que ae usa veneno bem pior pode continuar entrando arroz sem fiscalizaçao nenhuma para o centro e norte do país??? Quer dizer que só existe proibição interna??? O que vem de fora ninguém??? Mas é uma vergonha tudo isso… Temos agências de fiscalização e agências reguladoras que pouco fazem no âmbito das regulações… A concorrência predatória do arroz do Paraguay que é produzido com custos 50% inferiores ao do Brasil, com pesticidas e herbicidas de origem duvidosa não são devidamente fiscalizados… Mas o que fazem essa gente… Mais de 50 milhões de brasileiros consomem arroz do Uruguay e Paraguay os quais são produzidos com herbicidas altamente tóxicos com alto teor residual. Então porque escondem isso da população??? Com que propósito??? Será que a saúde de uma pessoal é menos importante que lucros ou questões alimentares??? Olhem como funciona na europa e EUA… Para entrar lá qualquer produto agricola tem que ser certificado… Qualquer dia estaremos comendo arroz de plastico ou de vidro… É muita sacanagem com as pessoas pouco esclarecidas!!! #somos-todos-bolsonaro…
Perfeito Flávio, coisas de governo fraco: Suprem o mercado do pais inteiro com arroz baratinho e envenenado e prejudicam os produtores nacionais, afinal, trata-se somente da metade sul do RS e SC, que produzem 70% do arroz produzido no pais e quase não têm representação política. COMO SÃO ESPERTOS… kkkkkkk
Muito bem colocado Seo Flávio, e realmente não sei onde estão os órgãos fiscalizadores da saúde pública, dá pra se ver que populacão só tem valor na hora que eles precisam de votos. Agora já estão oferecendo até farinhaco de restos de alimentos, um País rico de alimentos, que depois que estraga querem oferecer a populacão em forma de farinha. LAMENTÁVEL MESMO.SDS.
Pretendo futuramente representar uma empresa de beneficiamento de arroz em nossa estado, com a assinatura da revista vai ajudar bastante.