Tailândia espera preços estáveis na safra

 Tailândia espera preços estáveis na safra

Laothammatas: com esforço dá para exportar até 11 milhões de toneladas

Com safra de 32 milhões de toneladas de safra, país confia na demanda estrangeira para exportar, manter preços e aproximar-se do recorde de vendas.

A forte demanda do arroz tailandês no exterior deverá dar suporte aos preços mesmo diante de uma safra projetada em 25 milhões de toneladas que começa a ser colhida em novembro, referente à temporada 2017/18. Esta é a visão da indústria tailandesa para a conjuntura de mercado nos próximos meses no país, que é referencial para as cotações internacionais do grão.

O presidente da Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia, Charoen Laothammatas, informou a agências internacionais que a forte demanda dos mercados estrangeiros poderá impulsionar as vendas externas do país em 2017 para 10,8 milhões de toneladas, quase igualando o recorde de 10,9 milhões de toneladas alcançado em 2014.

"Com algum impulso, podemos alcançar mais. As exportações podem até chegar a 11 milhões de toneladas este ano se pudermos enviar uma média de 900 mil toneladas nos últimos três meses do ano", disse Charoen em entrevista coletiva. Segundo ele, esta meta é ousada, já que a Tailândia exportou 8,2 milhões de toneladas neste ano, tornando o alvo alcançável.

Ele considera que os movimentos do comércio internacional indicam a possibilidade de manutenção de uma forte demanda na Ásia e na África até o final do ano, o que será importante para impedir que os preços internacionais recuem significativamente após a colheita. E isso favorecerá também as cotações internas.

Além da safra principal, estima-se que outros sete a oito milhões de toneladas de arroz sejam provenientes da segunda safra, principalmente de áreas irrigadas na região central do país, elevando o total colhido para 32 milhões de toneladas na safra 2017/18.

"Excessivas chuvas e inundações podem prejudicar algumas culturas nas áreas baixas da região central, mas uma boa irrigação também permite que os agricultores cultivem colheitas fora de época, e isso ajuda a aumentar a produção do arroz de qualidade premium, conhecido como hom mali no mercado mundial. Esse grão é cultivado principalmente em áreas de planalto na região Nordeste", disse o Sr. Charoen.

Para ele, apesar dos 32 milhões de toneladas, o déficit produtivo de alguns países tem forçado a demanda asiática a patamares superiores ao esperado. “A exportação mais forte ajuda a manter o equilíbrio de preços em patamares que atualmente são equivalentes ou mais elevados do que nos dois últimos anos”, explica. Exemplos são Bangladesh, que já comprou 150 mil toneladas para entrega neste final de ano, e o Sri Lanka que está adquirindo mais 25 mil toneladas. “São pedidos que não eram esperados e reforçam a nossa expectativa”, diz o dirigente dos exportadores Charoen Laothammatas.

O preço do arroz de qualidade homônima é de US$ 750,00 a US$ 800,00 por tonelada, em comparação com o valor médio de US$ 781,00 a tonelada do ano passado. Já no caso do arroz branco com 5% de quebrados, varia entre US$ 375,00 a US$ 400,00 a tonelada, em comparação com a média de US$ 394,00/t no ano passado. 

A ministra do Comércio, Apiradi Tantraporn, assegurou que o governo dará suporte à manutenção dos preços, pois não tem planos de liberar arroz dos estoques estatais durante a colheita do final do ano, pois já conseguiu liberar todos os excedentes que foram formados entre 2011 e 2015 e voltar a uma condição equilibrada. “O objetivo é evitar prejudicar os preços locais”, avisou.

SUPORTE

A ministra do Comércio, Apiradi Tantraporn, assegurou que o governo dará suporte à manutenção dos preços, pois não tem planos de liberar arroz dos estoques estatais durante a colheita do final do ano, pois já conseguiu liberar todos os excedentes que foram formados entre 2011 e 2015 e voltar a uma condição equilibrada. “O objetivo é evitar prejudicar os preços locais”, avisou.

No comércio local, o arroz em casca está cotado entre US$ 225,00 e US$ 240,00 a tonelada, o equivalente a 7.500 e 8.000 baths tailandeses (THB ou ฿). O valor é superior aos ฿ 6.000 praticados na mesma época do ano passado, o equivalente a US$ 180,00. “Temos preços mais fortes este ano e queremos que permaneça assim”, reconhece o dirigente dos exportadores.

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